Maré de Notícias #66

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[toggle title=”Editorial”]

Diálogos documentados

A busca por diálogo e aproximação entre pessoas permeia as páginas desta edição, a começar pela charge do morador André de Lucena, tocando num tema bem atual. Boa parte das páginas seguintes reflete o diálogo ou a falta dele e suas consequências para a população.

Exemplo clássico (da falta de conversa) são as medidas anunciados pela Prefeitura na área de transportes, que mexerão, para pior, com a vida de quem circula entre as Zonas Norte e Sul (pág. 4 e 5). Na área de educação, o pedido também é de mais diálogo (pág. 12). Bom lembrar que estas são duas áreas sensíveis para os cariocas. O Rio é a cidade do país onde os moradores perdem mais tempo no trajeto casa-trabalho, segundo estudo da Federação das Indústrias do estado (Firjan). Na educação, uma avaliação do governo federal acaba de mostrar que o estado do Rio foi o pior do Sudeste e ficou atrás de muitos outros estados na Avaliação Nacional de Alfabetização. Temos ainda muito a fazer e muito o que debater.

Já a matéria de capa pretende aproximar os moradores da realidade dos usuários da cena do crack. São vizinhos muito falados, porém conhecidos apenas superficialmente pela maioria dos moradores da Maré (pág. 8 a 11). Na área de saneamento básico, o assunto é o diálogo de jovens moradores com a Comlurb. Mas há outros exemplos. Confira!

Boa leitura a todas e todos!

 

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[toggle title=”Fora do Brasil, uma das grandes questões é a dos  refugiados”]

Desde janeiro, milhares de pessoas embarcaram em viagens perigosas em busca de segurança na Europa – grande parte delas morreu tentando. Mesmo para quem chega, as dificuldades estão longe de acabar.

Essas pessoas estão fugindo de conflitos armados em seus países, e para isso, enfrentam dias de caminhada ou se aventuram em embarcações precárias no mar Mediterrâneo, muitas vezes com crianças pequenas e parentes idosos. Mais de 4 milhões de refugiados já deixaram a Síria nessas condições. Diferentes dos migrantes, refugiados são pessoas que fogem de conflitos, guerras ou perseguição por raça, gênero, religião ou opinião política.

Agora, estamos vivendo a maior crise de refugiados desde a II Guerra. O avanço de grupos extremistas armados, como o Estado Islâmico e o Boko Haram, que perseguem minorias praticando sequestros, tortura e execuções, aumenta o fluxo de pessoas que buscam segurança.

Mais de 95% das pessoas não conseguiram chegar à Europa e estão concentradas em apenas cinco países próximos à Síria – Líbano, Turquia, Jordânia, Iraque e Egito. Apenas no Líbano são cerca de 1,2 milhão de refugiados sírios, o que equivale a cerca de uma em cada cinco pessoas no país.

A Alemanha prometeu mais de 35mil lugares para os refugiados sírios por meio de seu programa de admissão humanitária e patrocínio individual. Mas para chegar até lá, os refugiados precisam passar por países bem menos receptivos, pois as fronteiras da Europa continuam, em sua maioria, fechadas.

Em meados de setembro, a Hungria fechou sua fronteira, deixando mais de mil pessoas, incluindo muitas famílias que fugiram do conflito na Síria, Afeganistão e Iraque, presas em condições degradantes em uma estrada na Sérvia. Essas pessoas têm recebido penas ajuda de voluntários, com acesso restrito a comida, banheiro e água potável.

Milhares de pessoas ainda precisam ser realocadas, e outras precisam sair de seu país de origem para sobreviver. Enquanto isso, na Europa, grupos conservadores se fortalecem com o medo de ameaças terroristas, e usam este argumento como pretexto para alimentar a intolerância e não receber os refugiados.

Mas ainda há esperança. Ao redor do mundo temos visto pessoas que se posicionam em defesa dos refugiados e mostram estarem dispostas a receber bem as famílias que precisam de ajuda. Os líderes europeus devem oferecer passagens seguras para a Europa e prover acolhimento de emergência para quem chega. Todos os países que integram a União Europeia precisam honrar a Convenção da ONU sobre Refugiados que assinaram e compartilhar a responsabilidade de receber as famílias.

Nessa história, o Brasil tem tido uma postura receptiva na acolhida a sírios, estando entre os 10 países que mais concedem refúgio no mundo. Mas ainda podemos fazer mais. Mesmo no Brasil é possível mostrar solidariedade e cobrar as autoridades por mudanças e respostas efetivas a esta crise global.

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[toggle title=”Mais um talento na Maré”]

Mais um morador da Maré aproveita a internet para divulgar seu talento. E o melhor: vem fazendo sucesso. Desta vez é a Andressa Muniz, da Nova Holanda, que com apenas 18 anos de idade criou seu próprio canal no Youtube, chamado “Andressa Makeup”. Em seis meses, ela cativou mais de 1.400 seguidores interessados em suas dicas sobre o universo feminino.

“Sempre tive vontade de gravar vídeos. Gravei vários, mas apagava com medo de como as pessoas iam reagir, se iam gostar ou não. Comecei vendo os vídeos da Bia (Bianca, do Boca Rosa – ver ed. 34), que tem mais de um milhão de seguidores no Youtube. Nossaaaaaa, ela me inspira demais. Amo os vídeos dela e de outras também. Então, fui criando coragem”, conta ela.

Estudante do pré-vestibular da Redes da Maré, Andressa está prestes a lançar também um blog, que se chamará “Doce segredo”. “Tenho orgulho de falar que moro aqui porque é de pequenos lugares que saem grandes talentos”, afirma a moça. Parabéns! Os vídeos são mesmo super legais. Acompanhe: Vanessa makeup17, nome do canal no Youtube e da página no Facebook.

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[toggle title=”Procurando emprego ou curso?”]

Anote na agenda: dias 15 de outubro, em Marcílio Dias (Av. Treze de Maio, 1, próximo à Igreja Nossa Senhora Aparecida), e em 11 de novembro, na Nova Holanda (Rua Teixeira Ribeiro, 900, em frente a Cedae), acontecem mais duas edições da Feira de Empregabilidade,  promovida pela Luta pela Paz.

O evento traz empresas para dentro da Maré, com o objetivo de facilitar o acesso dos moradores ao mercado de trabalho formal. São oferecidas vagas de emprego, estágio e jovem aprendiz. Moradores com idades entre 14 e 50 anos devem levar carteira de identidade, CPF e carteira de trabalho. No ano passado, a feira teve cinco edições e encaminhou 767 pessoas para as oportunidades oferecidas pelas empresas. O evento acontece de 10h às 16h.

A Luta pela Paz também oferece cursos, realizados em parceria. O projeto Conexão, por exemplo, promove o curso Conexão Varejo Alimentar, com duração de quatro dias, dirigido a pessoas acima de 18 anos de idade. Os formandos serão encaminhadas para trabalhar principalmente em supermercados, nos setores de panificação, açougue, laticínios e peixaria. O curso acolhe um público diversificado, especialmente a população LGBT, idosos e mulheres negras. Estão previstas três turmas ainda este ano, duas na Nova Holanda, de 28 de setembro a 1º de outubro e de 16 a 19 de novembro; e uma em Marcílio Dias, de 19 a 22 de outubro.

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