Estudo aponta que moradores das favelas e periferias da cidade do Rio percebem o agravamento da crise no clima.
“As pessoas se preocupam a partir de desastres como as enchentes, notam as mudanças climáticas no cotidiano. Há uma percepção de que a gente vive uma crise ambiental grave e que as consequências podem ser devastadoras.”
Tatiana Roque, professora da UFRJ que acompanha o estudo
O estudo mostra também que embora a questão ambiental seja considerada importante, não há conexão entre as responsabilidades sobre os danos e as ações a serem tomadas.
“As pessoas mencionam o aumento dos desastres ambientais, dias mais quentes, chuvas mais fortes e mais frequentes e estações do ano mais indefinidas.”
Tatiana Roque, professora da UFRJ que acompanha o estudo
Para os entrevistados pelo estudo, o indivíduo é o principal culpado pelos problemas ambientais, em um nível mais micro de análise.
Um relatório divulgado no fim de maio pela ONU mostrou que os indicadores de mudanças climáticas bateram recordes em 2021.
O aumento das concentrações de gases do efeito estufa, da acidificação dos oceanos, além da elevação do nível do mar e das temperaturas são os piores indicadores.
Um caminho, segundo Tatiana, é aumentar a consciência sobre o grave problema por meio da divulgação científica.
“A melhor maneira de melhorar o alcance do assunto é ‘traduzir’ esses temas que às vezes parecem abstratos.”
Tatiana Roque, professora da UFRJ que acompanha o estudo
O governo e as empresas têm um papel fundamental nesse debate.