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Observatório de Favelas lança Curso de Extensão que apresenta a Favela como Patrimônio Cultural-arquitetônico do Rio de Janeiro

Curso abordará experiências, formatos e estéticas  da relação entre cultura e arquitetura nas favelas do Rio de Janeiro.

Por Observatório de Favelas, 13/07/2021 às 07h

O Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Habitação LabHab_PROARQ_FAU_UFRJ e patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS lança o curso de extensão – Corpo Morada: Favela como Patrimônio da Cidade com inscrições abertas de 05 a 26 de julho. O curso, em formato remoto, acontecerá entre os meses de agosto e setembro. São 30 vagas disponíveis e emissão de certificado final via Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Corpo Morada: Favela como Patrimônio da Cidade busca reposicionar e ressignificar a favela como patrimônio cultural-arquitetônico do Rio de Janeiro, considerando sua morfologia e estética urbana orientadas para a convivência e para o enfrentamento das desigualdades sociais da cidade em um ano que o Rio será condecorado com o título de patrimônio da arquitetura. As favelas são territórios que expressam a diversidade, a riqueza e a pluralidade na (re)invenção de arquiteturas populares que devem ser consideradas como verdadeiros patrimônios culturais construtivos. Residências, bares, praças, igrejas, terreiros, ruas, becos, enquanto espaços construídos e edificados como morada popular traduzem valores de pertencimento, uso compartilhados de espaços, técnicas de sustentabilidade e estilos de vida legítimos na dinâmica urbana. 

O curso está estruturado em dois pilares –  1. Curso de formação de 40h, para 30 alunos; e 2. Pesquisa coletiva para construção de cartografia social de edificações representativas da cultura e da vida de moradores de favela. Serão selecionadas pessoas moradoras de favelas e periferias do Rio de Janeiro com perfil de ativistas, artistas e/ou pesquisadores com vinculação direta ao tema, seja por trajetória de vida ou profissional. Espera-se alcançar, sobretudo, estudantes e jovens em formação destes territórios com interesse nas áreas de conhecimento das humanidades (arquitetura, urbanismo, geografia, ciências sociais, história, dentre outras) ou atuantes em organizações sociais e coletivos locais.

Para o coordenador do eixo de Políticas Urbanas, Aruan Braga: “O curso de extensão ‘Corpo Morada: favela como patrimônio da cidade’ promoverá as favelas e os territórios populares do Rio de Janeiro como referências possíveis para a cidade. Reconhecer, valorizar e difundir saberes e experiências coletivas de vida na cidade em parceria com instituições acadêmicas de referência é uma estratégia histórica do Observatório de Favelas no enfrentamento das desigualdades sociais. Mais uma vez será realizada com este curso, que foi precedido também por uma oficina e uma exposição fotográfica. “

O curso contará com a presença de artistas, intelectuais e pesquisadores nos campos de Políticas Urbanas, dentre eles, nomes como: Aruan Braga, Thais Ayomide e Lino Teixeira (Observatório de Favelas) Henrique Silveira (Casa Fluminense), Luciana Figueiredo e Mauro Santos (FAU/UFRJ), Jorge Barbosa (UFF), Eliane Costa (Doutora em Políticas Culturais), João Brito (Doutor em Planejamento Urbano), Francisco Valdean (Fotógrafo Popular e Doutorando em arte UERJ), Tainá de Paula (Arquiteta e Vereadora do RJ), Pablo Benetti (Presidente CAU/RJ). Acesse a ementa completa do curso AQUI.

Para Luciana Figueiredo, professora de Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, que vai ministrar temas no curso de extensão: “É um curso fantástico, que propõe apresentar a favela como patrimônio cultural e arquitetônico da cidade, com conteúdo diversificado, envolvendo áreas de artes, arquitetura e urbanismo, ciências sociais, entre outras. Para isso, convidamos pessoas com vasta bagagem em suas áreas para participarem como professores do curso! A programação está sensacional!”

Sobre o Observatório de Favelas

Observatório de Favelas, criado em 2001, é uma organização da sociedade civil sediada no Conjunto de Favelas da Maré, mas com atuação nacional. Dedica-se à produção de conhecimento e metodologias visando incidir em políticas públicas sobre as favelas e promover o direito à cidade. Fundado por pesquisadores e profissionais oriundos de espaços populares, tem como missão construir experiências que contribuam para a superação das desigualdades e o fortalecimento da democracia a partir da afirmação das favelas e periferias como territórios de potências e direitos. Atualmente, tem em andamento projetos, divididos em cinco áreas: Arte e Território, Comunicação, Direito à Vida e Segurança Pública, Educação e Políticas Urbanas. Muitos em parcerias com universidades, organizações locais, nacionais e internacionais.

Sobre o Eixo de Políticas Urbanas

O Observatório de Favelas busca contribuir para a construção de cidades em que todas as pessoas possam viver com igualdade do ponto de vista da dignidade humana. Neste sentido, o eixo Politicas Urbanas se dedica à produção de diagnósticos e metodologias de intervenção que contribuam para a redução das desigualdades sociais a partir da vivência e dos saberes urbanos populares, em particular das favelas e periferias. A partir deste eixo, a instituição mobiliza e promove incidências políticas sobre os poderes públicos por meio da proposição de conceitos e implementação de tecnologias sociais de referência, apontando caminhos que fortaleçam a democracia, reduzam desigualdades estruturais e garantam o “Direito à cidade”.

Sobre a FAU

A Faculdade Nacional de Arquitetura e Urbanismo foi criada em 1945,  por meio do Decreto N. 7918, e funcionava na  Praia Vermelha. Em 1961, ela passa a fazer parte do Campus Fundão, em um edifício próprio, projetado pelo Arquiteto Jorge Machado Moreira, em 1957, exclusivamente para sediá-la. Ao longo dos anos a FAUUFRJ vem se aprimorando e sempre em busca de  um novo currículo, mais dinâmico, ágil e plural, que abarque as diversidades sociais e do campo de conhecimento, reconhecendo sua excelência em pesquisa e suas ações de extensão.

Sobre a Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS

Criada em 2013, a lei de incentivo à cultura da cidade do Rio de Janeiro é o maior mecanismo de incentivo municipal do país em volume de recursos. No ano de 2021, atualizamos os procedimentos para torná-la ainda mais democrática e mais simplificada. O Rio de Janeiro possui uma produção cultural diversa e que é decisiva para o seu desenvolvimento e para o bem-estar da população. Nossa lei, carinhosamente apelidada de Lei do ISS, é um de nossos mecanismos de fomento que buscam estimular o encontro da produção cultural com a população.

Serviço

Curso de Extensão “Corpo Morada: Favela como patrimônio da cidade”

Inscrições – 05 a 26 de julho. 

Resultado – 28 de julho

Início das aulas – 02 de agosto

Vagas: 30

Período da Oficina: Agosto e Setembro

Dia e horário das oficinas: Início dia 02 de agosto, sempre às Segundas-feiras de 14h até 18h.

Formato: Remoto

Link para as Inscrições: https://bityli.com/corpomorada-cursodeextensao

Realização: Observatório de Favelas 

Parceria: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ

Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS


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