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Nova variante da Covid-19 provoca cancelamento do Réveillon carioca

Anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes no último sábado, 4

Por Jorge Melo, **Sthefani Maia e Flávio Herculano em 06/12/2021 às 10h25. Editado por Edu Carvalho

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou na manhã de sábado (4/12), o cancelamento das festas do Réveillon que a Prefeitura organiza em diversos pontos da cidade – sendo Copacabana palco da comemoração mais esperada pelo público. E a razão é a nova variante da Covid-19, conhecida como Ômicron. São Paulo, que até o fechamento dessa edição contava com três casos da nova variante confirmados, e mais Recife, Fortaleza, Salvador, São Luís, Belém, Aracaju, João Pessoa, Campo Grande, Palmas e Florianópolis, também cancelaram a festa. No total, 21 capitais não terão Réveillon. No entanto, na tarde do mesmo dia, o governador, Cláudio Castro, anunciou que teria uma reunião com o prefeito, dando a entender que a decisão pode ser revertida.

O Rio de Janeiro e tradicional queima de fogos na praia

O Réveillon na praia de Copacabana conta, em média, com a participação de um milhão e meio de pessoas. Também atrai muitos turistas. Segundo Sindicato Patronal dos Meios de Hospedagem do Município do Rio (Hotéis-RIO), no feriado prolongado de 15 de novembro foi registrada 95% de ocupação. E no Réveillon a previsão era alcançar 100%.

Na última quinta feira (2/12), o Rio alcançou 90% da população de 12 anos ou mais com o ciclo completo da vacina contra a Covid-19, dados da Secretaria Municipal de Saúde. No entanto, segundo o pesquisador da Fiocruz, Carlos Machado, “O Rio de Janeiro não é uma ilha. A circulação de pessoas de outros municípios é muito grande.”  O pesquisador afirma que“ hoje já há uma circulação de gente sem máscara e sem distanciamento físico, maior do que há dois ou três meses atrás. Dezembro, tradicionalmente, tem mais circulação de pessoas nas ruas e encontros de amigos e familiares.”

Recentemente a Prefeitura do Rio havia ampliado a exigência do comprovante de vacinação, mais em um decreto publicado na edição de sexta-feira (3/12) no Diário Oficial, a exigência do documento foi retirada para locais como shopping centers e centros comerciais; táxis e serviços de transporte de passageiros por aplicativo. A apresentação do documento ainda é necessária para acesso à estabelecimentos de hospedagem e acomodação, incluindo locações de imóveis por temporada e serviços contratados por demanda. O documento também é exigido em bares, lanchonetes, restaurantes e refeitórios (áreas internas ou cobertas); boates, casas de espetáculos, festas e eventos em geral; academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento, clubes e vilas olímpicas (já era exigido); estádios e ginásios esportivos (já era exigido); cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação (já era exigido); museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in.

Carlos Machado afirma que, além da África (Ômicron foi identificada na África do Sul), existe uma alerta que vem da Europa. A União Europeia tem 67% de cobertura vacinal. No entanto, “Alemanha e Áustria, países com 65% e 67% aproximadamente da população vacinada vem vivenciando um crescimento de casos críticos e graves, internações e óbitos, o que eles chamam de pandemia dos não vacinados.” Além do mais, completa Carlos Machado, “países como a Bulgária, que integra a União Europeia, tem apenas 25% da população vacinada, a mesma proporção da África do Sul, onde foi identificada a Ômicron”.   

Na Maré

Na segunda semana de outubro, a Maré atingiu 70% da cobertura vacinal de segunda dose. Segundo pesquisador da Fiocruz, Carlos Machado, o projeto Conexão Saúde, que reuniu a Redes da Maré, a Fiocruz e a Secretaria Municipal de Saúde, contribuiu muito para ampliar a cobertura vacinal no conjunto de favelas, inclusive com a segunda dose e a dose de reforço, “eu posso considerar que a Maré diante de várias outras favelas tem uma situação até melhor e de maior proteção.” No entanto, segundo ele, é preciso manter os cuidados como o uso de máscaras, distanciamento social e a higiene das mãos com álcool gel,” a gente tem que estar atento principalmente ao aumento da circulação e de pessoas ainda não vacinadas; então intensificar a campanha de vacinação na Maré é a melhor forma de proteger os amigos e familiares.”

***Contribuiram para a pesquisa desta reportagem os estudantes Sthefani Maia e Flávio Herculano, vinculados ao projeto de extensão Laboratório Conexão UFRJ, parceria entre o Maré de Notícias e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

‘’Eu sou da Maré’’

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Ao longo dos últimos 12 anos, mudanças no território melhoraram a autoestima do morador na Maré

Por Edu Carvalho 

          Desde sua criação, o Maré de Notícias tem como missão ampliar o olhar do morador da Maré, para que ele seja visto como ser de “possibilidade”, e melhorar a autoestima do cidadão, penalizado muitas vezes pelo estigma da violência por conta de conflitos no território. Potencializando as vozes que ecoam nas 16 favelas, o processo de maior visibilidade de quem vive no conjunto de favelas ganhou mais força ao longo desse período, com a realização de atividades que impulsionaram a Maré para o mundo. 

         ‘’Quando eu era moleque na Maré, muita gente tinha medo de falar que morava nela, porque o estigma sobre favelado era e continua sendo muito forte. Hoje, o morador perdeu um pouco disso’’, avalia Edson Diniz, um dos fundadores do Maré de Notícias. Para Edson, um dos ganhos nesse processo de disputa de narrativas sobre a integração do território à cidade se dá pela chegada de uma geração de jovens que discute os problemas das comunidades e ressignifica o lugar da carência no debate. Algumas dessas pessoas fazem parte do contexto político, como a deputada estadual do PSOL Renata Souza e a vereadora Marielle Franco, esta última morta brutalmente em 2018.

Eliana Sousa, diretora-fundadora do Maré de Notícias e da Redes da Maré.

         Mas isso não basta. ‘’Os moradores da Maré veem algumas de suas demandas sendo atendidas graças à sociedade. Em 12 anos, aprofundamos o processo de mobilização comunitária que já existia desde a década de 1970; quanto às políticas públicas, porém, não avançamos. É nesse lugar, do acesso, que reconhecemos a efetivação dos direitos’’, explica Eliana Sousa, diretora-fundadora do Maré de Notícias e da Redes da Maré. Houve melhorias significativas na autoestima da população, mas ela precisa ser garantida também pelo acesso a direitos, como a educação no conjunto. A Maré tem 44 centros de Ensino Fundamental. ‘’Precisamos fazer com que funcione de forma sistemática, regular e com qualidade’’, diz Eliana. 

           Como o Estado não assume nem implementa políticas que possibilitem as transformações necessárias, a sociedade civil foi responsável pela maioria dos avanços no território. É o caso de eventos como a Marcha da Maré e, recentemente, o #VacinaMaré, mobilização organizada pela Redes da Maré com a ajuda da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria Municipal de Saúde para realizar a campanha que vacinou mais de 37 mil moradores. ‘’Todos os processos que envolvem uma mobilização de moradores — seja na Maré, na Rocinha ou no Alemão — são problemas de uma cidade que é desigual. Temos que lutar por uma igualdade de acesso aos direitos; são movimentos importantes para enfrentar as desigualdades’’, diz Eliana.

Shirley Rosendo, uma das articuladoras para a criação do Maré de Notícia

         Para Shirley Rosendo, uma das articuladoras para a criação do Maré de Notícias, “com o passar dos anos, reconhecemos que os problemas estruturais que temos aqui é um reflexo da ausência de políticas públicas permanentes, e não de responsabilidade dos moradores’’. Segundo ela, mudanças positivas ocorreram no campo da saúde, sobretudo nos últimos anos, como a criação de mais unidades de saúde e, a partir de 2020, da implementação de equipamentos e serviços que ajudaram a mitigar os impactos da pandemia do coronavírus. ‘’O fato é que, para isso, precisamos estar juntos. Os moradores precisam participar desse processo’’, afirma.

          Shirley avalia que, em relação à segurança pública, grande parte das mudanças começam pela forma como o Estado vê os moradores das favelas: “Acho que o primeiro exercício que precisa ser feito é: se o direito à segurança pública — entendido como direito à vida e ao patrimônio — é de todos os cidadãos, como garantir esse direito a todos? Hoje se entende e se pratica um ‘direito’ à segurança que mais viola do que garante.” 

Ela lembra que uma das vitórias alcançadas por articuladores da Maré e demais comunidades do Rio foi a Ação Civil Pública (a ADPF das Favelas), na qual o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão das operações policiais nos territórios no período da pandemia. 

          ‘’Temos sempre que olhar para o lado bom das coisas, não dá pra só ficar reclamando. Os moradores muitas vezes falam que aqui [Maré] tem isso, tem aquilo, que conseguimos coisas que as outras não conseguem. Isso acabou deixando todo mundo  mais otimista, esperançoso de que vai conseguir mudar essa realidade’’, diz Helena Edir, moradora da Maré. 

Informação pela garantia de melhorias 

Hélio Euclides, jornalista e cria do território

          Um dos moradores que mais conhece e vive o dia a dia nas ruas da Maré é o repórter Hélio Euclides, colaborador do Maré de Notícias desde a primeira edição. Morador da Praia de Ramos, o jornalista é cria do território e nele mora com a família. Reconhecido como o “Hélio do jornal”, tornou-se uma antena para as demandas mais urgentes do local. 

          “A presença da comunicação comunitária sempre foi primordial na Maré. Durante um tempo, o jornal O Cidadão fez um importante trabalho em relação a essas mudanças’’, conta. Além do Maré de Notícias, o Maré Vive, o polo de dados data_labe e o Observatório de Favelas ajudaram a reunir dados e construir um real e importante perfil do morador e suas atividades. ‘’Se todo território tivesse uma comunicação comunitária sólida, seria perfeito. Não é dar voz ao morador; isso ele já tem. O que precisamos fazer é potencializar, aumentar sua visibilidade. Somos nós que fazemos, muitas vezes, uma ponte com o poder público para trazer soluções’’, avalia. 

         Para isso, é preciso registrar, em tempo real, as demandas dos moradores. É o caso do saneamento básico, um dos problemas que mais interferem na vida da Maré e que ganha destaque na versão impressa e online do jornal. Para Mercedes das Mercês, moradora da Maré, ‘’cada dia piora mais, ao invés de melhorar’’. Ela reconhece que muitas coisas evoluíram, como as atividades voltadas para crianças e jovens das comunidades, à cargo de organizações como a Luta Pela Paz e Uerê. 

          ‘’Fora o problema do saneamento, não tenho do que reclamar. Eu falo que moro na Maré, eu gosto daqui. Temos tudo e me sinto muito mais segura aqui dentro’’, diz a moradora que, para os próximos anos, quer ver estampada na primeira página do jornal uma única notícia: ‘’O saneamento básico melhorou.’’ 

Adeus ao artista da Vila do João: morre Afonso Carlos, o Carlinhos da Varig

Pintor foi encontrado sem vida em sua casa por familiares na última segunda-feira (29)

Por Denilson Queiroz, em 03/10/2021 às 17h14. Editado por Tamyres Matos

O artista Afonso Carlos, 67 anos, também conhecido como Carlinhos da Varig, faleceu nesta segunda-feira, na Vila do João. Familiares encontraram o pintor já sem vida em sua casa. A causa de sua morte foi um infarto. 

Afonso era figura bastante conhecida na Vila. Moradores relatam que a história de Carlinhos se confunde com a própria história da Vila do João. O mestre de capoeira Yrann Santos o conhecia há 50 anos e apreciava seu trabalho: “Seu irmão, Fábio, foi dono da primeira oficina de bicicletas da Vila do João. A pesca e a pintura sempre foram as suas paixões. Aqui em casa, nós o admiramos muito. Inclusive, temos três quadros dele”, conta.

Vida colorida

Um atelier em plena Rua Catorze, conhecida como a principal da Vila do João, um dos locais mais movimentados da Maré, onde passam pessoas indo e vindo do trabalho: esse foi o local escolhido por Afonso Carlos para criar suas obras de arte, um pintor ao ar livre. Esse ambiente eufórico fascina o artista, que acaba pintando de quatro a cinco quadros por dia. A grande maioria é composta de natureza, praias e verde. Ele nunca fez curso, acreditava ser um “dom de Deus”!.

Tudo começou no período de infância, quando fugia da escola para fazer desenho de letra japonesa. Por isso, só terminou o curso primário. Mas o talento acompanhou a sua vida. Contudo, Carlinhos da Varig fez outras atividades como segurança da Linha Vermelha e pescador. Seu retorno à arte foi fazendo quadro em madeira. O Maré de Notícias conversou com o artista em janeiro do ano passado.

Yrann Santos posa com o quadro de Afonso Carlos que expõe orgulhosamente em sua casa: “admiramos muito” | Foto: Arquivo pessoal

“É com o que criei meus filhos, com dinheiro da pesca e da pintura. Agora quero passar a profissão para frente. Tem um neto de 6 anos que mostra um dom para trabalhar com pincel, chora para pintar”, contou à época. 

Carlos usa para pintura tinta plástica Acrilex, e se destaca por reciclar madeiras e criar seus próprios quadros. Durante a entrevista, ele se emocionou ao lembrar que a pintura o tirou do caminho errado e diz que seus quadros já chegaram nos Estados Unidos e em Portugal: “Isso me faz chorar de emoção, ter quadros no exterior”.  

Mas é na Maré que ele se realizava. “Falam que há um artista na comunidade. As escolas daqui me chamam para expor e ainda vendo para os pais e professoras. O que me deixa feliz é o sorriso dos clientes, de orelha a orelha”, comentou.

Após dois anos, Bienal do Livro Rio volta a acontecer presencialmente

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Evento começa nesta sexta (3) e vai até o dia 12 de dezembro

Por Edu Carvalho, em 03/12/2021 ás 10h. Editado por Dani Moura.

Em sua 20ª edição, a Bienal do Livro Rio vai festejar o reencontro e promete ser inesquecível. A partir desta sexta-feira, dia 3 de dezembro, o Riocentro, na Barra da Tijuca, receberá o público saudoso e apaixonado por livros com uma programação especialmente elaborada por um coletivo curador para atender aos mais diferentes gostos e estilos. O objetivo é proporcionar trocas e reflexões sobre as principais questões contemporâneas em um debate plural e democrático, inspirado pelo questionamento “que histórias queremos contar a partir de agora?”.

O maior festival de literário do país terá atrações para todas as idades, seguindo os protocolos sanitários para preservar o bem-estar dos visitantes. Diariamente, o evento ocorre entre 9h e 22h, conforme detalhamento abaixo por dia da semana. Também haverá limite de capacidade de público por turno e necessidade da apresentação de comprovante de vacinação, além de uso obrigatório de máscaras.

A cerimônia de abertura, nesta sexta-feira (03), está marcada para às 10h, com a presença do prefeito Eduardo Paes e dos secretários municipais e estaduais de Educação e de Cultura. Grandes personalidades da literatura também estarão presentes, como o escritor Zuenir Ventura, que será homenageado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela GL Events, realizadores do evento, representando todos os autores parceiros da  Bienal. Além da riqueza de sua obra, Zuenir foi escolhido para essa homenagem por ter marcado presença em toda a história do festival.

Nesta cerimônia, o SNEL também homenageará a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia com a entrega do Prêmio José Olympio, que desde 1983 reconhece personalidades e instituições com notáveis contribuições em prol do mercado editorial brasileiro. “Com seu histórico voto ‘cala boca já morreu’, ela garantiu aos autores do país a plena liberdade de publicar biografias não autorizadas, permitindo que os leitores conheçam melhor a nossa história”, explica Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.

Programação

Para discutir o que as pessoas têm vivido e participar da construção dessas novas narrativas, a Bienal lança a Estação Plural, espaço patrocinado pela Colgate-Palmolive, que reúne autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção.

Este ano, 85 editoras e 140 selos estão confirmados, além de livrarias, distribuidores e loja de e-commerce, como Submarino. A programação conta com debates sobre juventude e fé, poesia, desenvolvimento sustentável, política e democracia, feminismo, jornalismo investigativo, adaptações audiovisuais, cultura geek e pop, LGBTQIAP+, saúde mental, ancestralidade e tendências do mercado literário, além da conexão de música e streaming.

Entre os autores internacionais estão os norte-americanos Matt Ruff, Julia Quinn, Beverly Jenkins, Jenna Evans, Casey McQuiston, Tracy Deonn, Lyssa Kay Adams, V. E. Schwab, Scarlett Peckham e Josh Malerman, a argentina Mariana Enriquez, a australiana Monica Gagliano e o japonês Junji Ito, um dos mais conceituados no universo dos mangás. A Bienal receberá ainda nomes como Conceição Evaristo, Itamar Vieira, Aílton Krenak, Caco Barcel-

los, Lázaro Ramos, Antônio Fagundes, Whindersson Nunes, Nei Lopes, Otávio Junior, Raphael Montes, Tati Bernardi, Gabriela Prioli, Pastor Henrique Vieira, Teresa Cristina, Lua de Oliveira, Luiz Antonio Simas, Lulu Santos, Fábio Porchat, Aza Njeri, Eliane Brum, entre muitos outros.

Para os pequenos leitores, o Espaço Metamorfoses, patrocinado pela Petrobras Cultural, é inspirado nas mudanças do mundo e da leitura, trazendo uma exposição imersiva com cenários interativos, hi-tech e lúdicos, que proporcionarão a cada visitante a possibilidade de viver uma viagem literária em diversas linguagens.

Para todos os públicos

Crianças com deficiência visual poderão fazer uma visita guiada neste espaço e todas as sessões da programação oficial terão tradução simultânea em libras. Em formato híbrido, com o conteúdo transmitido em tempo real pelo site.

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site do evento e também estarão

disponíveis em bilheteria física, com número limitado, durante o festival. “Estamos entregando uma edição muito especial nesta edição, tirada do papel com toda a responsabilidade que o momento impõe, mas trazendo toda a energia do reencontro e a  potência das conexões entre com o universo literário e as diferentes linguagens e temas. Nosso propósito de estimular a leitura para transformar o país está ainda mais presente, com uma programação plural e de bastante qualidade”, afirma Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events, responsável pela Bienal.

Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, ressalta a importância social e cultural da Bienal, no contexto da retomada de eventos presenciais no país. “Nos últimos meses, as pesquisas de mercado têm confirmado a reconexão das pessoas com os livros, o que só reforça a missão e a razão de ser do evento: o incentivo à leitura no Brasil. A Bienal é a grande festa do livro e é muito marcante que esse seja um dos primeiros eventos culturais de grande porte neste momento de transição para dias melhores”, afirma. “Estamos

muito felizes em poder continuar ampliando a representatividade do eventocjunto ao público, à comunidade e à indústria editorial, levando adiante a leitura como instrumento fundamental para o fomento da educação, da cidadania e da pluralidade de vozes no país”, pontua.

Serviço

Riocentro – Avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ;

Data: 03 de dezembro a 12 de dezembro de 2021;

Horários:

sextas: 9h às 22h;

sábados e domingos: 10 às 22h;

segunda a quinta: 09h às 21h;

Ingresso: R$ 40 (inteira)/ R$ 20 (meia-entrada);

Compra online: https://www.bienaldolivro.com.br/;

Compra no local: bilheterias estarão disponíveis com ingressos limitados à venda;

Protocolo: uso de máscara será obrigatório, assim como apresentação do comprovante de vacinação.

Relacionamento com a imprensa | Danthi comunicações

Paula Sarapu: [email protected] (21) 97510-6379

Julia Casotti: [email protected] (27) 99316-6423

Podcast Ronda Maré de Notícias #24 – 23/11 a 02/12/2021

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No Ar! Fique por dentro do que acontece no maior conjunto de favelas do Rio! 

Acesse o Spotify e ouça os destaques da semana de 23/11 a 02/12/2021

Dezembro inicia com intervenção da Polícia Federal na Maré

Por Redes da Maré, em 01/12/2021 às 16h10

Na manhã desta quarta-feira, 1º de dezembro, as regiões da Vila dos Pinheiros, Conjunto Pinheiros, Conjunto Bento Ribeiro Dantas e Vila do João, localizadas no Conjunto de Favelas da Maré, amanheceram com intenso tiroteio. Moradores relataram que por volta das cinco horas já havia policiais a pé e em carros blindados circulando pelo território. Na região conhecida como “Fogo Cruzado” os agentes entraram em diversas casas sem apresentação de mandado judicial.

A Secretaria de Polícia Militar informou à Redes da Maré que a operação policial foi uma ação coordenada entre a Polícia Militar e a Polícia Federal (Superintendências Regionais da Polícia Federal no Rio e no Acre), com o objetivo de desarticular uma rede de distribuição de drogas que se ramifica pelas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e policiais federais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) fizeram buscas em Bento Ribeiro Dantas e Conjunto Pinheiros, onde três pessoas foram presas (dois homens e uma mulher, ambos com mandado de prisão). Segundo relato de moradores dessas regiões, a mulher foi conduzida à delegacia dentro do carro blindado (“caveirão”) com seus dois filhos, uma criança de 6 anos e uma de 9 anos de idade.

A Linha Amarela chegou a ficar interditada nos dois sentidos por alguns minutos durante a manhã, dificultando o trânsito na via. Os equipamentos públicos da Maré também foram impactados pela ação. Segundo a Secretaria de Educação, por razões de segurança, 37 unidades escolares na região da Maré não funcionaram e a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Centro Municipal de Saúde (CMS) Vila do João e as Clínicas da Família (CFs) Adib Jatene e Augusto Boal acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de usuários e profissionais, não abriram no horário regular. Ao longo da manhã, com a situação mais tranquila no território, as unidades iniciaram o funcionamento.

A operação policial encerrou por volta das 8:30 da manhã e as ocorrências foram encaminhadas para registro na DRE.