Para celebrar o abril indígena, contrariando a narrativa de que o país foi “descoberto”,Kaê Guajajara, pessoa indígena lança seu novo álbum“
Lucas Feitoza
O mês de abril tem três datas comemorativas próximas e com ligação histórica. O dia dos povos indígenas foi comemorado no dia 19. Em seguida, o dia 21 marca o dia de Tiradentes. Já no dia 22 de abril, o “Descobrimento do Brasil” fez referência à chegada dos portugueses no Brasil em 1.500. Esta construção da história é criticada pelos povos indígenas que já habitavam as terras brasileiras, ou seja, são os povos originários.
Como forma de celebrar o abril indígena, contrariando a narrativa de que o país foi “descoberto” no século XVI, a rapper indígena Kaê Guajajara, de 29 anos, pessoa indígena nascida em Mirinzal no Maranhão, e cria da Vila do Pinheiro no Conjunto de Favelas da Maré, lançou o seu novo álbum “Zahytata”. O nome da produção vem do zeeg’ete, língua falada pela comunidade Guajajara e significa estrela. “Sou uma estrela em movimento”, diz a música que tem o mesmo título do álbum.
Unindo o idioma e a cultura indígena, com o rapper e as referências da favela, Kaê explica que quis lançar o seu álbum que faz parte da música popular originária (MPO) no abril indígena, para que as pessoas que dizem que o Brasil foi descoberto em 1500 “se choquem ao ver povos indígenas cantando seu bem viver e suas vivências”. explica.
O álbum conta com treze faixas cantadas em zeeg’ete, português, espanhol e inglês e foi lançado pelo selo, Azuhuru fundado por Kaê Guajajara, que potencializa artistas indígenas e juntos criam contra narrativas, contando suas próprias histórias. O álbum está disponível nas principais plataformas de música. Para saber mais sobre Kaê Guajajara acompanhe o Instagram: @kaekaekae .
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