Mototaxista havia deixado filho na escolinha de futebol quando foi alvejado
Por Edu Carvalho em 04/01/2021 às 15h30
Editado por Andressa Cabral Botelho
Marcelo Guimarães, mototaxista de 38 anos, passava pela Avenida Edgar Werneck, na Cidade de Deus, na manhã desta segunda-feira (04) quando foi atingido embaixo do viaduto que dá acesso à Linha Amarela. No início da tarde, moradores fecharam a Linha Amarela, sentido Fundão, com pedaços de madeira e de móveis em protesto contra a morte de Marcelo. No sentido oposto, foram feitos alguns bloqueios.
De acordo com a assessoria da Polícia Militar, policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) faziam patrulhamento na região e alegaram ter ocorrido um confronto no local. Entretanto, a versão é negada pelos moradores, que ouviram apenas um disparo. A perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada para averiguar.
Ele havia acabado de deixar o filho mais novo, de 5 anos, na escolinha de futebol, na Gardênia Azul, próximo à região. Nas redes sociais, a filha mais velha de Marcelo, Vitória Guimarães, fez uma publicação em homenagem ao pai: ‘’Te mataram, pai, na crueldade. O senhor era trabalhador, estava indo trabalhar e te mataram. Tão novo, 38 anos, cheio de vida, coração bom!!!! Eu, minha mãe, meu irmão (que tem apenas 5 anos), família e amigos não estamos aguentando com tanta dor. #justiçapormarcelo’’.
Marcelo era casado e completaria 22 anos junto à esposa. Carla Roberta, viúva de Marcelo, desmente o comunicado da Polícia Militar sobre o possível confronto. “Infelizmente eu cheguei lá e meu marido estava no chão. Só quero justiça, só isso que eu quero. Eu não sei o que eu vou falar pro meu filhinho de cinco, falar que o pai dele foi viajar pra muito longe, nunca mais vai voltar”.
Um Inquérito Policial Militar (IPM) será aberto.