Prefeito do Rio visita Maré para diálogo com lideranças

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A reunião aconteceu no Espaço Normal onde debateram as demandas do bairro cobrando a atuação da prefeitura

Pensar em como vamos deixar o mundo para as próximas gerações é papel de todos como cidadãos. Aqui no Conjunto de Favelas da Maré, desde 2009, os presidentes das 16 associações de moradores se reúnem no fórum A Maré que Queremos para debate de demandas e urgências coletivas do território. Na manhã do último sábado, 9 de setembro, os representantes das 16 favelas entregaram um documento que reúne as necessidades do bairro, em uma reunião com o prefeito Eduardo Paes. O encontro aconteceu no Espaço Normal, equipamento da Redes da Maré.

Entre os principais pedidos levados ao prefeito, a atenção com a coleta seletiva de lixo e criação de ecopontos se destaca. Embora hoje o lixo seja recolhido todos os dias, a atuação não atende a necessidade da Maré. Os Ecopontos são locais estratégicos para a população destinar materiais recicláveis, lixo doméstico e entulhos de pequena proporção em caçambas separadas por cada tipo de material.

Outro ponto levantado foi a necessidade de manutenção das praças e brinquedos dos locais coletivos. Alguns exemplos foram destacados, como a “Praça do Dezoito” na Baixa do Sapateiro, e o campo de futebol de Nova Maré. Parques, espaços de lazer e prática esportiva integram o direito à moradia como explica a cartilha elaborada pelo eixo Direitos Urbanos e Socioambientais (DUSA), da Redes da Maré.

Trabalho diário

O presidente da associação de moradores do Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Felipe Dias conta que foi um reunião proveitosa. “vamos ver se a partir de hoje as coisas vão melhorar porque está escasso o serviço público ma Maré”. Afirma.

Isac Nunes presidente da associação de moradores do Morro do Timbau gostou de participar da reunião e contou que se sentiu ouvido até como morador. “Foi construtiva, eu particularmente falei do meu caso como morador e como presidente da associação referente ao lixo e a coleta, ele [o prefeito] falou que vai ver isso aí, vamos ver como é que fica” diz.

Eduardo Paes concorda que os serviços solicitados são de manutenção e conservação e elogia o trabalho das lideranças comunitárias. “Eu acho que é um pouco do trabalho do dia a dia […] a gente vai fortalecer esse papel aqui na Maré é importante a cobrança dos presidentes das associações de moradores e da Redes da Maré.” e que o trabalho “já é para estar acontecendo, já dei os devidos esporros”, brinca.

Pautas populares

Em 2012, o coletivo A Maré que Queremos entregou para Eduardo Paes um outro documento que sistematizava os resultados das discussões da Redes com os dirigentes das associações que, naquele momento, já se reuniam há quase um ano para discutir uma proposta conjunta de um projeto estrutural para a região.

A demanda da época era a ampliação do número de escolas da Maré. Até 2018, foram construídas mais 25 escolas que atendem o conjunto de favelas. É importante destacar que desta vez a conservação foi a mais demandada pelo novo documento.

A coordenadora do Fórum a Maré que Queremos, Shirley Rosendo conta que o fórum existente desde 2009, serve para pautar o poder público e a vinda do prefeito é importante. “É a possibilidade dele articular os serviços da prefeitura para atender as demandas da Maré”.

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