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O que esperar dos políticos

Foto: Kamila Camillo

Maré de Notícias #95 – Dezembro de 2018

Se não sabe, leia esta reportagem com muita atenção. Assim, você poderá cobrar dos políticos em quem votou as atribuições que lhes foram delegadas por seus eleitores

Por Hélio Euclides

 

O ano de 2018 teve Copa do Mundo de Futebol, mas também foi marcado por eleições que definirão o futuro da nação. Elegeram-se Presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais, que assumem os seus cargos no primeiro dia de 2019. Mas será que sabemos as atribuições de cada cargo político?  Para Edvaldo de Oliveira, morador da Vila do Pinheiro, a resposta é não. Segundo Edvaldo, é preciso ter mais conhecimento sobre os cargos políticos. “Falta informação na sociedade. A população precisa entender o papel dos âmbitos municipal, estadual e federal. Se eu tenho um problema do esgoto, não adianta ir à Prefeitura, se a questão é da Cedae, um Órgão estadual. Para reverter isso, é preciso que as pessoas que entendem de lei, como as [pessoas] dos gabinetes, para informar, e assim surgirem multiplicadores de qual a esfera certa que o cidadão deve procurar”, sugere.

Philippe Guedon, cientista político, entende que o conhecimento sobre os cargos em disputa e as suas responsabilidades é escasso. “É dado pela cultura de distanciamento da política, do entendimento equivocado, de que a política não se faz presente no cotidiano do cidadão. Não é incomum que os eleitores não se lembrem em quem votaram nas últimas eleições”, avalia.

Por outro lado, ele acredita que há mudanças importantes: “a morte da vereadora Marielle Franco demonstra, ainda, que há incômodo de setores sociais com a insurreição de movimentos reivindicatórios por direitos das classes minoritárias na política. A resposta das urnas, com eleição de mulheres negras e com corte de renda, reforça a ideia de que a representação desses setores é um caminho inevitável de reconhecimento da política como caminho viável e que, agora, chegaram para ficar e reafirmar a necessidade de ocupar esse espaço. Muito saudável para a nossa democracia e para nossa sociedade”.

 

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