Por Lucas Feitoza
O jornal comunitário da Rocinha, Fala Roça, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro lançou neste sábado (14) a nova versão do Mapa Cultural da Rocinha, o mapeamento catalogou mais de 150 iniciativas culturais da favela localizada na Zona Sul da capital carioca.
O mapa está disponível no site – Mapa Cultural da Rocinha (falaroca.com) onde é possível visualizar e acessar por ordem alfabética os pontos culturais listados, filtrar por categorias desde artes plásticas, religião, teatro e mais.
A jornada até o dia do lançamento foi longa, segundo informações de integrantes do jornal, foi necessário um ano até a publicação que funciona como um retorno para a comunidade. O mapa surgiu pela necessidade de um meio de divulgação de informação em grande escala. Como a Rocinha tem 70 mil habitantes, muitos não ficam sabendo das iniciativas realizadas na favela.
Mapa Colaborativo
Osvaldo Lopes, jornalista do Fala Roça conta que os moradores estão colaborando seja disponibilizando seus espaços culturais para adicionar ao mapa e indicando também pelas redes sociais. A iniciativa ainda está em desenvolvimento e quem conhecer uma iniciativa da Rocinha que não foi listada pode acrescentar clicando em “cadastre uma iniciativa”. A primeira versão do mapa cultural foi feita apenas com um celular e um aparelho GPS e mesmo assim catalogou cerca de 120 iniciativas.
Para a atualização do mapa, o veículo contou com a colaboração de moradores, que participaram da catalogação, a partir de um processo seletivo, através do FOCA, apoio financeiro da prefeitura, conseguiram recursos para refazer a iniciativa a partir da primeira edição. Neste sábado (14) foi realizado um encontro com uma mesa de conversa com produtores de favelas do Rio, na Biblioteca Parque da Rocinha, como uma das atividades do lançamento.
“Após o lançamento, o Fala Roça pretende ampliar essa captação, pois o mapa é em código aberto e qualquer pessoa pode replicar e cadastrar os pontos de cultura do seu território. O Fala Roça se disponibiliza para acompanhamento e mentoria durante o processo de pré-produção e aplicação no território em parceria com a iniciativa que desejar.” Conclui Osvaldo.