Ronda Coronavírus: 67 casos e 17 óbitos na Maré

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Na Maré, 14 das 16 favelas tem casos de Covid-19

Com a atualização de 67 casos informados pelas secretarias de saúde, a Maré passa ser a segunda maior região de favelas em número de casos no Rio de Janeiro. A primeira favela, com 98 casos, é a Rocinha. As favelas da cidade concentram, até o momento, 442 casos de Covid-19. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro informa que registra, até esta sexta-feira (15), 19.987 casos e 2.438 óbitos por coronavírus no estado. Só a cidade do Rio de Janeiro tem 11.715 casos. 

Das 16 favelas da Maré, 14 já tem casos confirmados, segundo o Boletim “De Olho no Corona”, da Redes da Maré. Este e outros dados estão disponíveis na publicação no site da Redes da Maré e na matéria da jornalista Jéssica Pires para o Maré de Notícias Online, destacando as dificuldades de internação que moradores da Maré vem encontrando ultimamente.

A movimentação nas favelas da Maré teve dinâmicas específicas e diferentes. No geral, no momento da nossa ronda notamos mais pessoas nas ruas do que na quinta-feira (14). O que tem causado aglomeração constante são as caixas 24 horas que ficam na Avenida Brasil: nesta sexta-feira identificamos muitas pessoas nas filas, sem respeitar a distância mínima de 1,5m recomendada. Já no Parque União, Marcílio Dias e Kelson’s, as ruas permaneceram mais vazias durante esta sexta-feira (15).

O jornal O Globo mencionou nesta sexta-feira (15) que a fila de mortes suspeitas aumentam. Do dia 1º de maio até o dia 13, as mortes em investigação quase triplicaram: no primeiro dia do mês eram 311, enquanto na quarta-feira pulou para 907 óbitos na fila. As mortes suspeitas tem levado até três dias para serem solucionadas, e para a Fiocruz, a tendência é que a fila aumente mais. De acordo com os dados publicados com o boletim “De Olho no Corona”, de 28 óbitos na Maré, 11 seguem sob investigação até o momento. O Maré de Notícias segue acompanhando os dados. 

A prefeitura, porém, informou que houve queda na curva de contágio da Covid-19 na cidade, segundo dados do gabinete científico da Prefeitura do Rio. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, informou nesta sexta-feira (15) que, pela primeira vez, houve na cidade um resultado de alívio inicial para a população na curva de contágio da Covid-19, que caiu após a série de medidas restritivas adotadas pela Prefeitura.

Secretaria Municipal de Saúde inicia última etapa da vacinação contra a gripe na próxima segunda-feira, 18 de maio. O público-alvo desta etapa são professores de escolas públicas e privadas e adultos de 55 a 59 anos de idade. A vacina será oferecida das 8h às 17h nas unidades de Atenção Primária do município – Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde. É necessário levar um documento de identificação com foto. Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, pessoas com deficiência, gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz) até 45 dias do nascimento do bebê ainda podem tomar a vacina.

Dia intenso de operação policial

Moradores do Complexo do Alemão começaram o dia de hoje, 15 de maio, sob operação policial, que deixou 12 pessoas mortas e um policial ferido. Ao longo do dia, circularam vídeos de moradores aglomerados juntos aos corpos. Operações policiais neste momento vão contra as ordens de distanciamento social por promover aglomeração e pela abordagem policial não ter se adaptado a essas ordens.

No início de abril, a Rede de Observatórios da Segurança apontou que houve redução no número de operações durante o mês de março, comparado ao mesmo período de 2019. Na Maré, entretanto, já aconteceram três operações policiais desde o início da pandemia. O Maré de Notícias fez na última edição uma reportagem sobre as operações policiais durante a pandemia de coronavírus e explica como essa dinâmica tem acontecido a Maré.

Dica do Nenê do Zap

O distanciamento social não gera ansiedade apenas nos adultos. Bebês e crianças da primeira infância também sofrem com o confinamento. A dica do Nenê de hoje é não mentir para as crianças, pois isso pode gerar ainda mais frustração e impaciência. Tentar criar referências e comparações de tempo que as crianças possam compreender e incluí-las nas atividades da casa é uma das maneiras de ocupar o tempo e fortalecer as relações nesse período.

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