Por uma Maré que Queremos

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16 associações de moradores se unem para reivindicar um novo bairro

Hélio Euclides

“A união faz a força”, essa é a síntese do Fórum de Associações de Moradores da Maré, uma iniciativa estruturante do projeto Maré que Queremos. O Fórum nasce da necessidade de envolver os moradores em ações estruturantes e perceber que uma instituição ao procurar os governantes tem um peso mínimo, ao contrário de quando vão juntas. O fórum permanente que existe desde 2010, reúne as 16 associações de moradores e a instituição Redes da Maré. O objetivo da articulação é debater e mobilizar a população para a conquista de políticas públicas para a favela a partir dos moradores e sociedade civil organizada.

O desejo do Fórum é construir em conjunto uma agenda comum de demandas e interesses para o desenvolvimento do território. Esses esforços resultaram na elaboração de um amplo documento que relaciona estas demandas para as autoridades. Desde maio, as reuniões são divididas em territórios e com temas definidos. “Separar para se juntar. Conhecer cada uma realidade da Maré. Nas reuniões de junho surgiu falas da necessidade da visita do Ministério Público à Maré. Esse é um exemplo de que muita coisa mudou das conversas e decisões coletivas, no qual, pensamos estratégias para garantir os direitos”, conta Henrique Gomes, coordenador do Fórum das Associações de Moradores da Maré.

No Fórum se constrói uma agenda de trabalho positiva, coletiva e integrada, visando a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Nos últimos encontros, os representantes das associações de moradores se reuniram com o Eixo de Segurança Pública da Redes da Maré. O tema dos encontros foi discutir segurança pública e o acesso à justiça. “Percebemos o interesse das lideranças na questão segurança pública, de avaliar as ações da polícia, e meditar de forma diferente cada território. Esse grupo é uma ponte entre a Maré e o poder público. As reuniões são momentos de apreciar as ideias e mobilizar”, comenta.

 Qual a meta do Fórum?

O Fórum se organiza em reuniões para discutir e pleitear mudanças na política pública e debater diferentes reivindicações da Maré, entre elas na área da saúde, educação, artes e cultura, esporte e lazer, segurança pública, meio ambiente, iluminação pública, trabalho e geração de renda, comunicação, habitação e transporte. Há também serviços específicos para a Maré, que ainda não são disponibilizados como implantação de agência dos Correios, melhorias nos espaços das associações, agência bancária, entrega domiciliar de correspondência pelos Correios e implantação de serviços voltados pela formalização e formação de pequeno e médio empreendedor. 


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