Serviços se adaptam para favorecer o isolamento social das pessoas
Hélio Euclides
Atchim. Saúde! O costume de desejar saúde a quem espirra, feito quase que de forma automática por algumas pessoas, é uma realidade na maior parte do mundo. Só que agora, época de novo coronavírus, o espirro precisa de mais cuidado. Porque, ele, seguido de tosse seca, dificuldades para respirar e febre pode sinalizar que você esteja com a COVID-19, doença causada pelo coronavírus. Por isso, todo cuidado é pouco a quarentena, o isolamento social, é indispensável para a melhora. O isolamento diminui o contágio do vírus. Muitas pessoas sequer sentem que estão contaminadas e transmitem o vírus de forma assintomática. Em especial crianças podem transmitir para os mais velhos, e estes, com mais chances de agravamento na doença.
É importante destacar que o novo coronavírus pode se parecer com gripes e alergias, então é importante saber quais são esses sintomas antes de se deslocar para uma unidade de saúde. A orientação para quem sentir sintomas como febre alta por mais de 2 dias seguidos e falta de ar severa é buscar as Clínicas da Família, as UPAs ou Centros de Emergência Regionais. O conjunto de favelas da Maré é atendido por 42 equipes de Saúde da Família, distribuídas em quatro clínicas da família e três centros municipais de saúde.
No momento, as equipes da Maré estão reduzidas, com dois médicos por unidade, dois enfermeiros, seis técnicos de enfermagem e seis agentes de saúde. O que já era preocupante e agora se faz necessário para garantir o atendimento da população das favelas durante a pandemia. Diante da redução de equipe, as escalas entre os profissionais são diárias, sempre com um médico e um enfermeiro para o atendimento à população. Os profissionais competentes para avaliação dos casos são médicos e enfermeiros, que darão as orientações necessárias para o cuidado do paciente.
Joelma Sousa, coordenadora da Equipe Social da Redes da Maré e moradora da favela Nova Holanda, vê preocupações na atenção primária na Maré. “Ocorreu a mudança da gestão, com trocas das organizações sociais, em pleno momento em que o mundo já sentia o problema do coronavírus. Com a pandemia, ainda há o cancelamento de consultas. Então como ficou esses pacientes? Somado a isso, não houve uma capacitação para o enfrentamento do COVID-19 na atenção primária, o que dificulta até o acesso à informação”, conta. Ela acredita que a saúde passa por uma precarização e que não está preparada para acontecimentos como surto de vírus.
“A pandemia chega ao Brasil e pega as equipes completamente reduzidas, com falta insumos. Isso dá um impacto no atendimento à população”, comenta. Joelma critica a não realização dos testes em todos os casos suspeitos. “Só são realizados na internação, daí que saem os casos confirmados. Não dá para fazer um mapeamento, pois o que surge são muitos casos suspeitos, não confirmados”, conclui.
As unidades de atenção primárias estão priorizando o acolhimento aos casos suspeitos de COVID-19 e acompanhamento online dos casos que estão em quarentena em casa. Os casos desses pacientes e os das UPAs serão notificados ao sistema de vigilância. O contato da Vigilância em Saúde para dúvidas e orientações está disponível no site subpav.org/ondeseratendido e o telefone de contato da vigilância sanitária é 2573 -7934, falar com Janaina ou Doutor Otto.
Outra questão é que os pacientes que fazem parte de grupo de risco terão prioridade no atendimento, são eles: maiores de 60 anos e paciente com tuberculose, gestantes no último mês de gestação, hipertensos e diabéticos descompensados. Lembrando que os testes do COVID-19 estão sendo realizados apenas nos hospitais de referências e para casos graves de internação.
Um instrumento nessa guerra contra a doença foi lançado pelo Ministério da Saúde. O app Coronavírus-SUS tem o objetivo de conscientizar a população sobre o Coronavírus COVID-19, para isso o aplicativo conta com informativos de diversos tópicos como os sintomas, como se prevenir, o que fazer em caso de suspeita e infecção: http://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.guardioes&hl=pt_br. Outra forma de conseguir informações é pelo Disque Saúde: 136.
Como fica a vida em casa?
Os cariocas neste período de pandemia encontram mudanças no cotidiano, com decretos municipais e estaduais adotados para que pessoas não saiam de casa. Espaços de lazer, shopping, praias, fronteiras e até comércios estão sendo fechados, o que deixa ruas vazias. Com carro de som e outros artifícios, lideranças das favelas tentam conscientizar os moradores que ficar em casa é o melhor lugar para a prevenção.
Confira como ficam alguns serviços:
Divisão de Limpeza da Comlurb na Maré – Rua Teixeira Ribeiro. S/N – Nova Holanda. A Comlurb cancelou por tempo indeterminado o atendimento presencial ao público. Todos as solicitações, porém, continuam sendo feitas e atendidas pela Central de Atendimento da Prefeitura pelo 1746. O combate aos vetores, incluindo roedores e caramujos africanos, será realizado apenas nas áreas externas, a equipe não entrará nas residências e imóveis. A coleta domiciliar normal.
Núcleo Maré da Cedae – Rua Teixeira Ribeiro, S/N – Nova Holanda. A Cedae informa a suspensão do atendimento nas agências comerciais da companhia em todo o Estado do Rio de Janeiro. Vale lembrar que as atividades operacionais e de manutenção da Companhia estão ocorrendo normalmente. Para isso, basta entrar em contato pelo telefone: 0800-282-1195.
Detran Maré – Rua Principal, S/N – Baixa do Sapateiro / Rua Teixeira Ribeiro, 629 – Loja 4/5 – Parque Maré. Estão sendo feitos ainda os serviços de emissão de segunda via da Carteira de Identidade e da Habilitação. O atendimento é feito apenas em pontos pré-selecionados. Em caso de dúvida, o cidadão deve ligar para o atendimento pelo número 3460-4040 ou 3460-4041.
Casas Lotéricas: A Caixa Econômica informa que as unidades estão autorizadas a fechar ou adequar seu horário. Cada uma lotérica deve afixar comunicado orientando os clientes sobre o novo horário. Nas unidades que se mantém abertas, os clientes estão orientados a manter uma distância mínima de um metro. Os bancos vão ter horários. A Caixa Econômica disponibiliza o canal de comunicação, pelo WhatsApp: 0800-726-8068, para evitar aglomerações nas suas agências. Lembrando que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sancionou lei que proíbe a interrupção de serviços essenciais, como água, gás e energia elétrica, por falta de pagamento e permite ainda o parcelamento das contas após o período de contingenciamento da doença no Rio. Por isso, nada de aglomeração nesses locais.
30ª Região Administrativa – Rua Principal, S/N – Baixa do Sapateiro. Funcionamento em horário reduzido, das 9h às 13h.
Unidades de Saúde da Maré:
Clínica da Família Jeremias Morais da Silva
- Rua Teixeira Ribeiro s/n – Nova Holanda
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contato: 99652-5686
Clínica da Família Diniz Batista dos Santos
- Avenida Brigadeiro Trompowski, SN – Parque União
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contato: 99543-6014
Clínica da Família Adib Jatene
- Via B/1, 589-501 – Conjunto Pinheiros
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contato: 3885-4561
Clínica da Família Augusto Boal
- Avenida Guilherme Maxwel, 901- Bento Ribeiro Dantas
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contato: 3105-8982
CMS Américo Veloso
- Rua Gerson Ferreira, 100 – Praia de Ramos
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contatos: 2590-3941/3104-4624
CMS Vila do João
- Rua 17 s/n, Vila do João
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Sábado, das 7h às 13h.
- Contato: 3109-0006
CMS João Cândido
- Av. Lobo Junior, 83 Marcílio Dias
- Funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 18h.
- Contato: 2584-2083
Unidade de Pronto Atendimento UPA
- Rua Nove, 4.880 – Vila João
- Funcionamento 24 horas
- Contato: 3361-1411