CUFA e Frente Nacional Antirracista lançam campanha Favelas com Yanomamis

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O objetivo é construir dois polos de saúde em regiões destes povos, em Roraima

Por Redação


A motivação da campanha foi o diagnóstico que além da fome, outro grande problema enfrentado pela região é falta de acesso à saúde, já que esses povos se encontram a mais de 1 hora de avião da capital Boa Vista.

Com isso, a CUFA e a Frente Nacional Antirracista pretendem construir dois polos de saúde, um em Surucucu, outro em local a definir, a fim de atender a população Yanomami e outros indígenas que não conseguem ter acesso aos centros hospitalares da capital, mobilizando parceiros e a sociedade civil com o objetivo de arrecadar R$ 3 milhões na campanha.

“Ao chegar nos locais, antes da fome, foi detectado que a saúde indígena, segundo os próprios que conversamos, está precária há muito tempo, junto a isso as mudanças climáticas que devido as chuvas intensas, impedem de uma produção de alimentos autônoma e compromete a nutrição, principalmente de crianças e idosos, já que a prioridade pela logica indígena são dos homens que saem para caçar, das mães que cuidam das crianças e das aldeias e somente depois as crianças”, explicou Kalyne Lima, copresidente da CUFA.

A mobilização para a arrecadação da campanha Favelas com Yanomamis acontecerá entre os dias 27 de janeiro e 27 de fevereiro, com a previsão da pedra fundamental ser lançada no dia 1º de março.

Os canais para doações para o novo programa são o pix [email protected],  a vakinha https://www.vakinha.com.br/3425141 e o site https://favelascomyanomami.com.br/

“A questão da fome é algo que agrava todas as situações e produziram as cenas que chocaram a todos nós. A questão do acesso é outro desafio que se impõe, já que em alguns locais só é possível o acesso por via aérea, como foi caso da nossa visita”, disse Preto Zezé, copresidente da CUFA.

Na entrevista coletiva que a campanha será lançada e os projetos anunciados, estarão presentes também autoridades e secretários governamentais. Para a arrecadação, as instituições esperam contar, mais uma vez com a ajuda da sociedade civil e da sua rede de parceiros locais.

“A CUFA já trabalhava em Roraima, já fazemos ações na região há 10 anos. E temos por prática apoiar as CUFAs nos seus respectivos estados, cidades e favelas onde existe uma demanda muito grande e onde não têm braços suficientes para poder atender. Não viemos aqui para sermos heróis. Mas vamos ativar e fortalecer mais ainda a nossa rede local e descobrimos este grande problema de saúde que pretendemos ajudar a solucionar, junto das autoridades competentes”, explicou Celso Athayde, fundador da CUFA e CEO da Favela Holding. “Vamos ativar a nossa rede de parceiros, que foi tão importante na pandemia e em outros momentos, para cumprir essa nobre missão”, concluiu.

Em resposta às demandas advindas do diagnóstico resultante da escuta, a CUFA vai mobilizar as seguintes iniciativas:

A-        Fortalecimento das ações da CUFA Roraima, já que além das favelas que já recebem apoio desde antes da pandemia, existe a situação dos imigrantes venezuelanos que já somam mais de 115 mil pessoas no estado de Roraima.

B-        Realização de uma campanha nacional com os parceiros, até 27/02 para mobilização de recursos para construção e reforma de dois polos de saúde, um na região do Surucucu e outro a ser escolhido, após nova escuta e diálogo com o território e a Funai. Com o compromisso de iniciar as obras no dia 1 de marco, com a expectativa de reforma e construção de reforma em 90 dias.

C – Independentemente da performance da campanha, a CUFA e a FN, se comprometem a honrar as obras da construção dos dois polos, caso a campanha não tenha atingido sua meta integral de R$ 3 milhões

D – Este compromisso será celebrado em um uma carta da CUFA e da Frente Nacional Antirracista que será assinada durante coletiva.

Além da questão de saúde, a comitiva que está em Roraima percebeu outros problemas, como dificuldade de acesso a água tratada, necessidade redes de mosqueteiros, falta de equipamento médico hospitalar, falta de medicamentos, como dipirona e paracetamol,  necessidade de 100 recipientes (tambores de 50 litros) para envio de combustível para os helicópteros abastecerem e operacionalizar o envio de alimentos.

“Além desse projeto que estamos lançando, muitos outros podem acontecer. A demanda dessa gente é muito grande. Nossos parceiros da ONG Água Camelo, por exemplo, estão levando 50 kits de tratamento de água para os Yanomamis”, disse Preto Zezé, presidente da CUFA. “O acesso à água tratada e potável funciona como um tratamento preventivo, evitando maiores problemas de saúde no futuro”, concluiu.

Para quem quiser participar da campanha Favelas com Yanomamis, que visa construir dois polos de saúde, pode fazer suas doações pelos seguintes canais:

Pix: [email protected]

Vakinha: https://www.vakinha.com.br/3425141

Site: https://favelascomyanomami.com.br/

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