Policiais são acusados de atirar a esmo de torre, resultando em mortes e medo
Por: Hélio Euclides
Moradores de Manguinhos denunciam ao Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, a atuação de atiradores de elite, na torre que fica dentro da Cidade da Polícia, no complexo da Polícia Civil, a cerca de 250 metros da Praça do Flamenguinho. A acusação é de tiros desferidos a esmo, com dois mortos só no mês de janeiro, na esquina da Rua São Daniel em circunstâncias parecidas. Em dias calmos, sem tiroteio nem operações policiais.
O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ), em conjunto com a 23ª Promotoria de Investigação Pena (PIP/MPRJ), instaurou procedimento investigatório criminal para buscar de maneira independente as circunstâncias da morte de Rômulo Oliveira da Silva. No mesmo sentido, foi regularmente instaurado inquérito policial na Delegacia de Homicídios da Capital; inquérito este que está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual. Todas as diligências técnicas indispensáveis, bem como a obtida de todas as testemunhas, tem sido realizadas de forma coordenada entre o MPRJ e a Polícia Civil.
Os mortos foram Rômulo Oliveira da Silva, de 37 anos, e Carlos Eduardo dos Santos Lontra, de 27 anos. Relatos obtidos pela Defensoria Pública apontam para outras três execuções ocorridas no mesmo local no fim do ano passado. Um sobrevivente, de 22 anos, que prefere não identificar, foi atingido por disparos ao passar de moto pelo mesmo local.