Fórum Basta de Violência reúne representatividades diversas no debate sobre segurança

Data:

Reuniões acontecem toda 2ª terça-feira do mês na Escola Bahia 

Por Lucas Feitosa

A letalidade das operações policiais é um tema recorrente em matérias dos noticiários. De acordo com o relatório anual do Instituto Fogo Cruzado, entre 2019 e 2022, a região metropolitana do Rio de Janeiro foi cenário de 237 chacinas que deixaram 953 mortos. 

Foi o resultado da indignação com a truculência de uma chacina que aconteceu em 2016, que teve duração de 19 horas e deixou 7 pessoas feridas na Nova Holanda, na Maré, que desencadeou na Ação Civil Pública (ACP) da Maré, tema da reunião do Fórum Basta de Violência: Outra Maré é Possível dessa terça-feira (11), realizada na Escola Bahia.

Participaram da reunião moradores, membros de organizações da sociedade civil como a Casa da Resistência Lésbica da Maré, Luta Pela Paz, Observatório de Favelas, Redes da Maré e representantes da associação dos moradores da Nova Holanda e Rubens Vaz. Representantes das mandatas das vereadoras Thais Ferreira e Mônica Cunha e da deputada estadual Renata Sousa também marcaram presença no encontro. 

O objetivo do encontro é debater questões que atingem não apenas o Conjunto de Favelas da Maré, mas toda a cidade no que se refere à segurança pública e a atuação do Estado nas Favelas. A advogada Marcela Cardoso destaca: “Segurança pública é dever do estado e direito dos moradores” e que o objetivo da ACP das favelas é questionar porque a polícia age de forma violenta nos bairros mais afastados da região central da cidade.

A importância de mobilizar a população para entender os direitos e a contribuição popular para o debate no legislativo, também foi abordada na reunião que teve duração de duas horas. A criminalização das pessoas pretas foi citada nas falas.

O Fórum Basta de Violência atua desde 2017 debatendo estratégias que possam incidir na política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, na perspectiva da preservação dos direitos dos moradores de favelas, sobretudo a Maré. Asreunioes são abertas e acontecem sempre na segunda terça-feira de cada mês, às 10h da manhã, na Escola Municipal Bahia, que fica localizada na Av. Guilherme Maxwell, na altura da passarela da Av. Brasil, sentido Ilha do Governador. 

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Mais do que autista: a vida vibrante de Daniel

Daniel que é camelô e percorre o território vendendo vários itens é a prova viva de que o autismo vai muito além do diagnóstico.

Núcleo Piratininga de Comunicação forma há 20 anos comunicadores com o olhar para a favela

O NPC tem como defesa os direitos humanos e a busca por uma sociedade mais justa. O seu desafio é a produção e a disseminação de conteúdo que desafia as narrativas convencionais.