Polícia Civil realiza 11ª operação na Maré, moradores relatam medo e danos aos patrimônios

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Casas e carros atingidas por tiros e atendimentos externos suspensos nas unidades de saúde próximas

6h45 da manhã. Nesta terça-feira (30) moradores indo para o trabalho, crianças se preparando para mais um dia de aula antes do feriado, e os comerciantes para abrir as lojas. Policiais Civis da Delegacia de Roubos e Furtos, Delegacia de Repressão a Entorpecentes e da Coordenadoria de Recursos Especiais atuaram no  Parque União na 11º Operação na Maré, marcada principalmente pelo medo. Houve operação também em Marcílio Dias. Com a violação de direitos, como saúde, educação e ir e vir, como os moradores podem continuar a rotina?

Em um dos casos recebidos pela equipe do Maré de Direitos, da Redes da Maré, um morador precisou se esconder nos fundos de uma padaria e usar sacos de farinha para se proteger dos disparos. Em outro, um casal soube através de reportagem na televisão que teve o carro quebrado durante a operação e avalia o prejuízo em R$ 3 mil. Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou que sua mãe estava no ponto de ônibus quando o carro blindado da Polícia Civil disparou em direção à região conhecida como Cão Feroz, no Parque União. “Ela falou que foi tanto tiro, ficou desesperada, o pessoal no ponto de ônibus tudo correndo!”, conta.

Além dos danos psicológicos, e aos patrimônios dos moradores, houve impactos no acesso a escolas e a unidades de saúde. Pelo menos 14 escolas, sendo duas estaduais e 12 municipais foram afetadas. Até o momento não foi informado quantos alunos foram impactados.

A Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva, suspendeu o atendimento durante a manhã, já a CF Diniz Batista dos Santos manteve o atendimento, porém suspendeu as visitas domiciliares, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

A Polícia Civil diz que equipes da Delegacia de Roubos e Furtos, Delegacia de Repressão a Entorpecentes e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foram cumprir mandados de prisão temporária de dois suspeitos de participação no roubo de computadores e monitores que seriam entregues a escolas pública do Rio de Janeiro.  A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ)  informou que não participou da ação.

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