Encontro acontece desde esta segunda (20) na Argentina
Por Jéssica Pires
A terceira edição do Fórum Mundial de Direitos Humanos que aconteceu entre os dias 20 e 24 de março, em Buenos Aires, foi pensando como um espaço de debate público sobre os Direitos Humanos no mundo, os principais avanços e desafios focados no respeito às diferenças, na participação social, na redução das desigualdades, na promoção da equidade e da inclusão social. O encontro foi dividido em 26 eixos temáticos: Memória, Verdade e Justiça, Mobilidade Humana, Mudanças Climáticas, Discriminação, xenofobia e racismo, Direitos Digitais foram alguns deles.
A Maré foi pauta durante um ciclo de conversas sobre “Impactos nos Direitos Humanos dos mercados Ilegais”, na mesa “Organização Comunitária contra a Violência – Organizando experiências para resistir ou contrariar a violência e o controle territorial por grupos armados”. Lidiane Malanquini, assistente social e coordenadora da área de Incidência Politica da Redes da Maré, compartilhou a experiência da organização nos processos de mobilização e articulação comunitária, com foco em como atuar no território que tem atuação de grupos civis armados.
Lidiane apresentou um pouco dessa experiência de muitos anos da Redes, atuando em várias áreas e especificamente sobre o trabalho realizado pelo eixo Direito à Segurança Pública e Acesso à Justiça, em dias de operações policiais, e o trabalho do Espaço Normal em um trabalho de proteção e cuidado às pessoas ameaçadas. Participaram também da mesa Maria Claudia Albornoz, da organização A Poderosa (Argentina), Nahuel Bergier, Secretário de Justiça e Segurança do município de Moreno (Argentina), José Luis Calegari, Centro de Participação Popular Angelelli (Argentina) e a mediação foi de Alejandro Gelfuso – Cidade do Futuro – Argentina).
“Pra gente da Redes da Maré estar em um espaço como o Fórum Mundial de Direitos Humanos é muito importante. E a gente centralizar o debate sobre direitos humanos a partir da favela é fundamental, entendendo que a efetivação de direitos se constrói no cotidiano, no dia a dia. É fundamental organizações de base comunitária como a Redes da Maré construir esse espaço”, compartilha a assistente social.