Atendimento para microempreendedores através do Sebrae retorna na Maré

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Serviço volta para o presencial e permanece na região até novembro

Por Samara Oliveira, em 16/06/2022 às 07h.

Os microempreendedores do Conjunto de Favelas da Maré voltam a contar com o atendimento do Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, nas localidades Nova Holanda e Vila dos Pinheiros. O atendimento, que acontece desde 2014 nas regiões retoma de forma presencial.

Na Nova Holanda, o atendimento acontece toda 1ª e 3ª segunda-feira do mês no prédio central da Redes da Maré, localizado na Rua Sargento Silva Nunes, nº1012. Já na Vila dos Pinheiros, a empresa fornece o serviço toda 2ª e 4ª segunda-feira do mês no CIEP Ministro Gustavo Capanema, localizado na Via A1, s/n.   

A consultora Carol Valente, de 37 anos, que realiza os atendimentos aos mareenses explica a importância da prestação de serviços. “O objetivo principal da gente na comunidade é orientar para quem quer abrir seu próprio negócio e o que ela precisa fazer, também (orientamos) sobre linhas de crédito que está disponível e consultoria sobre finanças e marketing digital que é a nossa principal demanda, além de todos serviços que o Sebrae oferece”.

O atendimento permanece até novembro e além das funções destacadas pela consultora, a empresa também vai fornecer aos moradores orientações técnicas sobre gestão, emissão do boleto de pagamento mensal (DAS), orientações para cadastro e emissão de nota fiscal, declaração anual e calendário mensal de capacitações.

Criadora da microempresa “Patrici’artes & Festas”, Patrícia Silva, de 46 anos, que tenta realizar o sonho de viver do seu próprio negócio ressalta. “Fui atendida logo no início que eles vieram para cá. Acho de extrema importância o trabalho que eles fazem aqui na Maré, sempre indico”.

Impacto da pandemia

A pandemia tem causado grandes prejuízos aos microempreendedores. É o que revela a 10ª edição da pesquisa “O Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o estudo, de cada 100 microempreendedores individuais (MEI) no Brasil, 82 revelaram que tiveram perda de faturamento. A pesquisa realizada em abril de 2020, revela ainda que a categoria de empreendedores foi a mais prejudicada com a pandemia do coronavírus. 

Atualmente, complementando sua renda apenas com a produção de doces goumert, Patrícia fala sobre os desafios de empreender. “Pra mim (o desafio) é não ter como investir financeiramente. O artes do nome indica arte gráfica, digital e artesanal. Era tudo num só  lugar. Eu poderia atender várias demandas do cliente e sonho em voltar a fazer isso”, afirma.

Ainda de acordo com a pesquisa, 58,9% dos micro negócios interromperam o funcionamento temporariamente durante a pandemia, enquanto 31% mudou o funcionamento passando a atender online, em horário reduzido, realizando rodízio de funcionários ou usando a metodologia de drive thru. Além disso, 30% dos microempreendedores tentaram conseguir empréstimo no início da crise sanitária e apenas 11,3% conseguiram.

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