Projeto oferece formação profissional gratuita para empreendedoras negras

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Com 63 vagas, “Mentorias Para Elas” tem inscrições até o dia 12 de agosto e dará bolsa durante dois meses

Por Amanda Pinheiro, em 05/08/2021 às 10h. Editado por Edu Carvalho

As empreendedoras negras poderão fazer suas empresas crescerem, sejam elas formais ou informais. Isso porque a Artemis, empresa de projetos na área da economia criativa, e a Pan-Africa Vision, plataforma de ativismo econômico, criaram o projeto ‘Mentorias Para Elas’, que tem como objetivo investir na formação profissional dessas mulheres da cidade do Rio, por meio da economia criativa. No total, serão 63 vagas e a formação será online e gratuita, por três meses. As inscrições estão abertas até o dia 12 de agosto.

Segundo o Sebrae, o Brasil é o país com mais empreendedores no mundo, em que metade dos Microempreendedores Individuais (MEI) é formada por mulheres. E 51% deste grupo, mais da metade, é composto por mulheres negras. Porém, devido a pandemia, cerca de 36% delas encerraram seus próprios negócios. A diretora de projetos e sócia da Artemis, Letícia Santos, afirmou que o projeto chega para fortalecer essas mulheres.

“A pandemia foi um momento de ruptura e pausas para muitas mulheres que tinham uma ideia ou um negócio funcionando. A gente teve que pensar em novas formas de viver e também de trabalhar. Então, muitas mulheres se viram em casa, tendo que trabalhar e ainda cuidar do lar e dos filhos. E a gente acredita que muita gente deixou o negócio de lado, porque não era a principal forma de sustento. E a nossa ideia é que esse projeto [mentoria] seja uma oportunidade dessas mulheres que tenham sua empresa como paixão, formal ou informal, pensem em novas formas de fazer seu trabalho, dignar sua empresa e fazer com que seu produto chegue a mais pessoas e façam networking”, declarou.

O programa terá sua seleção dividida em duas etapas. Na primeira, que se encerrou no dia 1º de agosto, serão escolhidas três monitoras com experiência em empreendedorismo para ajudarem as alunas. Elas receberão uma bolsa de R$ 600 nos três meses. Já na segunda parte, 60 empreendedoras serão escolhidas e receberão um auxílio de R$ 135 durante dois meses. Além disso, 30 dessas alunas serão orientadas por funcionários das empresas LinkedIn e Unisys

Para participar da formação, (acessar este link), basta ter 21 anos ou mais, ser empreendedora formal ou informal no campo da economia criativa, que envolva: moda, artesanato, comunicação, gastronomia, tecnologia ou cultura. No entanto, a prioridade é para mães solo e de baixa renda, que já possuem um empreendimento (independente do tamanho). 

“A nossa ideia com esse projeto é de dar oportunidades. A pandemia veio e fez com que muitas fontes de renda fossem reduzidas ou retiradas. Com isso, muita gente deixa de fazer um curso porque não pode deixar a casa de lado. Então, fizemos um curso para que qualquer mulher possa participar. Teremos aulas ao vivo, mas teremos aulas gravadas, daremos uma bolsa para que ela tenha uma forma de se manter, seja a ajudar na internet, ou qualquer outra coisa. É um projeto inclusivo, as mentorias especializadas podem abrir a cabeça dessas mulheres para ajudá-las no que elas fazem de melhor: seu negócio de economia criativa”, concluiu Letícia. 

As aulas irão começar no próximo dia 24 de agosto, com conteúdos sobre formalização de negócios, gestão de projetos, mobilização de recursos, comunicação e reposicionamento de mercado.

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