Uma das maiores iniciativas de jornalismo digital da América Latina, o Festival 3i está de volta. A Associação de Jornalismo Digital (Ajor), na qual o Maré de Notícias faz parte abriu as inscrições para o Festival 3i.
A nova edição está organizada em mesas, painéis e diálogos que serão transmitidos pelo canal do Youtube e Facebook do Festival 3i. São cerca de 40 horas de programação. O público também poderá conversar diretamente com convidados em salas exclusivas para inscritos. O evento vai se desdobrar ainda em conteúdos multimídia extras que serão lançados ao longo das duas semanas.
Para se inscrever no Festival 3i 2022 basta se cadastrar no site do evento. Os inscritos vão receber por e-mail todos os links para acompanhar a programação. Você também pode ficar por dentro de tudo que acontece no Festival pelas redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.
Dividida em cinco trilhas temáticas – democracia, empreendedorismo, diversidade, meio ambiente e distribuição – o Festival reunirá jornalistas, pesquisadores, estudantes e empreendedores do Brasil e da América Latina para discutir novos caminhos e oportunidades no jornalismo. Todos receberão certificado de participação.
O evento será realizado de 15 a 25 de março e terá programação 100% virtual, gratuita e multiplataforma. Os participantes poderão interagir, compartilhar desafios e trocar experiências com grandes nomes do jornalismo brasileiro e internacional, além de ter contato com tudo que há de mais atual no ramo do empreendedorismo na comunicação: novos modelos de negócios, narrativas e práticas.
O 3i é o primeiro festival no continente focado em questões essenciais para aquelas e aqueles que querem empreender, inovar e liderar iniciativas digitais de jornalismo. O evento é organizado pela Ajor, Associação de Jornalismo Digital do Brasil, que representa mais de 70 organizações de mídia no país. Foi a partir da primeira edição do evento, em 2017, que a Ajor foi idealizada e fundada em junho de 2021.
O Maré de Notícias é um dos anfitriões da mesa – junto com PeriferiaConnection e Agência Mural – que irá debater os desafios e as tecnologias usadas na cobertura jornalística nas periferias do Brasil e sua importância para a diversidade e pluralidade das mídias no mundo contemporâneo. O debate terá um formato de “coletiva de imprensa” e contará com 3 palestrantes e 5 provocadores. Estão como palestrantes:
Carla Siccos, jornalista comunitária, engenheira social, fundadora e editora do Jornal Comunitário Cdd Acontece, na Cidade de Deus, favela da zona oeste do Rio de Janeiro.
Alessandra Taveira, jornalista pela Universidade Federal do Amazonas. Desenvolveu pesquisas sobre jornalismo nas stories do Instagram. Foi produtora na TV Band AM. Escreveu reportagens e gerenciou as redes do site Amazonas Atual. Realizou trabalhos voluntários na área da educação para jovens do ensino médio público. Atualmente, é assessora de comunicação e integra a Abaré Escola de Jornalismo, uma iniciativa de jovens jornalistas.
Emerson Santos estudante de jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um dos idealizadores do portal O Periférico.
E como provocadores:
Caê Vasconcelos é homem trans, bissexual, jornalista e cria da periferia zona norte da cidade de São Paulo. É autor do livro-reportagem “Transresistência: Pessoas trans no mercado de trabalho” (Dita Livros, 2021) e repórter especializado na editora LGBT+. Atualmente escreve para a Agência Mural de Jornalismo das Periferias, com textos em Yahoo, Uol, Ecoa Uol, AzMina e foi repórter da Ponte Jornalismo de 2017 a 2021. Foi o primeiro jornalista trans da bancada do Roda Viva, da TV Cultura.
Eduarda Nunes é jornalista formada pela UFPE (2018) e atualmente é coordenadora de conteúdo na Agência Retruco, editora da região Nordeste no Favela em Pauta, plataforma de projetos especiais em comunicação independente. Foi uma das homenageadas do 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020) do portal Alma Preta Jornalismo.
Eduarda constrói o movimento negro de Pernambuco desde 2015, a partir do Afronte Coletivo e da Rede de Mulheres Negras do estado, organizações que hoje compõem a Articulação Negra de Pernambuco.
Joyce Cursino é jornalista e cineasta preta, periférica da Amazônia . Ela fundou e atua como diretora executiva da Negritar Filmes e Produções, que é uma produtora audiovisual composta 100% por pessoas pretas. A paraense também idealizou e coordena o Telas em Movimento, projeto de democratização do acesso ao cinema nas periferias e comunidades tradicionais da Amazônia. Além disso, a jornalista trabalha como Coordenadora da Rede Cidadã InfoAmazônia.
Lia S. Vianna Reis, mulher, trans e preta. Jornalista por formação e estudante de Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde tem pesquisa ativa sobre Gênero e Sociedade (NUDES-UFRJ). Atua há dez anos no mercado de comunicação, com experiências dentro da comunicação periférica, institucional e em produção para TV. Entre essas experiências, passou pelo Voz das Comunidades, Favela em Pauta, TV Record entre outros.
Renê Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades no Complexo do Alemão, um dos maiores veículos de comunicação das favelas cariocas. Foi pioneiro no uso do Twitter como plataforma de comunicação entre a favela e o poder público. Recebeu o Prêmio Mundial da Juventude, na Índia. Recentemente, foi nomeado, pela Forbes Under 30, um dos 100 negros mais influentes do mundo, pelo trabalho desenvolvido no Brasil.
A mediação será de Daniele Moura, co-fundadora e editora do Maré de Notícias Online. Jornalista pela Facha, foi repórter e editora no Canal Futura, TV Cultura e TVG lobo. Vencedora do Prêmio Vladmir Herzog.
Inscrições para essa mesa no link.
Para esta edição, a programação foi construída e pensada por um Grupo de Trabalho formado por 21 organizações associadas à Ajor de todas as regiões do país e pela secretaria executiva da Associação, com apoio do Conselho Deliberativo e Executivo da entidade, que o Maré de Notícias faz parte.
Compõem o grupo de Anfitriãs: Aos Fatos, Maré de Notícias, Agência Mural, Projeto #Colabora, Revista AzMina, Marco Zero Conteúdo, Gênero e Número, ((o))eco, Nós, Mulheres da Periferia, Nexo Jornal, Ponte Jornalismo, Notícia Preta, Agência Eco Nordeste, Agência Envolverde,Énois, PerifaConnection, Agência Amazônia Real , Matinal Jornalismo, Núcleo Jornalismo, Regra dos terços, Revista Imprensa.
Cerca de 1.300 profissionais, estudantes e interessados na área participaram das cinco edições do Festival – duas nacionais e três regionais. Em cinco anos de história, transmissões ao vivo pelo Youtube e pelo Facebook do evento geraram mais de 165 mil visualizações e a cobertura de dezenas de reportagens.