Residência artística com as inscrições abertas até 14/5

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Em formato inédito no Brasil o AB Cinema Expandido – Rio de Janeiro: Máscaras, Fantasmas e Territórios, é gratuito e oferece realização de obras inéditas aos artistas selecionados, além de atividades para o público em geral

Por Daniele Moura

A sala escura não é a única possibilidade do cinema. A interação entre o cinema, o espaço físico da apresentação e o efeito dessa experiência no espectador é o conceito básico do Cinema Expandido, que aponta para novos dispositivos e práticas sensoriais, com fortes implicações subjetivas. É justamente esse conceito que norteia a residência artística LAB Cinema Expandido, idealizada pela cineasta Mariana Meliande, que será realizada no Rio de Janeiro, entre junho e agosto de 2023. O laboratório propõe uma interlocução entre o cinema, a música, dança, dramaturgia, atuação, literatura, artes visuais tendo como foco a linguagem audiovisual.

Inspirado em residências de cinema internacionais, em um formato ainda inédito no Brasil, como as realizadas em Le Fresnoy (França), Pavillon – Palais de Tokyo (França) e Biennale College Cinema (Itália), o LAB Cinema Expandido se baseia na realização de obras fílmicas, configurando-se como um local de produção, experimentação e difusão pouco explorado no Brasil.  A iniciativa por aqui tem como tema Rio de Janeiro: Máscaras, Fantasmas e Territórios e irá discutir o imaginário da cidade do Rio de Janeiro, sempre em transformação.

A residência terá como convidados o multiartista mineiro Cao Guimarães (caoguimaraes.com) e a cineasta paraguaia Paz Encina (pazencina.com) que darão duas palestras gratuitas sobre seus trabalhos e processos criativos. Já os Ciclos de Conversas – encontros com intelectuais e artistas que abordarão diferentes formas de se criação acontece entre os dias 15 de junho e 16 de julho, às sextas, sábados e domingos, na Cinemateca do MAM.  Alguns dos nomes já confirmados para o Ciclo são os escritores Alberto Mussa e Luiz Rufino, os artistas Denilson Baniwa, Wescla Vasconcelos e Ana Lira, a artista e professora Paola Leblanc, o carnavalesco Leonardo Bora e o grupo teatral AQUELA CIA.

Podem se inscrever no LAB Cinema Expandido artistas que apresentem um projeto, a ser realizado em dupla, que se relacione com a temática Fantasmas, Máscaras e Territórios. As duplas devem ser formadas por uma pessoa ligada diretamente ao cinema e outra pessoa ligada a uma outra forma de arte (artes visuais, música, dramaturgia, atuação, dança, literatura, performance etc).

LAB busca reunir artistas, a partir de 20 anos de idade, em início ou meio de carreira, que pensem a cidade e seus arredores por meio de imagens, sons, performances e outras expressões culturais. Serão selecionadas nove duplas, que terão suas obras produzidas pelo LAB. O desenvolvimento dos trabalhos será acompanhado pela equipe do projeto e pelos artistas Cao Guimarães e Paz Encina, que também produzirão cada um uma obra audiovisual. A ideia é que os artistas selecionados e os dois artistas convidados possam contribuir e participar também das obras uns dos outros. Os onze trabalhos finais – obras em vídeo, que possam ser exibidas tanto em salas de cinema, quanto como vídeo instalação – serão apresentados no encerramento do LAB, em uma exposição coletiva.

As inscrições são gratuitas e estão abertas até 14 de maio, através do e-mail [email protected]. Os interessados devem apresentar portfólio de seus trabalhos, carta de intenção e proposta da obra audiovisual a ser desenvolvida. Serão aceitas inscrições de pessoas residentes ou naturais do Estado do Rio de Janeiro. Os artistas selecionados devem estar disponíveis para participar das atividades entre junho e agosto de 2023. 

Mais informações sobre as inscrições no site www.labcinemaexpandido.com

O LAB é coordenado por Marina Meliande e pelo cineasta e roteirista Felipe M. Bragança, que também coordena o Ciclo de Conversas, junto com a socióloga e professora Ana Paula Alves Ribeiro.

“O tema Fantasmas, Máscaras e Territórios foi elaborado a partir do fato de que falar nas cidades brasileiras hoje é falar também de suas transformações aceleradas. Na forma como a cidade, como um corpo vivo, vai reconfigurando seus territórios, assumindo novas identidades, máscaras, que se expressam como novos corpos, novas latitudes, novas representações, e abandonam os fantasmas de suas memórias. Falar em fantasmas, máscaras e territórios no Rio de janeiro de hoje é falar daquilo que a cidade tenta esquecer, daquilo que ela é, e daquilo que ela deseja ser. Esse é o conceito por trás da Residência”, comenta a cineasta Mariana Meliande.

Perfil dos artistas convidados Paz Encima e Cao Guimarãeshttps://labcinemaexpandido.com/7/

Equipe LABhttps://labcinemaexpandido.com/6/

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