Prêmio Marielle Franco homenageia projetos e instituições da Maré

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A premiação é concedida à Redes da Maré, Casa Preta, Instituto Trans Maré e outros por suas ações e realizações em defesa dos direitos humanos

Por Andrezza Paulo

O Prêmio Marielle Franco vai homenagear 36 personalidades e instituições que trabalham em defesa e valorização dos Direitos Humanos, dentre elas organizações como a Redes da Maré, a Casa Preta da Maré e a mãe de Marielle, Marinete Silva. A premiação será no dia 6 de dezembro na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) às 9h.  

Criada em fevereiro deste ano, a homenagem leva o nome da vereadora e cria da Maré, Marielle Franco, assassinada há quatro anos e que tinha como principal atuação a defesa dos direitos das mulheres, da população negra e periférica e da comunidade LBGTQIAP+. O projeto tem autoria das deputadas Renata Souza (PSol), Enfermeira Rejane (PCdoB) e Mônica Francisco (PSol).

Instituições da Maré recebem Prêmio Marielle Franco

Dos 36 homenageados, sete são da Maré. Entre instituições, coletivos e personalidades, o destaque comum é a importante atuação em prol da luta e fortalecimento dos direitos humanos nas 16 favelas que formam o território.  Para a deputada estadual, cria da Maré e autora do projeto, Renata Souza, “é uma honra poder homenagear essas lutadoras e lutadores que constroem cotidianamente, nas favelas e periferias, a resistência e enfrentamento a tantas violações de direitos humanos”, relata. 

Fundada em 1990, a Redes da Maré recebe a homenagem pelas ações e realizações no eixo Arte, Cultura, Memórias, Identidades, Direito à Segurança Pública, além do fortalecimento do desenvolvimento territorial. Outra iniciativa premiada é a Casa Preta, projeto da Redes da Maré, cuja construção parte da coletividade e do pensamento crítico sobre raça, favela e identidade. Um dos grandes feitos da Casa Preta é a Escola de Letramento Racial, curso com três meses de duração para jovens de toda a Maré que aborda através da história, da vivência e com sensibilidade o racismo que atravessa o território e os corpos pretos. 

Carlos André, coordenador da Casa Preta, acredita na força da favela e enfatiza a importância da premiação para essas construções: “A expectativa é grande e das melhores. O prêmio vem para confirmar a potência que é o trabalho da Redes e mostrar o quanto a proposta da Casa Preta é desafiadora, transformadora e contemporânea”, conta. 

O Observatório de Favelas, Coletiva Resistência Lésbica, Instituto Trans Maré e Bloco Se Benze Que Dá são outras organizações que compôem a lista de projetos reconhecidos. Além destes, Marinete Silva, mãe de Marielle Franco, também recebe a grande homenagem. 

A cerimônia será no dia 6 de dezembro, terça-feira, às 9h no Plenário da ALERJ, na Rua da Ajuda, n° 05, subsolo. 

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