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Maré de Notícias #37

 

 

 

 

 

 

 

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[toggle title=”Essa rua é toda minha…”]

Por Aramis Assis

Primeiras ruas começam a receber placas de identi?cação feitas em azulejo pintado à mão

Crianças e adolescentes participaram da confecção das primeiras placas de  azulejo com os nomes das ruas da Maré,  inicialmente da Nova Holanda, comunidade onde a experiência teve início. A ideia básica é o resgate das histórias das ruas pelos moradores como forma de se criar uma   identidade própria para cada uma delas. Essa ação complementa as intenções do Censo Maré, realizado pela Redes em parceria com o Observatório de Favelas.

A arte-educadora e azulejeira Márcia Queiroz conta que iniciou o trabalho com as crianças e adolescentes por meio do Guia de Ruas da Maré, lançado no ano passado pela Redes, trazendo o mapeamento das 16 favelas. O guia é fruto da primeira fase do Censo Maré, que mapeou todo o bairro. Foi quando ela percebeu que muitos não têm conhecimento da cidade em que vivem, nem mesmo da própria comunidade. “Apropriar-se e gostar do lugar onde se vive é fundamental, pois a partir da observação as crianças se tornam mais críticas, se sentem seguras para agir dentro do seu espaço”, explica.

A atividade é fruto do trabalho pedagógico realizado pelo Projeto Maré de Ruas e Histórias, iniciado no segundo semestre de 2012, por meio da oficina de Arte sobre Azulejos. A ação é uma iniciativa da Redes, por meio do Programa Criança Petrobras na Maré (PCP-Maré).

O comerciante Sebastião Felício dos Santos foi um dos entrevistados pelo projeto sobre a origem do nome da Rua 15 de Janeiro. Ele se orgulha de ter sido um dos antigos moradores que ajudaram a escolher o nome devido à data em que Tancredo Neves venceu a eleição das Diretas Já, em 1985. “Todos gostaram do nome que ajudei a escolher. Moro na Maré há 50 anos, conheci minha esposa e criei meus filhos aqui. Gosto muito daqui e não pretendo sair nunca”, conta.

A aluna da oficina Andressa Henrique é uma das crianças participantes do projeto. Em um dos encontros ela fez um desenho comparando as ruas da Maré com as da Paraíba, evidenciando que lá há mais praças e árvores. Ela diz que adora a Maré e queria que as ruas tivessem mais espaço para brincar com as amigas.

Pertencimento e apropriação do espaço

O projeto piloto prevê, inicialmente, a colocação de 32 placas na Rua Sargento Silva Nunes e transversais. As ruas que tiveram a origem do nome identificada pelos moradores trazem na placa o motivo da escolha. “A proposta, iniciada juntamente com Eliana Sousa Silva, umas das diretoras da  Redes, envolve a confecção das placas junto com os moradores, não só para organizar e ordenar o espaço urbano, mas para trabalhar uma ideia mais concreta sobre o lugar onde se vive”, afirma Laura Taves, arquiteta e coordenadora do projeto Formatura da turma do Maré de Sabores
em dezembro: formação em gastronomia, gênero e cidadania O projeto é pensado como uma ação efetiva que envolva diretamente os moradores. A partir dessa primeira ação na Nova Holanda, objetiva desenvolver diversas atividades que tornem possível a mobilização e envolvimento dos moradores na elaboração de um “Plano Territorial para a Maré”, adianta Eliana.

As ruas contam histórias e nomeá-las não significa apenas um ato de identificação, mas também de pertencimento e apropriação daquele espaço. Para se exercer o direito à cidade é primordial o reconhecimento do espaço em que se vive, para torná-lo visível. É essencial que os moradores sejam protagonistas nesse processo e o Maré de Ruas e Histórias alça voo nesse sentido, pretendendo alcançar o reconhecimento de toda a cidade.

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[toggle title=”Não à tuberculose”]

Por Fabíola Loureiro

Maré oferece tratamento gratuito e e?caz

O Centro Municipal de Saúde Samora Machel vem desenvolvendo palestras e oficinas voltadas para a promoção da saúde, com ênfase na tuberculose. Entre os objetivos estão detectar possíveis pacientes com a doença, divulgar a importância do tratamento – que é público, gratuito e eficaz – e diminuir o preconceito.

A agente comunitária de saúde, Márcia Cristina Pereira, diz que a tuberculose é uma doença altamente contagiosa, afetando principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos, como ossos e rins. Na região da Coordenadoria de Saúde da Área de Planejamento 3.1 (CAP 3.1), que envolve Ilha do Governador e Zona da Leopoldina, houve um total de 47 óbitos por tuberculose no primeiro semestre de 2012, sendo 10 na Maré. Com o Programa Saúde da Família, os casos podem ser descobertos e tratados a tempo.

“Há uma dificuldade em assumir a doença. Por isso, as unidades de saúde estão buscando os pacientes e possibilitando o tratamento. Quando chega um paciente, toda a família é investigada e é feito um histórico dos seus contatos: família, amigos, vizinhos”, explica.

O tratamento dura seis meses e não pode ser interrompido. Porém, depois de 15 dias, muitos pacientes sentem uma melhora e acabam abandonando o tratamento. Com isso, eles se tornam resistentes aos medicamentos e continuam contaminando amigos e familiares. Segundo Márcia, o paciente pode escolher se busca a medicação no posto ou se o agente comunitário leva em seu domicílio. Ela lembra ainda que as crianças também estão vulneráveis, mas que  os sintomas são diferentes dos adultos. Se a criança tiver contato com algum paciente, deve procurar a unidade para efetuar os exames.

Maria José Barreto, moradora do Parque Maré, conta que seu filho pegou tuberculose, fez todo o tratamento e agora está curado. “Quando ficamos sabendo, nós o apoiamos e eu sempre fiquei muito presente. No início tivemos um pouco de cuidado para não ter contaminação, mas depois de 25 dias de tratamento o médico disse que já poderia ter contato com a família, pois não tinha mais risco de contágio”, revela Maria José.

De olho nos sintomas:
-Tosse seca e contínua por mais de três semanas;
-Cansaço excessivo;
-Febre baixa, geralmente à tarde;
-Sudorese noturna;
-Falta de apetite;
-Palidez e fraqueza;
-Emagrecimento acentuado;
-Rouquidão e dificuldade na respiração.

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[toggle title=”Solidariedade para pacientes da Maré”]

A campanha Natal Sem Fome na Maré surgiu de uma reunião na Unidade de Saúde da Família Hélio Smidt. O propósito da ação foi de arrecadar alimentos para ajudar na ceia de pacientes. A coleta começou no local, depois a campanha se estendeu para o Facebook. No total foram conseguidas 113 cestas básicas, que além de alimentos tinham também materiais de limpeza e higiene. Todas foram distribuídas na manhã de 21 de dezembro.

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[toggle title=”Receita: Torta de limão”]

Enviada pelas alunas do Maré de Sabores

Massa:
– 250g de farinha de trigo
– 100g de manteiga
– Uma colher de sobremesa de açúcar
– 100 ml de água

Misture todos os ingredientes em uma bacia até a massa soltar das mãos e ficar macia. Forre uma forma de fundo falso, fure com um garfo e
ponha para assar em forno médio por 10 minutos ou até ficar dourada.

Recheio:
– Duas latas de leite condensado
– Duas latas de creme de leite sem soro
– Suco de seis limões

Bata tudo no liquidificador e coloque na forma junto com a massa assada.

Cobertura:
-Três claras
-Três colheres de açúcar

Bater na batedeira até virar suspiro. Colocar por cima do mousse de limão, fazendo uns biquinhos com o garfo. Jogue um pouco de raspa de limão
por cima e leve ao forno até dourar. Espere esfriar, leve à geladeira por 1 hora e desenforme.

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