Começa a contagem regressiva para 2019

Data:

Foto: Douglas Lopes

Maré de Notícias # 95 – Dezembro de 2018

Conheça histórias de pessoas que não abrem mão de passar a festa na Maré e também as opções oferecidas

Por: Maria Morganti

Há quem diga que demorou para passar. Mas tem quem discorde e diga que mal piscou os olhos e o ano já está acabando. O que é praticamente unânime é que, com a chegada do último mês do ano, além do Natal, dos comes e bebes, todo mundo quer saber o que fazer na virada do ano. Grandes festas de Réveillon como a de Copacabana, que conta sempre com a presença de grandes artistas como a cantora Anitta, que levantou a multidão no último Réveillon, costumam reunir milhões de pessoas. No entanto, há quem não abra mão de passar a virada, aqui, na Maré. Seja para evitar o perrengue do trajeto, de ônibus e metrô lotados, seja por não gostar de muvuca, ou simplesmente porque quer fazer sua própria festa, perto da família e dos seus amigos.

“Família sem limite”

Esse é o caso da família Jesus Rodrigues, “cria” da Nova Holanda. “A família sem limite”, adjetiva, rindo, Ana Jussara, uma entre sete irmãos que há anos organiza a festa de passagem de ano que vai – fácil – até a manhã do dia 1º do ano, com a participação de mais de 20 pessoas, entre pais, irmãos, filhos, sobrinhos e agregados, na casa da matriarca. “Os agregados não podem faltar”, confessa Jussara. A família que tem fama de festeira (“eles fecham a rua”, comenta um vizinho), tem até um kit para datas comemorativas como o ano novo: são três barracas três por três [metros], um aparelho de som, dois forninhos elétricos para esquentar a sopa, os caldos, e a churrasqueira. As mesas e as cadeiras, normalmente são alugadas.

Do outro lado da Maré, outra moradora que não abre mão de passar o Réveillon no bairro é a vendedora de 21 anos, Geovana de Oliveira da Cunha, “cria” do Piscinão de Ramos. “Eu prefiro passar o Réveillon no Piscinão que em outros lugares. Aqui eu não preciso pegar condução, não preciso sair cedo. E quando eu vejo que os fogos acabaram, eu venho pra casa, faço a ceia com a minha família. E quando uma pessoa vai pra fora, já vi experiências como a do meu avô, de ir pra Copacabana, que tem de ir cedo por causa do metrô, e na hora de vir embora, é horrível, não tem condução suficiente. Por isso, eu prefiro ficar aqui”.

                A Riotur, empresa de turismo do município do Rio de Janeiro, organiza o evento da virada com queima de fogos e shows na Avenida Guanabara, no Piscinão de Ramos. Até o fechamento desta reportagem, a programação para a festa da virada de 2018 para 2019 ainda não estava disponível. Ano passado, passaram pelo palco do Piscinão DJs, a dupla Lucas & Orelha, escolas de samba como a Acadêmicos do Grande Rio e a Beija-Flor de Nilópolis, e o grupo de pagode “Tá na mente”.

Programação Réveillon na Maré

Baile de Réveillon no Parque União

Dia: 31/12

Horário: a partir das 17h.

Local: Na Principal, na altura da Rua Ari Leão.

Baile de Réveillon na Nova Holanda

Dia: 31/12

Horário: a partir das 17h.

Local: Na Principal, na altura da Rua Sargento Silva Nunes.

Baile de Réveillon na Vila do João

Dia: 31/12

Horário e local ainda não definidos

 

Missas
Paróquia Sagrada Família

Dia: 31/12

Local: Rua Tancredo Neves, s/nº – Nova Holanda.

Horário: 19h

 

Paróquia São José operário

Dia: 31/12

Local: Via A1, nº 150 – Vila do Pinheiro

Contato: (21) 3868-1056

Horário: ainda não definido

 

  • Consultadas, instituições de outras vertentes religiosas não forneceram informações sobre cerimônias e cultos até o fechamento desta Edição.

Origem do Réveillon

Segundo o dicionário de símbolos, o Réveillon é uma palavra de origem francesa usada para denominar a passagem de um ano para o outro. Em muitas culturas, como a nossa, a virada do ano é festejada e simboliza recomeço, renovação, renascimento.

“No calendário gregoriano, o ano novo se inicia no dia 1º de janeiro. Nas culturas ocidentais que seguem o calendário gregoriano, o Réveillon é comemorado no dia 31 de dezembro, último dia do ano”.

Por aqui, grande parte das superstições tem origem africana. Nesta época, muitos fiéis e simpáticos de religiões como umbanda e candomblé oferecem flores, velas, perfumes e outros objetos à Iemanjá, considerada a Rainha do Mar.

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