Falta de acesso, estrutura ou oportunidade são alguns dos obstáculos que marcam, nas periferias do país, a vida de crianças e jovens que sonham transformar suas trajetórias através do esporte.
Para que eles alcancem sempre o primeiro lugar (na vida ou nas competições), suas famílias se empenham em arrecadar dinheiro para que seus atletas possam competir em torneios aqui e no exterior.
É o caso de Kauan Barboza, que iniciou sua história no jiu-jítsu aos sete anos, incentivado pela mãe, Marcela Barboza, apesar das adversidades.
“A rotina dele é puxada: escola pela manhã, explicadora à tarde, treino de jiu-jítsu de segunda a sábado, além de funcional e natação. Ele é muito esforçado e tem consciência, por isso se dedica ao máximo em cada atividade.”
Marcela Barboza, mãe do esportista Kauan
Quem partilha da mesma correria é Priscilla Moreno, mãe de Lorrane da Silva, que faz jiu-jitsu desde 2018.
“Mesmo morando em favela, ensinei minha filha a batalhar pelos objetivos dela, e que nada a impedisse.”
Priscilla Moreno, mãe de Lorrane da Silva
“Sempre senti vontade de treinar, mas ninguém me levava. Depois que visitei o centro de treinamento, me apaixonei pela luta e disse que era aquilo que eu queria fazer. Foi paixão à primeira vista, nunca mais sai.”
Lorrane da Silva, esportista
Para a jovem, participar de um evento internacional de renome é, além de um grande aprendizado como atleta, a mostra de sua própria potência dentro de sua trajetória pessoal.
“O jiu-jítsu mudou minha vida nos últimos quatro anos. O projeto social do qual participo é muito rígido: exige respeito aos pais, ajuda em casa… É algo que me mudou bastante.”