Ronda Coronavírus: Multas por aglomeração poderão chegar a R$26 mil

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Em pontos turísticos da cidade, visitantes desrespeitam as regras de ouro e aglomeram nos espaços

Como medidas para conter os casos de covid-19 na cidade do Rio, a Prefeitura anunciou que os estabelecimentos que descumprirem as regras de ouro do Plano de Retomada e permitirem aglomerações receberão multas mais severas. Para os espaços já multados, o valor pode chegar a R$26 mil e sete dias de interdição, com a possibilidade de cassação do alvará. A cidade do Rio registrou nesta segunda-feira (21) 97 novos casos de covid-19 nas últimas 24h, totalizando em 98.259 pessoas infectadas. Além disso, são 10.505 mortes, 10 confirmadas de domingo para segunda-feira e 113 em investigação.

De acordo com o Decreto nº 47.488, a Prefeitura lançou 10 regras de prevenção à covid-19 diante o momento de reabertura dos serviços. São elas:

  1. Higienização de mãos antes e depois de cada atividade;
  2. Disponibilização de álcool 70% em áreas de circulação e dispensadores de sabão líquido e papel-toalha descartável e lixeiras sem acionamento manual em banheiros.
  3. Uso obrigatório de máscara, retirando-a apenas durante as refeições;
  4. Manter distanciamento de 2 a 4m² por pessoa;
  5. Manter ambientes com portas e janelas abertas e limpar os aparelhos de ar condicionado;
  6. Providenciar equipamentos de proteção para equipes de limpeza;
  7. Cobrir o rosto ao tossir e espirrar;
  8. Afastar e encaminhar o médico funcionários que apresentarem sintomas da covid-19;
  9. Limpar os ambientes a cada 3h e ao final do expediente;
  10. Divulgar em locais estratégicos as regras de ouro e a Central 1746.

Aglomerações em pontos turísticos

Mesmo com as regras de ouro, turistas descumprem as normas nos pontos de visitação. Apesar das recomendações de funcionários, não respeitam o distanciamento e as marcações das filas e retiram a máscara do rosto para tirar fotos. O Parque Lage está com limite diário de 200 pessoas no parque e durante os finais de semana o Parque Nacional da Tijuca irá limitar para 25 pessoas por hora na trilha de acesso ao Corcovado pelo Parque Lage.

Abertura de leitos

Em razão da elevação da ocupação de leitos de UTI para 85%, a Prefeitura anunciou na última sexta-feira (18) que vai reabrir 100 leitos para casos graves de covid-19. Segundo o prefeito Marcelo Crivella, a cidade do Rio irá fazer uma parceria com o governo federal para viabilizar a abertura desses leitos.

Aumento da média móvel de mortes

O estado do Rio apresenta por quatro dias seguidos aumento na média móvel de mortes por covid-19, o que aponta uma tendência de aumento do contágio da doença. A média móvel hoje, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, é de 103 mortes e 1.319 casos por dia, apresentando um aumento de 69% na média de mortes em comparação a duas semanas anteriores. Desde o início da pandemia, em março, o estado do Rio registrou 17.727 mortes e 252.046 infectados.

Covid-19 na Maré

Desde o início da Ronda Coronavírus, o Painel Rio Covid-19, da Prefeitura, registrou na Maré números de casos bem abaixo, às vezes até metade, do de bairros vizinhos, como Bonsucesso. Nesta segunda-feira, a Maré tem 920 casos confirmados e 118 mortes. Na última sexta-feira, o mesmo painel registrou 598 casos e 92 mortes por covid-19 para o conjunto de 16 favelas. Já na 20ª edição do boletim De Olho no Corona!, a Maré registrou 1.667 casos – entre confirmados e suspeitos. Bonsucesso, que sempre teve o dobro de casos, tem hoje 838 casos registrados e 122 mortes. 

Boletim De Olho no Corona!

É sabido que a subnotificação no Brasil é um problema recorrente desde o início da pandemia, principalmente devido à baixa testagem. A produção de dados através de organizações da sociedade civil, como o próprio boletim, desenvolvido pela Redes da Maré, e o Painel Unificador COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, permite ter um número mais aproximado do real, tendo em vista a proximidade dos relatores de casos com os moradores. 

Com o lançamento do projeto “Conexão Saúde – de olho na Covid” na Maré, os números de subnotificação de casos no território diminuiu, tendo em vista a oferta de testagens à população, ação que faz parte do projeto. Confira a análise completa do boletim clicando aqui.

Arroz a preço de ouro Em tempos de pandemia, onde o número de desempregados se aproxima de 13 milhões e milhares de pessoas perderam renda e precisaram dar entrada no auxílio emergencial, fazer compras tem sido sinônimo de contar moedas, diante o aumento vertiginoso dos alimentos. O arroz, em particular, é o que teve o maior aumento, podendo ser visto nas prateleiras custando R$40. Mas por que os preços aumentaram e como essa subida influencia na segurança alimentar da população? Confira no texto de Andressa Cabral Botelho para o Maré Online.

Nenê do Zap

Todos sabemos que a pandemia ainda não acabou, mas às vezes é importante dar uma voltinha em locais abertos e arejados, longe de aglomeração. Mas não se esqueça dos cuidados ao sair na rua tanto para os nenês e adultos. Confira na dica de hoje.

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