Na sexta-feira (12) prefeitura prestou homenagem aos profissionais da saúde e às vítimas de covid-19
Por Hélio Euclides, em 16/02/2021 às 17h
Editado por Andressa Cabral Botelho
Esse ano não teve desfile dos blocos pela cidade. As agremiações não levaram suas enormes alegorias para a Apoteose. Do outro lado, a Intendente Magalhães não recebeu as escolas do povão, os índios do Cacique de Ramos ficaram na Tamarineira e nem Bonsucesso teve a sua aglomeração de foliões. Na sexta-feira de carnaval (12), aconteceu o tradicional evento da passagem das chaves da cidade no Sambódromo, mas além do prefeito e do Rei Momo, outras pessoas foram as protagonistas na abertura do carnaval.
Eduardo Paes (DEM) entregou a chave da cidade para profissionais da saúde, como forma de respeito a quem arrisca a própria vida para cuidar de quem contraiu o novo coronavírus. “Não vai ter Carnaval porque a gente quer salvar vidas. Não vai ter Carnaval porque a gente precisa preservar vidas. Não vai ter Carnaval porque quem amamos e até os que não conhecemos não podem ficar expostos a essa doença que, infelizmente, matou no mundo uma quantidade enorme de pessoas. Essa também é uma homenagem a todas essas vidas perdidas”, lembrou o prefeito.
No segundo momento, foi inaugurada a iluminação especial do Sambódromo, que traz as cores das agremiações que desfilam na passarela do samba. A iniciativa da Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, homenageará as vítimas da covid-19 e, em especial, as do mundo do samba. A iluminação ficará até o sábado (20.02), quando se realizaria o Desfile das Campeãs. A Marquês de Sapucaí ficará iluminada todas as noites da semana até meia-noite.
Maria Avelino, moradora da Baixa do Sapateiro, acha importante a homenagem aos profissionais de saúde e às vítimas do novo coronavírus. “Os profissionais são muito importantes, porque estão na linha de frente e trabalham com amor ao próximo. Esse vírus invisível já tirou tantas vidas… Perdi uma vizinha, uma parente e tantos outros conhecidos que não voltaram para sua família”, diz. Para ela, a homenagem deveria se estender aos cientistas, que trabalharam na criação da vacina. “Tomei a vacina e estou me sentindo muito bem. Meu sentimento é de alívio e espero que todos recebam a vacina, não só o Brasil, mas o mundo todo”, conclui.
Fiscalização de eventos clandestinos
Mesmo com a suspensão dos desfiles de blocos de rua e escolas de samba para evitar aglomerações e a disseminação do novo coronavírus, a cidade continua a registrar aglomerações ao longo do feriado, embora haja fiscalização conjunta da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), Guarda Municipal e Instituto de Vigilância Sanitária, com o apoio da Polícia Militar. Na segunda-feira (15), a prefeitura impediu a realização de três festas – dois na Zona Norte e um na Oeste, além de atuar na dispersão de pessoas na Praia de Ipanema, apreendendo três caixas de som.
Do dia 12 até o momento, foram realizadas 62 inspeções sanitárias, 47 autos de infração, 24 interdições e 12 apreensões. Dos 100 ambulantes fiscalizados, 18 foram multados.