Carta para a Educação da Maré foi lançada abrindo debate sobre o futuro das propostas

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As quarenta e duas propostas foram feitas durante o seminário que pensou a educação da Maré

A Carta para a Educação da Maré foi lançada na última quinta-feira (14). O documento traz propostas pensadas no 4° Seminário de Educação da Maré: Diálogos e possibilidades para a garantia do direito à educação realizado em junho, pelo eixo Educação, da Redes da Maré. O documento foi entregue aos representantes da educação pública e distribuído para os participantes do seminário pelo e-mail cadastrado na inscrição. 

Participaram do evento de lançamento da carta, alunos do Pré-vestibular da Redes da Maré, representantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da 4ª Coordenadoria Regional de Educação e da Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC).

O evento foi mais uma oportunidade de troca entre os moradores da Maré e debates sobre os próximos passos com o documento em mãos. Para o aluno do pré-vestibular, Bruno dos Santos, de 20 anos, a carta é uma ferramenta importante para melhorias da educação na Maré. “É uma formalidade, acho muito interessante ter mais investimentos, divulgar mais a carta e ter mais eventos sobre o tema”, pontua o jovem, morador do Parque União, que estuda para cursar medicina.

A superintendente de projetos estratégicos da SEEDUC, Cristina Silveira, diz que a carta é uma provocação para a educação. “Eu vou levar essa carta, ler com a minha equipe e fazer uma reunião com os diretores das quatro escolas [estaduais] daqui para saber o que querem ter desenvolvido e buscar parceiros para desenvolver esses projetos.” afirma. 

Para Andreia Martins, diretora da Redes da Maré, a carta é um instrumento histórico que foi construído coletivamente “acho que isso trás coletividade, são quarenta e duas recomendações e obviamente a gente não vai conseguir todas de uma vez só, mas fica um compromisso para os próximos anos, para conseguirmos cada vez mais conquistas e melhorar a educação da Maré.” pontua.

Os principais pontos levantados na carta dizem respeito às especificidades do território quanto à segurança pública, mobilidade urbana e condições sociais baseadas no Censo Demográfico da Maré (2019), resultando em propostas de planejamento e construção coletiva para priorizar o acesso e permanência da população mareense nas escolas públicas. 

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