Fiocruz lança chamada pública de apoio a populações em favelas

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Por Edu Carvalho, em 24/03/2021 às 16h

Com o objetivo de auxiliar na resposta para o enfrentamento da pandemia da covid-19 e seus efeitos nas favelas, a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz lançou, nesta quarta-feira, 24/3, a Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à COVID19 nas Favelas do Rio de Janeiro.

A iniciativa irá financiar projetos em todo estado do Rio de Janeiro que contribuam para ampliar a participação social na vigilância em saúde de base territorial nas favelas fluminenses. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis neste link até o dia 29 de abril. O resultado final será divulgado no dia 07 de junho. 

As propostas poderão se encaixar em quatro faixas: com orçamento até R$50.000; até R$150.000; até R$300.000, até R$500.000 e se vincular a duas (ou mais) das sete áreas de interesse: Apoio social; Comunicação e Informação; Saúde mental; Proteção individual e coletiva; Apoio à testagem, rastreamentos e isolamento; Educação e Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis. 

O objetivo é aprovar 140 projetos que poderão receber apoios no montante total de R$ 17.000.000,00 que se espera investir. Inicialmente, no entanto, a Chamada Pública selecionará para financiamento imediato os primeiros 41 projetos aprovados com o montante de R$ 4.500.000,00. 

Os recursos a serem investidos são provenientes da Lei Nº 8.972/20, do Fundo Especial da ALERJ à Fiocruz. Esses recursos são resultado de um esforço interinstitucional envolvendo UFRJ, UERJ, PUC-Rio, SBPC, ABRASCO, Fiocruz, sindicatos de profissionais das áraeas de saúde e assistência social, bem como organizações baseadas em favelas. Juntas, essas entidades elaboraram o o Plano de Ação para Enfrentamento da COVID19 nas Favelas do Rio de Janeiro.   

Podem se candidatar as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com existência comprovada há pelo menos um ano, localizada em favela ou que seja atuante na favela, com histórico comprovado de trabalho junto às favelas e também os coletivos sem personalidade jurídica baseados e atuantes em favela, desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída. 

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