Refugiado angolano vive sua arte na Maré

O caldeirão de culturas mareense também é angolano: conheça Nzaje Vieira Dias, o Nizaj, que vive na favela Salsa e Merengue.

Quando ele tinha apenas dois anos, a família do artista decidiu deixar a Angola por causa da guerra civil  que acontecia  no país.

A disputa, iniciada depois de o país declarar sua independência, durou 27 anos. Para a família de Nizaj, imigrar não foi exatamente uma opção, eles se refugiaram no Brasil.

Eu me sinto adotado pela Maré. Tudo o que sei de Angola, aprendi dentro de casa. Hoje, compartilho o meu conhecimento aqui. Nizaj Dias

Nizaj é conhecido por todos os angolanos da favela pelas músicas que compõe.

Se hoje em dia /, sou correria / é por ser cria do Salsa e Merengue

Salsa e Merengue  é uma favela vizinha à Vila do Pinheiro e à Vila do João, territórios que reúnem o maior número de angolanos na Maré.

O Censo Populacional da Maré (2019) registra 278 imigrantes estrangeiros, mas circula no território a informação de que esse número seria bem maior.

Nizaj aprendeu o sotaque de Angola em casa; o carioca, pela cidade. São 22 anos de Brasil e de Maré.

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