Por Lucas Feitoza
A primeira Festa Literária das Periferias (FLUP) realizada na Maré, começou nesta segunda-feira (5), após a vitória do Brasil sobre a Coréia do Sul com o placar de 4 x 1. A partida também foi transmitida no telão do Centro de Arte da Maré (CAM), a Copa Flup. Todos jogos do Brasil na Copa do Mundo terão transmissão ao vivo no local.
O evento deu sequência à programação com uma saudação aos Orixás, que consiste em cantigas em culto a todos os Orixás. Exu, Ogum, Oxum e Yansã foram representados por bailarinos ao som do atabaque, conduzidos por lideranças de religiões afro, finalizando com um toque relembrando os ancestrais africanos que foram escravizados.
Na sequência houve o lançamento do livro “Pai Santana: Orixá do Futebol” escrito pelo co-fundador da FLUP Ecio Salles que morreu em 2019 vítima de um câncer no pulmão. O livro foi autografado no evento por Roberto Santana, filho mais velho de Eduardo Santana, mais conhecido como Pai Santana. O ex-massagista do Vasco da Gama faleceu em 2011, aos 77 anos, vítima de insuficiência respiratória.
Pela primeira vez na Maré, Santana contou que está feliz em lançar o livro que conta a biografia de seu pai que “era respeitado como um jogador pela torcida”.
Julio Ludemir, criador da FLUP, contou sua história com Ecio em sua terceira edição do evento sem ele. “Eu nunca falo do Ecio porque eu sempre choro”. Julio lembrou também os bons momentos com o amigo que conheceu na Maré, e a paixão por futebol e reunir os amigos que ele tinha. Após o lançamento do livro a noite foi marcada por apresentações da Mostra Maré de Música.
Mostra Maré de Música
Kamy Mona, 27 anos, artista que faz parte da Mostra Maré de Música, é uma das apresentações que fecha a primeira noite do evento. Ela disse estar feliz em se apresentar e considera um progresso na sua carreira “É a primeira vez que estou fazendo meu show aqui e juntar a mostra Maré de Música com a Flup é juntar mais gente para conhecer meu trabalho”, disse. A FLUP contínua com eventos a semana toda.
Nesta terça-feira (6), tem a abertura da exposição “Escultatórias afetivas por um Museu da Sororidade” com as artistas do Coletivo de Mulheres da Universidade das Quebradas, projeto de extensão cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com início às 18h.
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