Rio sem máscaras: Fiocruz diz que medida é ‘precipitada’

Data:

Medida foi publicada no Diário Oficial

Por Edu Carvalho, em 08/03/2022 às 08h20.

Na tarde de ontem, terça-feira (07/3), a Prefeitura do Rio, através do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC), indicou o uso facultativo de máscaras em ambientes fechados e abertos na cidade. A decisão foi publicada via decreto em uma edição extra do Diário Oficial do Município. O grupo de avaliação observa ainda que pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas (inclusive crianças) e com sintomas de síndrome gripal devem continuar usando máscaras.

”Atualmente, temos a menor taxa de transmissão de Covid-19 na cidade, desde o início da pandemia. Considerando também que o índice de positividade nos testes para a doença está menor e o número de pessoas internadas corresponde a menos de 1%, o Comitê Científico recomendou a desobrigação do uso de máscara na cidade do Rio também em locais fechados. Vale lembrar que, desde outubro do ano passado, já não era obrigatório o uso de máscara em locais abertos”, diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

O passaporte vacinal é a única medida restritiva que segue mantida na capital, conforme regra disponível no site coronavirus.rio.

Em entrevista ao G1, Raphael Guimarães, pesquisador do Observatório Fiocruz Covid-19, o Rio “não é uma ilha, está cercado por outras cidades da Região Metropolitana, com índices de coberturas vacinais e taxas vacinais diferentes”, sendo “um aporte considerável diário de pessoas de vários lugares”. Para o pesquisador, este influxo de pessoas de fora deveria ter sopesado.

No seu sistema de retorno híbrido, faculdades como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pontíficia Universidade Católica (PUC-Rio), indicaram o uso de máscaras dentro dos ambientes fechados, seguindo os protocolos preconizados pela Saúde.

Compartilhar notícia:

Inscreva-se

Mais notícias
Related

Por um Natal solidário na Maré

Instituições realizam as tradicionais campanhas de Natal. Uma das mais conhecidas no território é a da Associação Especiais da Maré, organização que atende 500 famílias cadastradas, contendo pessoas com deficiência (PcD)

A comunicação comunitária como ferramenta de desenvolvimento e mobilização

Das impressões de mimeógrafo aos grupos de WhatsApp a comunicação comunitária funciona como um importante registro das memórias coletivas das favelas

Baía de Guanabara sobrevive pela defesa de ativistas e ambientalistas

Quarenta anos após sua fundação, o Movimento Baía Viva ainda luta contra a privatização da água, na promoção da educação ambiental, no apoio às populações tradicionais, como pescadores e quilombolas.