Observatório de Favelas oferece curso de História da Arte Periférica

Data:

Interessados podem se inscrever gratuitamente até dia 23 de abril. Formação presencial acontece na Maré entre abril e julho

Redação

O Observatório de Favelas através do Galpão Bela Maré, em conjunto com o Sesc Ramos, abre inscrições para a segunda edição do curso de História da Arte Periférica. As pessoas interessadas podem se inscrever gratuitamente, através do formulário online até 23 de abril. As atividades são voltadas para pessoas a partir dos 18 anos.

As aulas vão acontecer presencialmente, às sextas-feiras de 28 de abril a 14 de julho das 15 às 17 horas no Galpão Bela Maré, localizado na Rua Bittencourt Sampaio, 169, Maré, Rio de Janeiro – RJ. 

O objetivo do curso é apresentar aos alunos um conceito de arte a partir das narrativas e produções periféricas na atualidade e suas intersecções com questões de gênero, raça e territorialidade. Outro ponto do curso é a busca de um diálogo com manifestações artísticas contemporâneas, sua produção e difusão com as vivências afrodiaspóricas e indígenas.

Para a educadora responsável pelo eixo de mediação e acessibilidade do Galpão Bela Maré, Ana V Lopes, o curso propõe uma imersão crítica de forma específica na produção artística contemporânea, abordando as pesquisas e trabalhos feitos a partir de vivências periféricas.

“O que o Curso de História da Arte Periférica propõe é apresentar aos alunos diferentes artistas com ênfase às produções faveladas e LGBTQIAP+. A partir disso, a turma compartilha as suas perspectivas e visões de mundo sobre a arte contemporânea. A expectativa é que ocorra a cada encontro uma rodada de conversa e uma prática reflexiva sobre o que é arte favelada e como esse movimento se expande na atualidade”, explica Ana V.

As aulas serão ministradas pela professora Mery Horta, doutoranda e mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nascida e criada no Rio de Janeiro, Mery é uma mulher preta e periférica. Atuando em vários projetos de dança no Rio, ela desenvolve desde 2009 diversos trabalhos autorais em dança, tendo participado de festivais internacionais no Brasil, França e Dinamarca. Atualmente trabalha na pesquisa “Corpo-Coisa-Mundo”. Caminhos para uma poética do movimento”.

Sobre o Galpão Bela Maré

O Galpão Bela Maré, projeto do Observatório de Favelas realizado em parceria com a Automatica, é um espaço voltado à difusão, produção, mobilização, formação e fruição das artes e das expressões culturais através de suas mais variadas manifestações, visando, sobretudo, a articular a produção artística periférica com o circuito da arte contemporânea no Rio de Janeiro. Inaugurado em 2011, consolidou-se como um espaço de referência na cidade para o debate do papel político da arte, especialmente no contexto das periferias.

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Por um Natal solidário na Maré

Instituições realizam as tradicionais campanhas de Natal. Uma das mais conhecidas no território é a da Associação Especiais da Maré, organização que atende 500 famílias cadastradas, contendo pessoas com deficiência (PcD)

A comunicação comunitária como ferramenta de desenvolvimento e mobilização

Das impressões de mimeógrafo aos grupos de WhatsApp a comunicação comunitária funciona como um importante registro das memórias coletivas das favelas

Baía de Guanabara sobrevive pela defesa de ativistas e ambientalistas

Quarenta anos após sua fundação, o Movimento Baía Viva ainda luta contra a privatização da água, na promoção da educação ambiental, no apoio às populações tradicionais, como pescadores e quilombolas.

Idosos procuram se exercitar em busca de saúde e qualidade de vida

A cidade do Rio de Janeiro tem à disposição alguns projetos com intuito de promover exercícios, como o Vida Ativa, Rio Em Forma, Esporte ao Ar Livre, Academia da Terceira Idade (ATI) e Programa Academia Carioca