O Rio de Janeiro no mapa da Intolerância religiosa

Em 2020, o estado do Rio de Janeiro registrou 1.355 crimes que podem estar relacionados com intolerância religiosa, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Uma média de mais de três casos por dia.

A  caracterização do crime se dá pela ridicularização pública, impedimento ou perturbação de cerimônias religiosas. No Brasil, a discriminação ou preconceito contra religiões é crime.

(Os dados de 2021 ainda  não foram fechados).

Os pesquisadores do ISP acreditam que o número de casos de intolerância religiosa no Rio de Janeiro é ainda maior porque há uma considerável subnotificação; muitas agressões acontecem em áreas dominadas por facções criminosas que se dizem evangélicas e onde a população teme denunciar e sofrer retaliações.

Intolerância e medo

“Nossos templos são cotidianamente destruídos, queimados. E tais crimes são tratados com descaso ou não chegam a ser noticiados ou notificados.”

Carlos Alberto Ivanir dos Santos, babalawô, doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

A população brasileira é composta por cristãos: 50% católicos 31% evangélicos  e 3% espíritas 10% sem religião 2% de religiões  afro-brasileiras Umbanda Candomblé e outras.  Ateus e “outros” representam os 4% restantes.

(Dados Data Folha)

No Rio de Janeiro, os casos de intolerância religiosa podem ser denunciados pelo telefone 190. Desde 2018, a cidade conta com a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI). A unidade funciona na rua no Lavradio, 155, Centro.

Denúncias de intolerância religiosa podem ser apresentadas em qualquer delegacia. Os registros também podem ser feitos pela Delegacia Online da Secretaria de Estado de Polícia Civil.

Acompanhe o instagram oficial da DECRADI PCERJ Instagram: @decradipcerj

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