Guilherme Simões dialogou com coletivos e organizações locais e circulou pela favela Marcílio Dias
Por Jéssica Pires
A visita foi uma iniciativa da própria secretaria e se iniciou com uma conversa na Associação de Moradores de Marcílio Dias e um circuito por pontos da região que apresenta sérios desafios no campo da habitação e da urbanização. Guilherme Simões, secretário da pasta que integra o Ministério das Cidades, recriado no atual governo Lula, é militante do movimento de moradias há 18 anos e foi professor do Curso Pré-Vestibular da Redes da Maré. Ele apresentou as frentes de atuação da secretaria: a urbanização de favelas e a prevenção de deslizamentos e as estratégias pensadas para ampliação da atuação da secretaria.
Representantes de diversas organizações da Maré (Redes da Maré, Maré sem Preconceito, Maré Vive, Instituto Vida Real, Instituto Maria e João Aleixo, Observatório de Favelas, Casa Resistências, Organização Seja Democracia, Garotas da Maré, Maré 0800, Amarévê, Mulheres em Resistência, representantes da mandata da deputada Renata Souza, CEASM, O Cidadão, Frente de Mobilização da Maré, Mães da Maré, Gato de Bonsucesso, Projeto Impactando Kelson e Horta Maria Angu) estiveram presentes na agenda, apresentando pontos de pautas que podem ser observadas e acompanhadas pela secretaria. Também estiveram presentes presidentes de associações de moradores de favelas da Maré e representantes da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima.
A Associação de Moradores de Marcílio Dias apresentou um documento com demandas mapeadas sobre a região. Foi comum nas falas dos representantes das organizações o sentimento de representatividade que surge com a liderança de Guilherme à frente da pasta.
O secretário chamou atenção para a importância da participação popular mais profunda na elaboração das ações e estratégias da secretaria. É objetivo do ministério investir em urbanização em territórios vulneráveis e periféricos, porém com maior participação popular. É objetivo da secretaria conceder premiações para iniciativas em territórios periféricos que tenham tido experiências exitosas e realizar nos próximos meses um grande evento que possa coletivizar essas pautas.
Shyrlei Rosendo, coordenadora do eixo Direitos Urbanos e Socioambientais da Redes de Maré, trouxe a necessidade dessa participação ser mais diversa, com organizações que têm uma estrutura menos consolidada, mas acompanham o histórico da falta de investimento em manutenção e desenvolvimento na Maré. A pauta do racismo ambiental também foi destacada durante a conversa dos coletivos. Douglas Alencar, coordenador da organização Seja Democracia chamou atenção para as especificidades de formação e desenvolvimento dos territórios.
A secretaria, que faz parte do Ministério das Cidades, está realizando a Caravana das Periferias, que será uma série de visitas em favelas e periferias de todo o país para construir um plano e política nacional de atuação nesses territórios. Neste sábado, o Secretário visitou a Rocinha, Morro da Providência e Duque de Caxias. No domingo Guilherme passou pelo Chapéu-Mangueira, Cascadura e Complexo do Alemão, além da Maré.
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