Ai que delícia o Verão

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Chegada do Verão na Maré, que é uma ilha de calor, promove onda de chuveirões

O Verão está de volta e os mareenses já criaram alternativas para se refrescarem. E claro, fugir dos transtornos e desafios causados pela estação mais quente do ano. De acordo com a MetSul Meteorologia, os próximos meses alcançarão picos de temperatura no Rio de Janeiro. A estação terá muitos dias com máximas extremas. 

No dia 07 de dezembro, a Redes da Maré lançou o relatório do projeto Respira Maré desenvolvido pelos eixos Direitos Urbanos e Socioambientais (DUSA) e Direito à Saúde. A pesquisa mostrou que dentro da própria Maré, variações de temperatura chegam até a 3 graus. Além disso, outros diagnósticos e análises são apresentados no estudo.

Os agentes ambientais do projeto, que também são moradores, utilizaram aparelhos “Temtop M2000” para medir temperatura, umidade e qualidade do ar. Os resultados destacaram micro ilhas de calor dentro da própria Maré. Contudo espera-se que os dados incidam em políticas públicas e metodologias ambientais para que sejam pensadas mais áreas verdes no território.

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Alternativas para o calor e o lazer

Para fugir do calor, nas favelas da Maré já são vistos chuveirões, piscinas comunitárias, baldes e caixas d’água que fazem a alegria da criançada e dos adultos. Tendo o Piscinão de Ramos como única área de lazer aquática nas 16 favelas, o chuveiro certamente é a alternativa mais próxima e democrática que os moradores encontraram para se refrescar e garantir momentos de lazer nesta época do ano.

Com previsão de temperaturas muito acima dos 30°, de acordo com a  MetSul, os chuveiros improvisados refletem assim também o cuidado com o próximo. Seja no chuveiro do Pinheiro, da Nova Holanda ou de Bento Ribeiro Dantas, as instalações também ajudam os mareenses em dias de falta de água, tornando-se, em diversos casos, de fato, a única fonte. 

Foto: Gabi Lino | Chuveirões comunitários refrescam o calor de quem circula na Maré.

Atenção com o uso da água

Entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, diversos pontos da Maré ficaram mais de 20 dias sem água devido a manutenção anual do sistema Guandu, que abastece a região, de acordo com informação fornecida pela Águas do Rio à época. Vale lembrar que a água é um direito básico previsto pela lei Nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, no qual todos têm direito.

No entanto, apesar da criatividade e espírito comunitário sempre presente no cotidiano dos mareenses, é urgente o investimento em políticas públicas de saneamento básico, coleta correta de lixo e metodologias ambientais com mais espaços verdes no território para incidir nas ilhas de calor da Maré. Além de iniciativas de áreas de lazer com fontes hídricas dentro das favelas. Então enquanto isso não acontece, a favela continua criando alternativas para fugir dos transtornos que a violação de direitos básicos causa diariamente e que se intensificam nesta época do ano. 

Em caso de falta d’água, entre em contato com a Águas do Rio por telefone ou fale pelo Whatsapp: 0800 1950 195.

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