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Secretaria de Ciência e Tecnologia prorroga inscrições para curso gratuito de Python

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Por Redação, em 28/09/2021 às 09h40

A Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT) prorrogou para até a próxima quinta-feira (30/09) as inscrições para o curso gratuito online de tecnologia: Conceitos Essenciais de Programação em Python. As aulas começaram dia (24/09), mas como o curso é autoinstrucional, os alunos podem administrar a rotina de estudo para concluir as 75 horas de carga horária do módulo até o dia (30/11).

A iniciativa é resultado de uma parceria da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia (SMCT) com a Cisco Networking Academy. Python é uma linguagem de programação versátil que roda em diferentes plataformas e atualmente é uma das tecnologias de alto nível mais populares do mundo, principalmente entre cientistas e analistas de dados.

Não é necessário conhecimento prévio de programação para participar. No final do curso os alunos recebem seu certificado de conclusão. Os interessados podem se inscrever neste link: Conceitos Essenciais de Programação em Python.

‘Aulão virtual’: Governo do Rio faz intensivo do Enem para alunos concluintes do Ensino Médio

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Preparatória abordará assuntos mais presentes nas últimas edições do Exame

Por Redação, em 28/09/2021 ás 09h36

A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) promove nesta quarta-feira, dia 29 (amanhã), às 15h, o primeiro Aulão Virtual com os assuntos mais abordados nas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na proposta, que acontecerá em caráter piloto, serão ministradas aulas de Língua Portuguesa e Geografia, direcionadas, especialmente, para os alunos concluintes da Educação Básica.

”Investir em tecnologia é um dos pilares da Educação para qualificar ainda mais o ensino fluminense. Nossos profissionais se reinventaram durante a pandemia, e o Aulão Virtual é mais uma forma de alcançar os nossos jovens, com um ensino remoto de excelência”’, comentou o governador Cláudio Castro.

As aulas de cada componente curricular terão duração de 20 minutos e serão transmitidas pelo aplicativo Applique-se, utilizado pelos estudantes da rede estadual, e também pelo canal SeeducRJ no YouTube.

”A pandemia da Covid-19 produziu um impacto direto na educação brasileira. Para minimizar os danos causados pela doença, a Seeduc está disponibilizando meios para construir oportunidades para que nossos alunos tenham um melhor aproveitamento na participação do Enem/2021”, afirma o secretário estadual de Educação, Alexandre Valle.

O professor Mario de Andrade, do Colégio Estadual Ana Neri, em Mesquita, fará a apresentação do “Aulão Virtual”. Para ministrar a aula de Língua Portuguesa e dar dicas de redação, foi convidada a professora Ramila Melo Botelho Granja, do Ciep 117 – Carlos Drummond de Andrade (Intercultural Brasil-Estados Unidos), em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense. Já o docente Anderson Pinheiro, do Colégio Estadual Professora Maria de Nazareth Cavalcanti Silva, em Cascadura, Zona Norte da capital, tratará de questões de Geografia.

Pesquisa inédita revela impacto da pandemia entre os moradores de favelas da cidade do Rio de Janeiro: a população negra é a maior vítima

Relatório aponta que 83% dos moradores entrevistados ouviram tiros durante a pandemia; 69% presenciaram ou souberam de operações policiais na favela durante este período; a falta de água fez parte da rotina de 37% desta população durante a pandemia; e apenas 26% possuem emprego com carteira assinada

Por Redação, em 27/09/2021 às 9h

Nesta segunda, o coletivo Movimentos – organização de jovens de diferentes favelas do Rio de Janeiro dedicada a construir uma nova política de drogas a partir de uma perspectiva periférica – lança Coronavírus nas favelas: a desigualdade e o racismo sem máscaras, pesquisa inédita sobre os impactos da pandemia da Covid-19 em três grandes favelas da cidade do Rio de Janeiro: Complexo do Alemão, Complexo da Maré e Cidade de Deus. 

O estudo realizado pelos membros do coletivo, com apoio do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), demonstra como a população destas favelas tem sido afetada pela pandemia. Para entender melhor este impacto, os pesquisadores elaboraram um questionário fechado com perguntas organizadas por eixos temáticos: 1) Perfil socioeconômico; 2) Covid-19 e acesso à saúde; 3) Impactos da pandemia na saúde mental; 4) Uso de drogas durante a pandemia e 5) Violência. 

Com intuito de revelar a realidade das favelas por quem as vive, “a pesquisa mostra que as vítimas da Covid-19 são, majoritariamente, pessoas pretas, pobres e periféricas”, afirma Aristênio Gomes, coordenador do Movimentos e morador do Complexo da Maré. 

Atualmente,  o agravamento do descaso histórico ordenado pelo Estado é acentuado a partir da postura negacionista do governo federal. Segundo o coletivo Movimentos, as declarações públicas reducionistas do presidente da República em relação à gravidade do vírus, o desestímulo às medidas preventivas, a falta de coordenação da crise e o atraso das vacinas constituem um verdadeiro genocídio nas favelas.

Em 2020, como aponta o relatório, o governo federal deixou de gastar mais de R$ 80 bilhões do orçamento destinado ao combate à pandemia, permitindo, assim, que a situação escalasse para os mais de 200 mil mortos pelo vírus em 2020, com taxas recorde de desemprego (13 milhões de pessoas).

“Além de construir uma potente rede solidária para suprir a ausência do Estado, os jovens das favelas discutem impactos da política de drogas em seu cotidiano, e produzem dados para que a sociedade conheça a realidade que vivemos sob a perspectiva de quem nasce, cresce e mora nesses lugares, que são alvo de várias violências do poder público”, comenta Ricardo Fernandes, coordenador do Movimentos e morador de Cidade de Deus. 

Violência

A pesquisa aponta que a política de drogas atual é a justificativa para o Estado invadir cotidiana e violentamente as favelas, violando os direitos humanos, fazendo vítimas e cerceando o direito de ir e vir. Dá-se, assim, a materialização da guerra às drogas. 

“Existe, já há muito tempo, um genocídio em curso contra a população favelada no Brasil. Mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF) proibindo operações policiais em favela durante a pandemia, vimos o que aconteceu em Jacarezinho: um verdadeiro massacre ao povo preto e pobre”, relata MC Martina, coordenadora do coletivo e moradora do Complexo do Alemão. Nesta colocação, MC Martina lembra da decisão liminar do ministro Edson Fachin, do STF, de junho de 2020, que autorizava a realização de operações policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia somente em hipóteses absolutamente excepcionais, com justificativas, e comunicação ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Tal decisão foi descumprida pelo governo fluminense. 

O estudo denuncia o racismo como principal motor dessa guerra, uma vez que a maioria da população moradora das favelas é negra, assim como a maioria dos mortos pelas operações policiais realizadas nestes endereços. O termo genocídio é, novamente, cunhado pelo Movimentos, sendo operado, dessa vez, por um Estado fortemente armado contra uma população desarmada e vulnerável. 

Metodologia da pesquisa

A pesquisa foi realizada por integrantes do coletivo Movimentos, entre os meses de  setembro e outubro de 2020, usando o método quantitativo de coleta e análise de dados dos moradores das favelas do Complexo do Alemão, do Complexo da Maré e da Cidade de Deus. Vale ressaltar que outras favelas também participaram da pesquisa, mas por se tratarem de localidades dispersas pela cidade do Rio de Janeiro, foram categorizadas como “Outras”.

As questões foram organizadas em 5 eixos temáticos: Perfil socioeconômico; Covid-19 e acesso à saúde; impactos da pandemia na saúde mental; uso de drogas durante a pandemia; violência. Com um total de 55 perguntas, a ferramenta utilizada para coleta de dados foi o Google Forms, disponibilizada por aplicativo para celular.

A proporcionalidade dos questionários por favela usou como base dados divulgados pelo IBGE (2010). Sendo assim, o Complexo da Maré contemplava 129.000 habitantes (totalizando 55,1%, necessitando a aplicação mínima de 275 de 500 questionários), o Complexo do Alemão possuía 69.148 habitantes (29,4%, com aplicação mínima de 148 de 500 questionários), e Cidade de Deus contava 38 mil habitantes (15,5%, aplicação mínima de 100 de 500 questionários). Diante disso, foram aplicados 342 questionários na Cidade de Deus, 305 no Complexo da Maré, 165 no Complexo do Alemão e 143 de outras favelas, totalizando os 955 participantes do estudo apresentado

Semana começa com vacinação contra o coronavírus de todas as pessoas com 12 anos ou mais

Por Redação, em 27/07/2021 ás 08h50

A vacinação contra a Covid-19, nesta segunda-feira (27/09), será destinada a todas as pessoas com 12 anos ou mais e à dose de reforço para idosos com 83 anos ou mais, pessoas com alto grau de imunossupressão com 40 anos ou mais e pessoas com 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose, na cidade do Rio, até o dia 28 de fevereiro.

As unidades seguem aplicando a segunda dose, conforme a data estipulada no comprovante da primeira. O intervalo mínimo entre a aplicação da segunda dose ou dose única e a dose de reforço é de três meses para idosos e 28 dias para pessoas com alto grau de imunossupressão.

Quem vai receber a vacina deve apresentar identificação original com foto, número do CPF e, se possível, a caderneta de vacinação. Para a segunda dose, é importante levar também o comprovante da primeira aplicação.

Pessoas com alto grau de imunossupressão devem apresentar comprovante de vacinação, documento de identificação e laudo médico digital do Cremerj com data inferior aos últimos 60 dias.

Encontre a unidade mais próxima aqui.

Para mais informações, acesse coronavirus.rio/vacina.

Gerando Falcões abre processo seletivo para formação gratuita de líderes sociais do Rio de Janeiro

Por Redação, em 27/09/2021 às 8h30

Lideranças sociais do Rio de Janeiro podem se inscrever, até o dia 8 de outubro, no processo seletivo no curso oferecido pela Falcons Univesrity, braço educacional da Gerando Falcões. A formação híbrida, que tem duração de 6 meses, é gratuita. 

O curso, criado para líderes que desejam expandir e melhorar a estrutura de suas ONGs, direciona os alunos em temas como liderança, gestão, captação, inovação, recursos humanos, uso de dados, finanças, além do desenvolvimento das habilidades socioemocionais. 

Para participar, o interessado deve ter mais de 20 anos e apresentar um projeto ou ação social. Uma equipe técnica da Gerando Falcões avaliará a proposta, que precisa estar alinhada às necessidades de determinada comunidade ou público diretamente beneficiados. Além disso, é necessário apresentar também uma proposta eficiente para lidar com algum aspecto dos graves problemas sociais no Brasil, sendo fundamental tanto para coletivos e pilotos quanto para instituições já consolidadas. 

“Nós focamos no treinamento de lideranças de favelas e em ferramentas de desenvolvimento técnico e emocional para construir o maior ecossistema social de combate à pobreza do Brasil”, afirma Lemaestro, co-fundador e Diretor de Educação da Gerando Falcões. 

Os líderes que apresentarem maior aproveitamento das metas previamente definidas durante o curso e um projeto robusto de rompimento do ciclo de pobreza na região que atuam podem se tornar acelerados, recebendo aporte financeiro e acompanhamento de forma contínua durante 3 anos e meio para que possam absorver ainda mais conhecimento nas diversas áreas que envolvem o empreendedorismo social. As inscrições para o processo seletivo nacional são gratuitas e devem ser feitas pelo site https://gerandofalcoes.com/falcons-university/.

Processo contra PM que matou Ágatha Félix está parado há um ano

Morte de criança de 8 anos atingida por tiro de fuzil completou dois anos; audiências e julgamento contra o policial Rodrigo Soares ainda não foram marcados

Por Jeniffer Mendonça, em Ponte Jornalismo

“Esse mês realmente é bem delicado para mim”, lamentou Vanessa Sales Félix quando entrei em contato para saber como estava e se gostaria de falar comigo. A negativa é compreensível. Há dois anos, ela voltava de um passeio com a filha Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, quando um disparo de fuzil da Polícia Militar atingiu as costas da criança, tirando sua vida, durante uma operação policial no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Mais um 20 de setembro que a família luta por justiça.

A criança e o avô estavam dentro de uma Kombi que passava pelo entroncamento da Rua Antônio Austregésilo com a Rua Nossa Senhora da Glória, na comunidade da Fazendinha, que integra o complexo, quando o PM Rodrigo José de Matos Soares, lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do local, que é vinculada ao 16º Batalhão de Polícia Militar, atirou duas vezes. A alegação dele era de que um homem armado em uma moto teria atirado e ele revidou. A versão, para a Polícia Civil na época, era mentira.

“O que apuramos foi que a hora que a moto passou, numa certa velocidade, o policial que estava ali se sentiu em risco, alegou que a pessoa estava armada e atirou. Ele afirmou que houve um disparo e que ele reagiu, mas ficou provado que a pessoa não deu tiros e não estava armada”, explicou o delegado-adjunto Marcus Drunker à Ponte em novembro de 2019.

No mês seguinte, a Promotoria, através do hoje extinto Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público Estadual, denunciou o policial militar por homicídio qualificado por motivo torpe (desprezível) e que dificultou a defesa da vítima e por erro na execução (quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa – segundo o artigo 73 do Código Penal) para que fosse julgado por um júri popular. “(…) o denunciado, por erro no uso dos meios de execução, atingiu pessoa diversa da que pretendia matar, uma vez que um dos projéteis de arma de fogo disparado pelo denunciado ricocheteou no poste de concreto situado na Rua Antônio Austregésilo, fragmentando-se em partes, sendo certo que um desses fragmentos teve sua trajetória alterada, vindo a atingir a criança Agatha Vitória Sales Felix”, argumentaram os promotores Alexandre Themístocles e Debra Cargy Erlich.

A denúncia foi aceita em dezembro de 2019 pela juíza Viviane Ramos de Faria, do Tribunal do Júri, que considerou que o policial agiu de forma “incompatível” com que se espera de um agente do Estado e mostrou “ausência de preparo para integrar as fileiras da Polícia Militar”. “No caso em que se examina, verifica-se que a conduta imputada ao policial militar é grave, haja vista que teria, fora dos limites do permitido, efetuado disparos de arma de fogo contra pessoas que, a princípio, não representavam perigo aos agentes da segurança pública ou a terceiros, acabando por ceifar a vida de uma criança de apenas 8 (oito) anos de idade, deixando, inclusive, de prestar socorro a ela”, escreveu.

Ela também determinou, a pedido do Ministério Público Estadual, que Rodrigo Soares respondesse o processo em liberdade, cumprindo medidas cautelares: comparecimento mensal ao fórum para justificar suas atividades, não mudar de endereço ou se ausentar da cidade sem autorização, afastamento do trabalho de policial nas ruas e suspensão do porte de arma. O processo, no entanto, não teve muitas atualizações, já que as audiências foram remarcadas duas vezes por conta da pandemia e, no momento, não há uma data estipulada, conforme a Ponte apurou junto ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

À reportagem, Vanessa disse que a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha o caso como assistente de acusação e que irá entrar com uma petição no processo questionando o tribunal a respeito de marcação de uma data. Presidente da comissão, Álvaro Quintão informou que a importância da audiência é para que as testemunhas sejam ouvidas. “Quanto mais tempo passa, mais a memória se vai e a demora prejudica o processo porque não se faz justiça”, declarou. “A intenção é provocar o judiciário para que aconteça a marcação dessa audiência porque os tribunais já voltaram com os trabalhos presenciais e não há motivo para essa demora.”

Depois de Agatha, segundo o Instituto Fogo Cruzado, outras 37 crianças foram baleadas no Grande Rio. Nos últimos cinco anos, foram 100 crianças de até 12 anos atingidas por tiros, sendo que 30 morreram, ainda de acordo com o instituto, em levantamento divulgado em abril deste ano. Dados obtidos pela GloboNews, em janeiro, apontaram que, de 15 casos de mortes de crianças por armas de fogo, a Polícia Civil elucidou a autoria apenas do caso de Agatha.

Em janeiro deste ano, o governador Claudio Castro (PSC) sancionou a lei 9.180/21, conhecido como Lei Agatha. De autoria das deputadas estaduais Renata Souza (PSOL), Martha Rocha (PDT) e Dani Monteiro (PSOL), a regra é de que a investigação de mortes violentas de crianças e adolescentes passem a ser prioridade na Polícia Civil. Na época, Vanessa definiu à Ponte que a lei era uma resposta. “Assim como o caso da Ágatha foi ao fim do processo investigatório, outras famílias também terão [respostas]. Não era assim que eu queria que fosse conhecida, mas é para todos saberem como ela foi tirada de mim. Através dessa lei, todos saberão quem foi Ágatha Vitória“, disse.

O que diz a polícia

Ponte procurou as assessorias da Polícia Civil e do Ministério Público sobre o caso, bem como a investigação de mortes de crianças baleadas no Rio de Janeiro, mas não houve resposta.

A reportagem tentou contatar os advogados do PM Rodrigo Soares, por telefone informado no Cadastro Nacional de Advogados da OAB, mas não teve resposta. Também procuramos a assessoria da Polícia Militar, que não respondeu até a publicação.