Por Redação, em 16/10/2021 às 17h30
O projeto Teatro das Oprimidas promove de 18 a 21 de outubro a Maratona Cultural do Piscinão,
realizada em Ramos no conjunto de favelas da Maré. A maratona conta com uma série de atividades
culturais gratuitas em parceria com o Centro Municipal de Saúde Américo Veloso, com o patrocínio
da Petrobras através da Lei de Incentivo à Cultura do RJ. A programação começa sempre às 14h na
sede do CMS Américo Veloso e participam grupos teatrais diversos ligados ao Centro de Teatro do
Oprimido. A maratona aborda a temática LGBTQIA+, migrações, questões raciais e de gênero. Todas
as atividades são gratuitas e respeitam as normas de segurança da OMS contra a COVID-19.
As atividades iniciam no dia 18 de outubro com os coletivos teatrais MaréMoTO e Pantera, da Maré.
A exposição de Matheus Affonso e Kamila Camillo, Toda Forma de Amar, que retrata 16 casais LGBT
que vivem na Maré, abre a maratona cultural que conta com vídeos performances de artistas negros
LGBT de favelas e finaliza com a performance “Eu Existo!” do MaréMoTO. A performance é resultado
de uma investigação teatral que retrata as diversas opressões psicológicas que corpos favelados,
pretos e LGBTQIA+, sofrem; mas, também, reivindicam o direito de ser quem são.
No dia 19 de outubro o grupo Cor do Brasil apresenta a performance Suspeito, que aborda as
diferentes formas de genocídio da população negra no Brasil. Uma oficina de sensibilização em
Teatro do Oprimido é oferecida para o público em geral, as inscrições devem ser realizadas até 1 hora
antes da oficina com possibilidade de lotação. A programação conta ainda com performance e um
bate-papo sobre migrações com o Coletivo Magdas Migram, composto por mulheres migrantes de
diferentes países do Sul Global que moram no Rio de Janeiro.
Os grupos Ponto Chic, Marias do Brasil e Pirei na Cenna segue com a Maratona Cultural do Piscinão,
no dia 20 de outubro, com vídeos-performances criados no laboratório CriaDasOprimidas,
performance artística e a peça de Teatro-Fórum “Doidinho para Trabalhar, Pirei na Cenna”, que
retrata os desafios que usuários de saúde mental enfrentam no mercado de trabalho.
No dia 21 a ação é finalizada com uma contação de história no Zoom sobre a história do CTO e o Outubro Rosa.
O evento segue respeitando as normas de segurança da OMS contra COVID-19, com limite de 30 pessoas por sessão com uso de máscara e álcool em gel constantemente. As ações acontecem por meio do projeto Teatro das Oprimidas do CTO com o patrocínio da Petrobras e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
PROGRAMAÇÃO – MARATONA CULTURAL PISCINÃO
Data: 18 de outubro
14h Exposição:
Toda Forma de Amar, de Matheus Affonso e Kamila Camillo
14h20 Vídeos-performances:
Larissa Lima (dança contemporânea)
Os Ventos da Orixá, Caju Bezerra (contação de história)
Deixa a Gira Girar, House of Cazul (vogue)
Eu Existo, MaréMoTO
15h Roda de conversa:
Arte LGBTQIA+
15h40 Performance:
Eu Existo, MaréMoTO
15h50 Atividade estética:
Como você existe? (fotografia)
Data: 19 de outubro
14h Performance:
Suspeito, Cor do Brasil
14h15 Oficina:
Sensibilização em Teatro do Oprimido
15h45 Vídeo:
Magdas Migram entrevistam Bárbara Santos
16h Bate papo:
Teatro das Oprimidas: migrações
16h40 Performance:
Nosostra, Teatro das Oprimidas
Data: 20 de outubro
14h Performance:
Se a Favela é Suspeita o Estado é Culpado, Ponto Chic
14h10 Performance:
Vida de Escravidão, Marias do Brasil
14h20 Vídeo-performance:
Vozes da Favela, CriaDasOprimidas
Julho Negra, CriaDasOprimidas
15h Peça teatral:
Doidinho para Trabalhar, Pirei na Cenna
Data: 21 de outubro
15h Contação de história via Zoom:
A trajetória do CTO
15h Contação de história via Zoom:
Outubro Rosa
Maratona Cultural do Piscinão
Quando: 18 a 21 de outubro
Local: CMS Posto Américo Veloso
Endereço: Rua Gerson Ferreira, 100 – Ramos, Rio de Janeiro – Piscinão
Link contação de história:
https://us02web.zoom.us/j/89666077691?pwd=ZTI3ZlErYTIvNXFUaHQxVFFLZEtXUT09
SOBRE O CENTRO DE TEATRO DO OPRIMIDO – CTO
Centro de pesquisa e difusão, que desenvolve a metodologia do Teatro do Oprimido em Laboratórios, Seminários de Dramaturgia, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. O CTO foi dirigido por Augusto Boal ao longo de seus últimos 23 anos de vida, e hoje sua equipe dá prosseguimento ao trabalho.
SOBRE O PROJETO TEATRO DAS OPRIMIDAS
O projeto Teatro das Oprimidas tem como objetivo geral fortalecer os Grupos Teatrais Populares de
TO (Teatro do Oprimido e Teatro das Oprimidas), ampliando seus raios de atuação para além das
cidades do Rio e Niterói e chegando em Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé, Maricá, Nova Iguaçu e São
Gonçalo, realizando oficinas de TO para estimular multiplicadoras/res e cenas que mobilizem
alternativas transformadoras para a juventude, em espaços populares e institucionais, com a
metodologia da Estética, do Teatro do Oprimido e do Teatro das Oprimidas.