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[toggle title=”Um rio de buracos”]
Por: Hélio Euclides
Em preparação da cidade para a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016, a prefeitura vem construindo novas vias e adaptando outras sob a alegação de melhorar a mobilidade urbana. Estão previstos quatro corredores viários, dois deles na zona oeste e outros dois na zona norte passando no entorno da Maré: a Transcarioca e a Transbrasil. Para as intervenções, a cidade virou um canteiro de obras, o que traz transtorno diário para os cariocas. Para piorar a prefeitura ainda derrubou o elevado da Perimetral, dando um nó completo na vida de quem entra e sai da área central da cidade.
Prevista para a Copa, a Transcarioca ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional, na Ilha do Governador, e terá um viaduto próximo ao Parque União, na Av. Brigadeiro Trompowsky. As obras estão orçadas em R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão de recurso do governo federal.
Já a Transbrasil está prevista para a Avenida Brasil, mas as obras ainda não começaram. “A Transbrasil terá estações por toda extensão, uma delas ficará na Vila do João”, afirma o diretor da Associação de Moradores do Conjunto Esperança, Waldir Francisco da Costa, que participou de uma audiência pública com representantes do município.
Os dois corredores usarão o sistema de BRT, transporte coletivo por ônibus rápido, permitindo a integração a outros modais, como trem, metrô e ciclovias.
Pouco se sabe ainda sobre a Transbrasil
A Transbrasil será um corredor expresso ao longo da Av. Brasil desde Deodoro até o Aeroporto Santos Dumont. A licitação será dividida em dois lotes: o primeiro entre o Aeroporto Santos Dumont e o cruzamento com o BRT Transcarioca na Ilha do Governador e o segundo a partir deste ponto até Deodoro. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, o prazo de conclusão é de 30 meses.
O corredor terá 32 quilômetros, com quatro terminais, 28 estações e 16 passarelas. O orçamento é de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,097 bilhão financiado pelo governo federal. O acesso às estações em grande parte do BRT será por meio de passarelas. Entre os terminais da Candelária e do Trevo das Margaridas, trecho de maior demanda de passageiros, o corredor será operado em duas faixas por sentido por uma frota de 881 veículos, entre ônibus articulados e biarticulados.
A Secretaria de Obras diz que vai providenciar a reestruturação da rede de drenagem ao longo da via, com a implantação de nove projetos para correção de pontos de alagamento.
Waldir diz que pouco se sabe sobre a Transbrasil. Ele aguarda as reuniões com representantes da prefeitura para que o traçado e a localização das estações sejam discutidos. Como a licitação sequer foi lançada, este BRT pode não ficar pronto para a Olimpíada de junho de 2016.
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[toggle title=”O que vou ser quando crescer?”]T
Por: Rosilene Miliotti
A maranhense Patrícia Jeane Vieira Carvalho, de 11 anos, diz que será aeromoça. Se não der certo será advogada, mas não quer ser professora. Moradora da Nova Holanda, ela estuda inglês, francês, espanhol,informática e está no 6º ano. Patrícia conta que começou a pensar em ser aeromoça quando viajou de avião e passou a viagem conversando com as comissárias de bordo. “Sei que tenho que estudar muito para conseguir”, afirma, sorrindo.
Escolher uma profissão nem sempre é fácil, mas desde pequenos somos estimulados a pensar sobre isso. “A pergunta ‘o que você vai ser quando crescer?’ gera expectativa e tem foco na formação de mão de obra. Por isso, desde pequeno essa questão é posta, mas não acredito que tenha uma idade para fazer essa escolha. Entretanto, há quem saiba desde criança o que vai ser e às vezes dá certo. Neste momento, a Patrícia deve estar certa da sua preferência, mas a escolha nunca está fechada”, explica Luiza Gullino, estudante de psicologia que atua no projeto Análise do Vocacional, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Criado em 2006, o projeto atende alunos de pré-vestibulares comunitários em vários bairros. Luiza explica que, em vez de desvendar a vocação de cada um, o objetivo do trabalho é que a pessoa se conheça e escolha o que deseja fazer. “Trabalhamos com noção de escolha porque entendemos que estamos escolhendo o tempo todo, desde a roupa que vamos usar até o que vamos comer”, esclarece.
O trabalho de orientação é feito em grupo após entrevista individual. “Discutimos como cada um se vê naquela escolha”, diz William Penna, que também faz psicologia e participa do projeto atuando com estudantes da Maré.
O objetivo é fazer as pessoas refletirem, ensinando as ferramentas para que elas possam fazer a sua própria escolha, o que, às vezes, ocorre após a orientação vocacional e não durante a participação no grupo. “Às vezes as pessoas entram no grupo para buscar ajuda e saem mais confusas ainda. No último grupo uma aluna entrou e saiu sem saber o que queria, mas ela adquiriu autonomia para pensar sobre o que estava fazendo, ainda que não tivesse uma resposta. Outro aluno entrou com a certeza de ser fuzileiro. Nós falamos: ‘Vamos pensar sobre isso’. Ele não mudou de opinião, mas foi importante para ele ter argumentos sobre essa e s c o l h a ”, conta Luiza.
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[toggle title=”Programação de férias para a criançada”]
Além da Lona Cultural da Maré (leia acima), haverá colônia de férias também no Parque de Ramos e na Vila Olímpica da Maré (VOM). Na Praia de Ramos, as atividades acontecerão em dois períodos: de 21 a 24/01 e de 28 a 31/01, de 14h às 17h e, atenderá em cada semana 75 crianças de 6 a 15 anos de idade. As inscrições começam no dia 15 de janeiro, no próprio parque da Praia de Ramos. É preciso levar cópia da identidade e do CPF do responsável, certidão de nascimento do aluno, comprovante de residência, foto e atestado médico. Na VOM, as atividades serão de 21 a 24/01 e de 27 a 31/01, de 9h às 16h.
Outra boa opção para as férias é aproveitar as atividades da Sala Infantil Maria Clara Machado, que está aberta de segunda a sexta-feira, de 10h às 19h; e aos sábados, de 10h às 14h. Ao longo do mês de janeiro, haverá atividades lúdicas, leitura, filmes, entre outras atividades que acontecerão na biblioteca e na Praça da Nova Holanda com direto a banho de mangueira.
Os adultos podem aproveitar o acervo da Biblioteca Lima Barreto, que funciona no segundo andar do mesmo prédio, de segunda a sexta, de 9h às 19h; e aos sábados, de 10h às 14h. As duas bibliotecas são da Redes da Maré e ficam na Rua Sargento Silva Nunes, 1.012, na Nova Holanda.
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[toggle title=”Saúde + Educação : Tudo no mesmo lugar”]
O espaço do antigo Sesi Maré, em frente ao Morro do Timbau, na Avenida Guilherme Maxwell, foi dividido para oferecer cinco serviços municipais. São quatro unidades de educação: Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) Professora Solange Conceição Tricarico e o Professora Kelita Faria de Paula, a Escola Municipal Escritor Lêdo Ivo e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja Maré).
O terreno ainda abriga a Unidade de Saúde da Família Augusto Boal, que beneficia cerca de 21 mil pessoas, realizando em média 4 mil atendimentos por mês. A equipe profissional é formada por nove médicos; seis enfermeiros; sete técnicos de enfermagem; três cirurgiões-dentistas; um técnico de saúde bucal; quatro auxiliares de saúde bucal; e 38 agentes comunitários de saúde. São seis equipes de saúde da família e três de saúde bucal.
No local são oferecidas consultas individuais e coletivas; saúde bucal; vacinação; pré-natal; exames laboratoriais de sangue, urina e fezes; curativos; teste do pezinho; tratamento e acompanhamento de pacientes diabéticos, hipertensos, tuberculose; testes rápidos para HIV e sífilis e outras doenças. A clínica também conta com uma Academia Carioca da Saúde.
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