Mulheres e Agroecologia – tudo a ver

Data:

AGROECOLOGIA E MULHER, TUDO A VER ? Karina Donaria / AMaréVê

Mesa debate o papel da mulher na agricultura, no agronegócio e nas questões relacionadas ao meio ambiente

Em 16/11/2018 – Por Hélio Euclides

A mesa mediada pela bióloga Julia Rossi, do Muda Maré, falou sobre a estreita relação entre a agroecologia e a mulher. A discussão foi completada por Beth Cardoso, técnica de tecnologias alternativas; Francisca Nascimento, militante do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babuçu do Piauí; Verônica Santana, representante da Articulação Nacional de Agroecologia; e Maria Emília Pacheco, antropóloga e assessora da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase).

Na pauta central do Diálogo, a ligação das mulheres com a energia da terra. “Esse espaço é importante para mencionar que a mulher trabalha a semente, para que tenha qualidade; e o homem [a] planta. No final, só eles são considerados vitoriosos”, diz Verônica Santana. Colega de mesa, Francisca Nascimento comentou as relações de poder da agricultura familiar. “Além do agronegócio, a mulher, muitas vezes, precisa bater de frente com o vizinho agricultor. Por isso, a necessidade do investimento do trabalho do tema da agroecologia nas nossas famílias”, diz.

Outros temas abordados no Diálogo foram a maneira como, no processo do agronegócio, as mulheres se revelam lideranças fundamentais na defesa de direitos e como são vítimas imediatas dos efeitos das mudanças climáticas. “A mudança climática traz um trabalho excessivo para a mulher, pois ela que carrega água na cabeça, por distâncias enormes, enquanto o homem marca futebol e foge do compromisso”, denuncia Francisca Nascimento.

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Por um Natal solidário na Maré

Instituições realizam as tradicionais campanhas de Natal. Uma das mais conhecidas no território é a da Associação Especiais da Maré, organização que atende 500 famílias cadastradas, contendo pessoas com deficiência (PcD)

A comunicação comunitária como ferramenta de desenvolvimento e mobilização

Das impressões de mimeógrafo aos grupos de WhatsApp a comunicação comunitária funciona como um importante registro das memórias coletivas das favelas

Baía de Guanabara sobrevive pela defesa de ativistas e ambientalistas

Quarenta anos após sua fundação, o Movimento Baía Viva ainda luta contra a privatização da água, na promoção da educação ambiental, no apoio às populações tradicionais, como pescadores e quilombolas.

Idosos procuram se exercitar em busca de saúde e qualidade de vida

A cidade do Rio de Janeiro tem à disposição alguns projetos com intuito de promover exercícios, como o Vida Ativa, Rio Em Forma, Esporte ao Ar Livre, Academia da Terceira Idade (ATI) e Programa Academia Carioca