Maré de Notícias #31

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[toggle title=”Que saúde!”]

Integrantes do projeto A Maré que Queremos discutem melhorias efetivas com representantes da Secretaria Municipal de Saúde

Por Hélio Euclides

Em fins de dezembro de 2009, a Secretaria Municipal de Saúde e  Defesa Civil anunciou a implantação de cinco clínicas da família na Maré até o final de 2012 (ver edição n° 2 do Maré de Notícias). Entretanto, até o momento apenas uma unidade foi instalada, a Augusto Boal, no prédio do antigo Sesi, no Timbau. Para este ano, a prefeitura prevê inaugurar a segunda clínica da família do bairro, que incorporará as equipes que trabalham no postinho do Ciep Ministro Gustavo Capanema, da Vila do Pinheiro.

O postinho enfrenta problemas de manutenção predial, que geram goteiras, entre outros males. “Estamos no aguardo da unidade nova, pois precisamos ampliar os trabalhos. Hoje não oferecemos vacinação, por exemplo. Já escolhemos até o nome da clínica: Agostinho Neto, líder da  independência de Angola. Uma homenagem aos moradores angolanos”, conta a gerente do posto, Vera Quintela. Entre as novidades prometidas  estão equipamentos de RX e de ultrassonografia.

A falta de estrutura dos postinhos, que funcionam em salas emprestadas pelos Cieps, se repete na Maré. A precariedade explica, em parte, porque  a quantidade de equipamentos públicos não garante a qualidade do serviço oferecido ao cidadão. Essas unidades foram instaladas em 1996, como  solução provisória para a saúde ambulatorial na Maré. O improviso foi sendo mantido ano após ano, sem a devida manutenção e sem a necessária ampliação, que levasse em consideração o crescimento da população do bairro. Passados 16 anos, os postinhos não agradam nem a Secretaria de  Saúde nem a de Educação.

“Já foram descartados os postinhos do Operário Vicente Mariano e o Nova Holanda. A ideia é devolver o espaço dos mini postos para a educação.  Hoje existe uma cartilha de serviço que os postinhos não conseguem cumprir, até pelo espaço físico, que é precário”, explica o subsecretário  Municipal de Atenção Primária, Vigilância e Promoção de Saúde, Daniel Soranz.

Em junho e julho, Daniel participou de duas reuniões com integrantes do projeto A Maré que Queremos, no Centro de Artes da Maré (CAM), na  Nova Holanda. Este projeto, coordenado pela Redes, reúne as associações de moradores das 16 comunidades da Maré e instituições locais, em  torno de melhorias estruturantes que promovam a qualidade de vida local. O diálogo com a prefeitura teve início em maio passado, quando as  propostas dos líderes da Maré foram formalmente apresentadas ao poder público municipal, dando início a uma série de conversas com representantes de várias secretarias.

“Essas reuniões marcaram a necessidade de, no futuro, se criar mais duas novas clínicas da família, uma na Avenida Brigadeiro Trompowsky, na  antiga garagem do Ministério da Saúde, e outra na Avenida Brasil, no posto de gasolina desativado (na altura da passarela 9)”, reconheceu o coordenador de saúde da Área Programática 3.1, Hugo Fagundes, sem falar em datas.

Na Praia de Ramos, houve também o fechamento do postinho do Ciep 14 de Julho. O atendimento na comunidade passou a ser todo feito no Centro  de Saúde Américo Veloso. “O novo espaço está em obra, mas acredito que comporte, com salas em dois andares. O antigo posto no Ciep era  pequeno, no entanto espero que lá vire uma mini creche”, contou o presidente da Associação de Moradores, Cristiano Reis.

Para o conselheiro municipal de saúde, Gilberto Souto, para conquistar avanços na área, as lideranças da Maré devem se aproximar também deste  coletivo. “O conselho é formado por gestores, funcionários e usuários da saúde. Ele é uma conquista da sociedade, e tem que ter a participação da  organização. A Maré precisa estar inserida”, explicou. O Conselho se reúne toda terceira quarta-feira de cada mês, na Rua São Godofredo, número  45, na Penha.

Avanços lentos e manutenção dos improvisos 

Para somar ao trabalho do Posto de Saúde Hélio Smidt, em junho entrou em funcionamento o do Parque União, já considerado um improviso pela própria prefeitura. “O PS do Parque União é improvisado, por ter escada. Os dois postos não dão conta. A solução definitiva será a clínica da  família”, lembrou Daniel, sem citar data de quando isso pode acontecer.

Uma boa notícia foi o resultado obtido com a vacinação. Há três anos que não se tinha um número tão positivo. O diálogo entre os presidentes e os  responsáveis pela saúde resultou nesse crescimento de qualidade. “São poucos locais que se colocam os problemas com tanta clareza, esse fórum  é super necessário”, ressaltou Hugo.

Na saúde, a prevenção é sempre o melhor remédio. De acordo com Hugo, a clínica da família já faz parte de um plano estruturante para a Maré. Segundo a gerente da Clínica da Família Augusto Boal, Catarina Loivos, a unidade oferece uma série de atividades voltadas para a qualidade de  ida  da população local. “Trabalhamos com a prevenção nos projetos Academia Carioca de Saúde, que têm 540 alunos matriculados na Maré, com  grupo de diabéticos e hipertensos, planejamento familiar, tabagismo. Temos uma horta medicinal e outra comunitária, terapia e em breve teremos grupo de adolescentes”, contou Catarina. O projeto Academia Carioca desenvolve atividade física com foco na promoção da saúde.

Contudo, ainda há reclamações do trabalho da clínica. “O resultado dos exames ainda demora. Não é só o prédio, precisamos de estrutura”,  criticou o presidente da Associação de Moradores do Morro do Timbau, Osmar Paiva Camelo. O subsecretário garantiu em breve uma solução.

Daniel entende que a questão da saúde envolve muito mais do que atendimento médico e atividades físicas. “Só há saúde se existir saneamento  básico, e dessa forma monitoramos os espaços. Mas hoje o maior problema é o hábito de vida, que causa hipertensão e diabetes”, afirmou. Ele  acredita que a saúde da família é o ideal, com os médicos conhecendo a população. “É uma relação próxima, não é uma UPA (Unidade de Pronto  Atendimento) que chuta e pronto.  Ao conhecer o paciente, se tem o melhor desempenho do tratamento”, concluiu.

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[toggle title=”Favela na Cúpula dos Povos”]

Por Silvana Bahia

As favelas cariocas também foram palco de discussões dos temas abordados na Rio+20. Na Maré e no Complexo do Alemão, em dois dias, foram realizadas atividades autogestionadas da Cúpula dos Povos com o tema: “A Favela na agenda dos Direitos Sociais e Ambientais”. Os encontros,  organizados pelo Observatório de Favelas e instituições parceiras, reuniram pessoas de dentro e de fora das comunidades para discutir assuntos  abordados na conferência oficial, trocar experiências e propor estratégias para garantir direitos sociais e ambientais nos espaços populares.

Dia 16 de junho, no Galpão Bela Maré, teve uma mesa formada pelos representantes das organizações que atuam em favelas do entorno da Av.  Brasil: Jorge Luis Barbosa, do Observatório de Favelas; Alan Brum, do Instituto Raízes em Movimento; Edson Gomes, do Verdejar Socioambiental; e Eliana Sousa e Silva, da Redes da Maré. O grupo produziu um documento propositivo que foi apresentado na Plenária de convergência no eixo 1: “Direitos, por justiça social e ambiental”, na Cúpula dos Povos. O texto pontuou, entre outras questões, o direito à cidade em sua plenitude, com ênfase no direito à moradia.

No evento da Maré, moradores da Vila Autódromo, na Zona Oeste, que estão resistindo à tentativa de remoção para a construção de um Parque  Olímpico, também falaram sobre a incidência da Rio+20 nos espaços populares. Jane Nascimento, diretora social da Vila Autódromo, acredita que a  conferência não traz mudanças diretamente positivas, porém é uma oportunidade para expressar opiniões. “A mudança nós é que vamos  fazer, aproveitando a Rio+20 para colocar para fora o nosso direito de voz”, ressalta a diretora que vive há mais de 20 anos na Vila Autódromo.

Alan Brum, do Instituto Raízes em Movimento, do Alemão, disse que o momento atual pode ser uma ocasião de visibilizar as reivindicações das favelas. Eliana Sousa Silva, coordenadora geral da Redes, apresentou o projeto A Maré que Queremos, que reúne instituições locais e as 16 associações de moradores em torno de um projeto estruturante que melhore a qualidade de vida nas comunidades da Maré.

Outros grupos estiveram presentes, como o Coletivo Entre Sem Bater, que exibiu um vídeo com moradores do morro da Providência, que terão  suas casas demolidas pela Secretaria Municipal de Habitação para de um debate entre Luciana Meireles, da Retalhos Cariocas, Regina Tchelly, do  Favela Orgânica, e Robson Borges, da Cooperativa Eu Quero Liberdade. Todos atuam dentro e fora de favelas cariocas com iniciativas que têm o desenvolvimento sustentável como eixo das ações.

“Hoje todo mundo é eco”

Na continuação das atividades da Cúpula dos Povos nas favelas, em 19 de junho, foi a vez de o Complexo do Alemão reunir ativistas, moradores e  organizações da sociedade civil em torno do tema: “A favela como novo modelo de sociedade sustentável dentro da cidade insustentável”. Foram  apresentadas experiências desenvolvidas nas favelas como estratégias para o desenvolvimento local sustentável.

Rafael Carvalho, do Verdejar Socioambiental, falou sobre o descaso com a Serra da Misericórdia, que corta 27 bairros da Zona Norte do Rio, e que  a dimensão em relação à proteção ambiental devia ser mais efetiva e participativa. Por conta disso, em 2006, foi criado um comitê gestor de  desenvolvimento local da Serra da Misericórdia, com o objetivo de dialogar com o poder público sobre as questões ligadas ao desenvolvimento da  Serra da Misericórdia e das comunidades do entorno do maciço.

“A ideia é trazer todos os parceiros que possam contribuir de alguma forma para a construção de um plano de desenvolvimento sustentável  fetivo do Complexo do Alemão. Para isso é fundamental que a sociedade civil participe desse processo. Em 2001 foi decretado que a Serra da  Misericórdia é uma Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana. Depois, em 2010, foi nomeada como Parque Urbano da Serra da  Misericórdia. Só que a ‘proteção’ nunca saiu do papel”, explicou Rafael Carvalho.

A Cooper Liberdade, que organizou a mostra Eco Periferia, também no Alemão, por meio de seu coordenador Robson Borges, apresentou as ações  de coleta seletiva e o reaproveitamento do óleo de cozinha, que depois é transformado em material de limpeza. A iniciativa existe desde 2005,  tendo sido formalizada em 2008 como cooperativa de reciclagem. Um de seus objetivos é buscar alternativas de inclusão de egressos do sistema  prisional na sociedade, além de usar a educação ambiental como ferramenta para sensibilizar, informar e mobilizar os moradores para a destinação correta de resíduos.

“Hoje todo mundo é eco, virou moda. Vai ser como uma onda: vai passar e aquele que não tiver amor não vai continuar lutando. Muitos aproveitam esse momento para capitalizar. O trabalho é importante, podemos transformar essa comunidade em uma comunidade sustentável de fato”, afirmou Robson Borges.

Pautar assuntos como o desenvolvimento sustentável nas favelas é uma forma de trazer para estes territórios as discussões da conferência oficial, como ponderou Melisanda Trentin, do Núcleo de Justiça Ambiental da Fase. “A Cúpula dos Povos é uma grande chance, não só para as favelas, mas também para outros grupos que estão fora desse eixo do discurso oficial que está colocado pela Rio+20. É o momento para trazer todo o trabalho que vem sendo feito há anos sobre o lugar da favela, sobre as soluções criativas que ela apresenta”, concluiu Melisanda.

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[toggle title=”Um apelo colorido”]

Alunos da Vila do Pinheiro fazem manifestação bem humorada pela correta destinação para o lixo

Por Jéssica Oliveira

A Vila do Pinheiro amanheceu diferente na última sexta-feira de junho, 29. As crianças da Ciep Ministro Gustavo Capanema saíram das salas de aula e tomaram a fachada da escola. A mobilização que uniu escola, agentes de limpeza e moradores da Vila do Pinheiro teve como objetivo conscientizar a todos para a importância do armazenamento correto do lixo e de sua reciclagem.

“Um dos grandes problemas da Maré é o lixo. Os moradores alegam que não têm local para jogar, mas embora a coleta seja diária e regular, eles ainda jogam em qualquer lugar”, afirma a diretora do Ciep Capanema, Carmem Lucia Ferreira.

Na Vila do Pinheiro, como em muitas outras comunidades da Maré, o mini-caminhão de lixo passa pelas ruas principais e mais largas, mas não pelas vielas. Dessa forma, moradores que não dispõem do serviço da Comlurb em sua porta nem sempre se preocupam em colaborar para que o  lixo seja armazenado de maneira a prevenir mau cheiro, doenças e infestações. “A Comlurb passa às 7h da manhã. Assim que ela recolhe o lixo, os  moradores jogam de novo”, observa Jaquelina Barbalho, mãe da aluna Daniela Barbalho. Com isso, a sujeira vai se acumulando até o dia seguinte, quando a situação se repete. Resultado: o local está sempre repleto de sacos de lixo. Daniela também opina: “Ao invés de ser cidade maravilhosa, o  Rio vira ‘cidade cheia de lixo’”. Jaquelina, que faz parte do Projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos do Ciep, conta: “Eu separo o lixo. Facilita  a coleta e a reciclagem”.

Música, tinta, ação!

A mobilização foi batizada de “Atuação Transforma”, uma alusão à ideia de que “a tua ação pode fazer a diferença”. Esta conscientização, como  explica a diretora Carmem, foi necessária devido ao lixo jogado na frente da escola. “O muro estava tomado por lixo. Nossa escola está com  infestação de moscas, mau cheiro e entupimento”, pontua, acrescentando a importância da ação: “O importante é que as crianças levem essa conscientização para suas casas”.

Com a participação do grupo de pagode Só Limpeza, da Comlurb, e do “Super Gari”, os alunos exibiram cartazes, decoraram o muro recém- pintado da escola e cantaram músicas sobre o tema reciclagem e consciência ambiental, junto ao professor de música Guilherme Sá.

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[toggle title=”Joga fora no livro”]

Projeto pioneiro na Vila do Pinheiro incentiva a leitura por meio da troca de material reciclado por livros

Por Silvana Bahia

O que fazer com latinhas de refrigerante, sacolas plásticas, óleo de cozinha usado e garrafas pets? Existem diversos destinos para esses materiais  depois de usados, mas na Maré, na Vila do Pinheiro, os recicláveis podem ser trocados por livros na Livraria Ecológica. Inaugurada em novembro  e 2011, em oito meses de funcionamento, a livraria já distribuiu mais de 90 mil livros.

Aberta de segunda a sexta, de 9h às 17h, a livraria caiu no gosto dos moradores da Maré e de pessoas de diferentes lugares da cidade, segundo Demésio Batista, idealizador e coordenador do projeto. “Vem gente de toda parte da Maré, mas tem muita gente de fora também. Do Parque União,  Salsa e Merengue, Nova Holanda, Bonsucesso, Olaria, Ramos. Recentemente teve um rapaz que viu o nosso blog e veio trocar livros. Ele é professor de arquitetura e mora na Zona Sul, trouxe as latinhas e saiu daqui feliz da vida”, conta Demésio, que há 15 anos monta bibliotecas em  espaços populares.

A ideia de montar uma livraria surgiu do trabalho no projeto Fábrica de Bibliotecas, que teve início no Grajaú. As bibliotecas eram montadas, mas não tinham manutenção adequada. “Montamos bibliotecas em muitos lugares, mas uma vez abrimos uma em Vila Isabel e três meses depois tinha  dias que apenas duas pessoas apareciam. Durante três meses só 18 pessoas foram lá. Percebemos que só abrir a biblioteca por abrir não era legal”,  explica Demésio.

Incentivo à leitura

Incentivar a leitura foi o objetivo principal para a construção da Livraria Ecológica. Por isso, inicialmente, a proposta é fazer com que as pessoas se aproximem dos livros. “O projeto tem a meta de formar leitores primeiro e depois montar a biblioteca. Aqui, futuramente, vai ser uma biblioteca, onde as pessoas poderão ficar para ler os livros ou levá-los. Nós pensamos, ‘se as pessoas não vão à biblioteca, a biblioteca vai até as  pessoas’”, afirma o coordenador.

Os materiais recicláveis, após trocados pelos livros, têm destino certo. As latinhas são vendidas e o dinheiro é usado para abastecer o carro que  busca doações em qualquer parte do Rio de Janeiro. As garrafas pets e as sacolas plásticas são doadas para uma instituição na Nova Brasília, no  Alemão, que as transforma em instrumento musical e móveis, estimulando assim o trabalho em rede.

A Livraria Ecológica também promove feiras de livros nas escolas da prefeitura por meio da parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds Bairro Educador). Um dos objetivos da livraria é se tornar aos poucos itinerante, para alcançar  um número cada vez maior de pessoas.

A primeira cliente da livraria foi dona Marli Faria, moradora da Vila do Pinheiro desde que a favela existe. Trabalhou durante 10 anos alfabetizando alunos através de um projeto promovido pela igreja católica. “Sou professora e sempre gostei muito de ler. Assim que abriu,  comecei a frequentar a livraria. Acho uma iniciativa ótima, principalmente para as crianças que abraçaram o projeto”, comenta dona Marli, que já  trocou mais de 20 livros.

Crianças e adolescentes adoram

O público que frequenta a livraria é de todas as idades mas, sem dúvida, as crianças e os adolescentes são os principais frequentadores. Na hora da  saída das escolas na Maré, a livraria fica lotada. Demésio acredita que a troca estimula e valoriza o contato com os livros. “Se as pessoas entrassem  aqui e levassem o livro sem trocar nada, não daria certo, porque elas não teriam aquele prazer de comprar o livro. Por ser uma troca, as pessoas  dão mais valor. É como se o material reciclável fosse uma moeda. Tem criança que chega aqui com a bolsa cheia de latinha e troca tudo por  livros”, conta.

Sempre bastante frequentada por jovens, assim que foi inaugurada, dois adolescentes, em especial, chamaram a atenção de Demésio pela quantidade de livros que trocavam. O que ele veio a descobrir depois é que os dois estavam montando uma pequena biblioteca infantil em casa,  que é aberta depois da escola, onde eles se reúnem com outros amigos para rodas de leitura.

Patrícia Valéria Guimarães, professora em duas escolas na Maré, considera a iniciativa maravilhosa, que contribui de forma decisiva para a formação dos jovens. “Eles correm atrás das latinhas para trocarem por livros. Inclusive os pais já comentaram que estão muito felizes porque as crianças estão lendo mais”, comenta a professora, que acredita que quanto mais doações a livraria receber melhor será para quem a frequenta.

Rosinaldo Sales, morador da Maré há mais de 40 anos, descobriu a livraria andando pela favela. Estudante do curso de Direito, disse que a Livraria Ecológica é essencial para seus estudos. “Têm livros aqui que custariam de R$ 80 a 100 nas livrarias e aqui eu consigo trocar por uma pet”, entusiasma-se o estudante. A Livraria Ecológica fica na Avenida canal 1, nº 85 – Vila do Pinheiro, e funciona de e 2a a 6a das 9h às 17h

livrariaecologicadobrasil.blogspot.com.br

Para doar livros fale com o Demésio
Tels: 3868-3342 / 9939-5332
[email protected]

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