O futuro engenheiro elétrico da Maré

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O jovem reconheceu a importância de se estudar quando se viu diante de um grande desafio: passar no vestibular

Flávia Veloso

Pedro Henrique da Silva dos Santos fez a alegria dos pais, e não era para menos. O rapaz é o primeiro da família a ingressar em uma faculdade pública, e ainda passou para três: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Dividindo suas escolhas de curso entre Matemática e Engenharia Elétrica, foi esta que escolheu, na UFRJ.

Morador da Nova Holanda, Complexo da Maré, Pedro conheceu o Curso Pré-Vestibular (CPV) da Redes através da irmã, que também foi aluna, e começou quando estava no terceiro ano do Ensino Médio, estudando de manhã no colégio e à noite no CPV. Na primeira vez que concorreu pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), no ano seguinte, passou para a UERJ, em primeiro lugar na lista de cotistas raciais e sociais, e para a UFRRJ, mas o jovem queria mesmo a UFRJ. No segundo Sisu, garantiu sua vaga na federal carioca.

Falta de preparo para a universidade

“A gente acha que vai estar preparado para a universidade, mas chega lá e percebe a defasagem de ensino que vem das escolas públicas. Na faculdade, tem que correr atrás disso, mas a gente consegue se adaptar e conciliar”, conta Pedro, hoje já com 20 anos e no segundo período de Engenharia Elétrica.

CPV complementando os estudos

O jovem sentiu ainda mais carência de conteúdo porque, no segundo no Ensino Médio, os colégios públicos enfrentaram as greves de professores, em 2016. O Colégio Estadual Professor Mendes de Moraes, onde Pedro estudava, chegou a ficar três meses sem aula, e os conteúdos não foram repostos. Ele diz que o CPV da Redes preencheu essa falta de conteúdo, e que foi graças ao curso que conseguiu ir bem nos vestibulares.



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