Representatividade LGBTQIA+ na política

Num ano eleitoral, debater a representatividade na política é urgente. Nos tempos mais recentes,  personalidades LGBTQIA+ foram eleitas e travaram batalhas importantes.

Em 2018, o Brasil elegeu o maior número de pessoas LGBTQIA+ da história: 160, de acordo com a Aliança Nacional LGBTI: um crescimento de 386%.

Porém a vereadora e viúva de Marielle Franco, Monica Benício, destaca a estrutura discriminatória da sociedade que coloca barreiras para que pessoas LGBTQIA+ ocupem esses espaços.

Jean Wyllys foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Deputados em 2010. Nas eleições de 2014, foi reeleito como o sétimo mais votado entre os candidatos a deputado federal do estado do Rio de Janeiro, com quase 145 mil votos válidos.

Chegou a ser considerado uma das 50 personalidades que mais lutam pela diversidade no mundo. Em 2018 foi reeleito para o terceiro mandato, mas após receber ameaças de morte, se autoexilou.

Assim como Jean Wyllys, a vereadora Marielle Franco também teve sua trajetória política  interrompida.

Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais nas favelas cariocas.

Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. Até hoje o caso não foi solucionado.

Em 28/06 é considerado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Foi nessa data em 1969 que um grupo de travestis resistiu à violência policial contra LGBTs, em Manhattan.

O  Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo.  Para essa população que vive em favelas, o sofrimento se agrava com a política de (in)segurança pública, pobreza, opressões de gênero e raça e a dificuldade de acesso a serviços básicos.

Na Maré, o movimento LGBTQIA+ é organizado e diverso. Com manifestações mapeadas desde a década de 80.

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