Criado em 2015 por Helaine Martins, programa é abraçado pela Editora MOL como forma de homenagear sua memória e perpetuar seu legado
Foto: Editora MOL
Uma inquietação transformada na busca por mudança social. Assim que nasceu o projeto Entreviste Um Negro (EuN) de Helaine Martins com o objetivo de conectar profissionais negros a comunicadores. A iniciativa foi criada em 2015 pela jornalista, que foi funcionária da editora MOL por mais de dez anos e morreu em 2021 devido a uma parada cardiorrespiratória. Para celebrar e honrar o legado de Helaine, a Mol abraçou o projeto que, este ano, traz novidades.
Ao ver que a maioria dos jornais ouvia apenas pessoas brancas, em específico, homens brancos como fontes para a maioria das reportagens. Com poucos recursos mas muita dedicação e sede de um novo jornalismo, Helaine criou o projeto Entreviste Um Negro, com o objetivo de aumentar a visibilidade e representatividade na mídia e ajudar na construção de um jornalismo mais plural e que busque um equilíbrio em seus pontos de vista.
Leia Mais
A iniciativa ganhou destaque na imprensa e, em 2019, foi ampliado com a criação da Mandê, agência de conteúdo especializada na temática racial. Em 2021, a notícia da morte de Helaine gerou um imenso abalo na Editora MOL e como forma de homenagear sua memória e perpetuar sua luta, a MOL decidiu dar continuidade ao Entreviste Um Negro, iniciativa que conta com o apoio da família de Helaine e de Karol Gomes, sócia de Helaine na Mandê.
Em sua homenagem, a Editora MOL abriu uma oportunidade de estágio para exercer o trabalho de alimentação e divulgação do Entreviste Um Negro e seguir com o legado que Helaine nos deixou. A partir da Bolsa Helaine Martins, a jornalista Andressa Marques se propôs a seguir com o sonho de Helaine e, por ser comunicadora, negra e periférica, entende e também anseia por um jornalismo com mais cores.
O projeto está aceitando cadastro de jornalistas no novo banco de dados através do Formulário para Comunicadores. Ao preencher com seus dados, você concorda que o seu acesso será para a execução de pautas mais diversas e inclusivas. A iniciativa também abre o Formulário para Especialistas, para profissionais negros disponibilizarem seus dados para comunicadores entrarem em contato.
O projeto Entreviste Um Negro é protegido pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.