Unidade está inoperante de o inicio de janeiro
Por Hélio Euclides, em 10/02/2021 às 10h
Editado por Edu Carvalho
Em meio a uma pandemia, as unidades de saúde são de extrema importância para o enfrentamento da covid-19. Fechar uma dessas unidades, nesse momento, é algo no mínimo inadmissível. Mas parece não ser em se tratando da cidade do Rio de Janeiro. Logo ao lado do Instituto Oswaldo Cruz, referência em saúde para o país, a favela de Manguinhos sofre com o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento, desde 6 de janeiro. Para protestar, moradores se mobilizaram e hoje, 10, às 17h, estarão num ato público pela abertura da unidade de saúde, com concentração em frente a unidade.
A organização é feita pela Comissão em Defesa da UPA Manguinhos, formada por moradores de Manguinhos e Jacarezinho, associações de moradores de Manguinhos, conselheiros de saúde local, coletivos comunitários e movimentos sociais, público atendido e trabalhadores da UPA Manguinhos, que convoca o maior número de pessoas para um novo ato pacífico pela reabertura imediata da UPA Manguinhos. No local, são atendidos em média 400 pessoas por dia, e fechada há mais de um mês, deixa de realizar 12 mil atendimentos. O primeiro prazo para a reabertura foi no último dia 30, mas até o momento não há sinal de reformas, nem contrato de profissionais.
Para Fábio Falcão, um dos organizadores do ato, o que a população passa é um descaso do poder público. “Além da UPA Manguinhos ser extremamente importante para a população, deveria estar aberta, atuando no enfrentamento da pandemia de Covid-19. É inadmissível. É a prova que a política de genocídio não se dá apenas pela mão armada do Estado”, comenta. Além do ato, o grupo está passando uma petição para reabertura do espaço. Ela pode ser assinada clicando aqui.
O Maré de Notícias entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que informou sobre a previsão de reabertura da UPA Manguinhos, que é de até o fim deste mês.