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Carnaval consciente: dicas para uma diversão responsável

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Redução de danos, fantasias com materiais recicláveis e respeito a grupos étnicos, religiosos e comunidade LGBTQIAPN+ estão entre as principais dicas

Tanto para os foliões, quanto para os trabalhadores que ampliam sua renda na época, o Carnaval é o evento mais esperado do ano. Pensando nos foliões que gostam de se fantasiar, cair nos bloquinhos de Carnaval da Maré ou da cidade sem pensar no amanhã a equipe do Maré de Notícias veio te lembrar que: ele existe. 

Por isso, reunimos dicas do que você deveria ou não deveria fazer durante os dias de folia. Para não se prejudicar, não prejudicar o outro e nem o meio ambiente. 

Se tu pensa que cachaça é água…

… cachaça não é água não! Por isso que alertamos sobre a importância da redução de danos durante o Carnaval. Se liga em como não vacilar no Carnaval:

Xô ISTs!

Neurótico não, atento sim! 

Carnaval e meio ambiente 

Devemos considerar o impacto ambiental dos materiais utilizados nas nossas fantasias de Carnaval. Muitas delas são cheias de glitters (microplásticos) que poluem os mares, materiais sintéticos, não recicláveis e com uma durabilidade grande de decomposição na natureza. 

Se for necessário pintar ou colorir a fantasia, opte por tintas à base de água e corantes naturais, em vez de produtos químicos tóxicos.

Fantasias sim, estereótipos não

Podemos curtir o Carnaval nos respeitando, e respeitando o próximo. Por isso, é essencial  ter em mente a importância de não reforçar estereótipos que são ofensivos ou perpetuar preconceitos de raça, religião, gênero e sexualidade que são mais afetados nesta época. 

Não pinte o rosto para representar uma pessoa negra, não use uma peruca que imita o cabelo crespo como fantasia. Isso é altamente ofensivo e racista. No entanto, precisamos compreender o racismo, sobretudo, como um sistema de poder e opressão. Apesar de ser tema para um outro texto, é importante reforçar e por isso quando falamos sobre esse tópico estamos falando diretamente das fantasias que ferem as pessoas negras.

Não use fantasias que façam piadas ou caricaturas de pessoas com deficiências. Isso é ofensivo, capacitista e reforça estereótipos sobre essas pessoas.

Não use fantasias que reforcem estereótipos negativos em relação à orientação sexual de alguém. Recado principalmente aos homens héteros quando decidem se vestir de travestis, gays e “brincam” de se apaixonar por outros homens héteros durante a folia. Performar as DragQueens está mais que liberado, afinal a comunidade LGBTQIAPN+ dá seu nome nessa época, uma coisa não tem nada a ver com a outra. 

Não use fantasias que representam grupos étnicos de maneira estereotipada. No Carnaval, os foliões costumam mirar na “fantasia de índio” e acertar no preconceito e ignorância. Indígenas são diversos, com pluralidade de culturas, línguas e tradições. Reduzi-los a um cocar de penas sintéticas, dois riscos em cada lado do rosto e ainda referenciá-los como “índios” demonstra desconhecimento aos povos originários e desrespeito às suas diversidades.

Evite usar símbolos religiosos de maneira desrespeitosa ou fora de contexto, pois isso pode ser ofensivo para fiéis das determinadas religiões.

Bora curtir a folia sem ofender ninguém? É possível, respeitoso e também é divertido.

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