Maré não registrou nenhuma morte por covid-19 em novembro, aponta boletim

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Manguinhos, outra favela analisada pelo projeto, também não apresentou mortes pela covid-19.

Por Redação, em 20/12/2021 às 10h50

Se o século 20 foi de grandes descobertas científicas e inovações tecnológicas, o século 21 tem sido um período de acelerada disseminação destas invenções – ainda que de forma desigual – para os quatro cantos do mundo. E a pandemia do novo coronavírus, em seus quase dois anos de duração, acelerou ainda mais este passo e introduziu, de forma definitiva, tecnologias que poderiam demorar anos ou décadas para serem absorvidas em larga escala.

O exemplo mais gritante é o trabalho remoto. Sem a pandemia, muitas empresas e organizações sequer considerariam essa possibilidade, uma tendência que estudiosos afirmam que veio para ficar. Na área de saúde, esta experiência ganhou ares ainda mais urgentes. Questão de vida ou morte, literalmente. Com a crise sanitária causada pela pandemia, a humanidade assistiu à corrida pela descoberta recorde da vacina contra a covid e à utilização de tecnologia da informação, inteligência artificial e robótica em atendimentos, testagem e tratamento de pacientes.

No Brasil, em que pesem as políticas negacionistas e a falta de recursos, instituições de pesquisa cumpriram seu papel e estiveram à frente de importantes estudos e descobertas durante a pandemia – com destaque para produção de vacinas pela Fiocruz e o Instituto Butantan.

Nesta edição do Boletim Conexão Saúde – De Olho no Corona, a médica Adriana Mallet, fundadora do SAS Brasil, fala sobre o avanço datelessaúde no País e as tendências pós-pandemia. Ela acaba de receber o prêmio Empreendedor Social em Resposta à covid-19 da Folha de São Paulo na categoria Inovação para a Retomada – entre outros motivos, pelo trabalho da organização na Maré e em Manguinhos, dentro do projeto Conexão Saúde.

O Boletim também traz que nenhuma morte foi registrada em novembro na Maré e em Manguinhos. Segundo Painel Rio COVID-19, o montante acumulado de casos notificados na cidade do Rio de Janeiro até o dia 14/12 é de 500.298 casos e 35.171 óbitos. Desse número, 11.003 casos e 378 óbitos são na Maré. O total de casos confirmados na Maré passou de 895 no mês de outubro para 714 em novembro, representando uma redução de 20.2%, enquanto o total de óbitos notificados passou de 7 para 0 (-100%). Já em Manguinhos, o número de casos caiu de 5 para 2 (-81.5%) e o de óbitos passou de 2 em outubro para 0 em novembro (-100%).

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