Além do bronzeado natural, novas técnicas são utilizadas para ter a marquinha perfeita
Por Andrezza Paulo
A marquinha do bronze é a sensação do momento na Maré. A pele dourada e o “efeito neon” atraem o público em todas as estações e a busca pelo corpo bronzeado cresceu nos últimos anos. Além do tradicional bronzeado natural, exposto ao sol, o bronze ganhou novos horizontes como o biquíni de fita para ter a marquinha perfeita, o bronze a jato e o bronze de maquiagem (make bronze).
Aline Garcia (33), personal bronze e proprietária do AeG Bronze, no Parque União, conta que levou dois anos se especializando para abrir o espaço. “Sou muito ligada à saúde das minhas clientes e priorizo um bronze saudável, me preocupo com a alimentação delas, com a pele e só trabalho com produtos liberados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, diz a personal.
Para realizar o bronzeamento natural, o espaço segue algumas diretrizes como não ter consumido bebida alcoólica por pelo menos 14 horas, ter se alimentado antes da exposição ao sol e só atender pessoas com melasma diante de laudo médico e da liberação do dermatologista. “Ver a felicidade da cliente com a marquinha tão desejada é incrível, mas leva tempo e requer cuidados. É um processo gradual. Elas chegam querendo efeito neon, mas para isso, precisamos de três sessões, uma por semana. Não pode prejudicar a pele”, conta Aline. O “efeito neon” é o mais pedido entre as clientes e se trata do mais alto contraste entre a pele bronzeada e a marquinha, se destacando inclusive à noite e em ambientes com baixa iluminação.
Pele dourada: novas técnicas antigos cuidados
O biquíni de fita é feito com fita isolante auto adesiva para destacar o bronzeado com mais precisão e utiliza produtos como a parafina para acelerar a produção de melanina ao expor o corpo ao sol. Embora receba o nome de bronzeamento natural ou de laje, é preciso ter cautela com o tempo de exposição e com o produto utilizado. Verifique sempre o rótulo e veja se é autorizado pela ANVISA.
A make bronze é realizada por meio de um creme com dihidroxiacetona (DHA), que pigmenta a pele. É através de uma esponja que o creme é distribuído por todo o corpo ou diretamente na marquinha do biquíni e tem duração de 24 horas. Geralmente a make bronze é utilizada em ocasiões específicas como eventos ou apresentações.
O bronzeamento a jato acontece através de um aparelho, o pulverizador. É passado de maneira uniforme em todo o corpo e tem duração de 7 a 10 dias. A personal bronze indica esse procedimento para gestantes, pessoas com melasma ou outras limitações dermatológicas. O bronzeamento a jato e a make bronze são indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Aline reforça que “bronzeamento precisa de cuidados antes e depois da exposição ao sol e que a saúde deve estar em primeiro lugar”, finaliza.
Contraindicações
De acordo com a ANVISA, é preciso utilizar protetor solar no mínimo 30 minutos antes de sair no sol e evitar exposição entre as 10h da manhã e 16h, pela alta intensidade dos raios ultravioleta A (UVA) e B (UVB). Os raios UVA não provocam queimaduras como os UVB, mas estão associados ao envelhecimento e são emitidos desde o início da manhã até o fim da tarde. Por isso indica-se proteção solar, além de óculos escuros e chapéu até em dias nublados.
O Instituto de Cosmetologia, de Campinas (SP), divulgou em janeiro deste ano, que 71% da população não usa filtro solar diariamente. 55% também desconhece a quantidade a ser usada na pele contra os nocivos raios UVA e UVB.
Além dos cuidados na exposição externa, a Agência de Vigilância Sanitária proibiu em 2009, as câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos. O Brasil é o primeiro a adotar a proibição e tem o aval da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O Bronzeamento artificial pode causar câncer de pele, queimaduras, desidratação, envelhecimento cutâneo e até problemas de visão.
O espaço AeG Bronze fica na Rua Portinari, número 9, no Parque União e funciona das 8h às 21h.