Parlamentar pretende criar um espaço na própria Assembleia Legislativa para o acolhimento de mulheres
Da redação
Após ser eleita como a mulher mais votada da história da Alerj com 174.132 votos, a deputada estadual e cria da Maré, Renata Souza, foi eleita formalmente nesta quarta-feira (15) como a nova presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM) da Alerj. Sobre o posto, a deputada afirmou que pretende, a partir da comissão, construir políticas públicas feministas, antirracistas e populares. “Sou uma feminista negra e farei da comissão um espaço de acolhimento à disposição das lutas das mulheres.”
Na reunião desta quarta-feira, a parlamentar afirmou que sua primeira providência será a viabilização de um espaço na própria Assembleia Legislativa para o acolhimento de mulheres, em especial as que foram vítimas da violência de gênero. “Um espaço com privacidade para que as mulheres sejam acolhidas e atendidas com privacidade, sem expor essa mulher a uma possível revitimização”, conta a mareense.
A longo prazo a deputada pretende também elaborar ações no campo da educação para promoção de um debate sobre a importância que a escola tem em não reproduzir essa lógica de que os homens são donos dos corpos das mulheres. A violência obstétrica, garantia de creches, segurança nos transportes públicos e geração de renda também serão pautas centrais, para a comissão, segundo Renata.
“É com muita felicidade que assumo a presidência da comissão dos direitos da mulher da assembleia legislativa do Rio de Janeiro. Eu enquanto uma mulher preta, da favela e periferia sei das dificuldades que às nossas mulheres tem de acessar políticas públicas”, compartilha a deputada, com o Maré de Notícias.
Compõem ainda a comissão a deputada Zeidan (PT) na vice-presidência, além de Tia Ju (Republicanos), Giselle Monteiro (PL), Índia Armelau (PL) e Franciane Motta (União).