Cineminha ganha um Galpão e Boto da Maré chega a favela

Data:

Músico traz para a Praia de Ramos escultura que homenageia moradores

Roberto de Oliveira

O músico Bhega Silva, de 58 anos, conhecido pelas canções ecológicas, pela reciclagem de óleo de cozinha e sua “bicicleta de som” tem perseverança. Há dois anos, luta pra trazer da ilha do Fundão para a praia de Ramos um dos Botos feitos de fibra de vidro, que fizeram parte das homenagens ao Rio de Janeiro nos 450 anos da cidade.  A escultura do animal fez parte da exposição organizada pela Escola de Belas Artes da UFRJ, que usou o boto que é símbolo da cidade e aparece na bandeira da Capital do Estado. O boto da Maré pesa 250 kg e tem nomes de moradores e trabalhadores das favelas da Maré espalhados pelo corpo, um deles é o do próprio Bhega.

O ativismo ambiental e cultural do cantor que, há três anos, realiza por conta própria o projeto Cineminha no Beco sensibilizou Maurício Neri Meireles, de 61 anos. Proprietário de um estacionamento na Rua Gerson Ferreira, na Praia de Ramos, próximo à Avenida Brasil, Maurício cedeu parte do estabelecimento para o ativista inaugurar mais um espaço cultural para a exibição de filmes e atrações artísticas, com entrada gratuita, com direito à pipoca e refrigerante. “A entrada é um sorriso”, diz Bhega.

O Boto da Maré

Quem quiser ver o Boto da Maré de perto e assistir um filme no Galpão, pode entrar em contato pelo Facebook do Cineminha no Beco. O músico quer utilizar a escultura para levar conhecimentos sobre o meio ambiente aos alunos de escolas públicas da Maré. Os botos são animais que eram vistos com frequência na Baía de Guanabara e algumas histórias sobre eles fazem parte do folclore brasileiro.

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Sementes de Marielle; confira segunda parte da entrevista com Mãe da vereadora

Nessa segunda parte da entrevista, Marinete fala sobre as sementes deixadas por Marielle, do protagonismo de mulheres negras em espaços de poder e a partir do contexto do assassinato da vereadora, como acreditar em justiça.

‘Não há uma política de reparação’, diz Mãe de Marielle sobre vítimas do estado

Além de criticar o Estado e o Judiciário, que, em diversas instâncias, colaboraram pela impunidade do crime, Marinete aproveitou para reforçar o sonho que a família tem: inaugurar, via Instituto, o Centro de Memória e Ancestralidade